O empreendedorismo feminino tem ganhado protagonismo no setor de saúde e estética, impulsionando transformações que vão da gestão de clínicas à construção de marcas de alto impacto. Um dos nomes mais emblemáticos desse movimento é o de Nathalia Beauty, empresária que transformou um salão de bairro em uma das maiores redes de estética do país, combinando técnica, posicionamento e protagonismo digital. Sua trajetória exemplifica como mulheres têm liderado a profissionalização do mercado de beleza e bem-estar no Brasil, criando ecossistemas sólidos e conectados à experiência real do paciente.
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Para o Grupo ICOM, maior ecossistema de gestão e marketing para clínicas da área da saúde no país, essa movimentação é considerada estratégica e pode ganhar ainda mais força nos próximos anos. A empresa projeta um faturamento de R$ 300 milhões até dezembro de 2025, com expansão para clínicas de medicina e estética, além da odontologia, segmento no qual já acompanha mais de 5 mil unidades em todo o Brasil.
— O que buscamos não é apenas crescimento, mas fortalecer um ecossistema que realmente faça diferença na rotina das clínicas e na experiência dos pacientes — afirma o sócio-diretor Ricardo Novack ao destacar que modelos inspiradores, como o de Nathalia Beauty, mostram que é possível crescer com escala sem abrir mão da identidade e da qualidade.
Esse movimento de protagonismo feminino também encontra paralelo internacional em empreendedoras como Jessica Alba e Gwyneth Paltrow, que transformaram suas marcas pessoais em negócios de sucesso, aliando saúde, bem-estar e consumo consciente. No Brasil, ele se traduz em clínicas cada vez mais organizadas, com processos estruturados, equipes capacitadas e presença digital ativa, uma exigência clara de um público que consome serviços de forma criteriosa e informada.
Segundo o relatório Panorama das Clínicas e Hospitais 2025, da Doctoralia e Feegow Clinic, 74% das clínicas brasileiras já investem em marketing e 59% apontam o crescimento do faturamento como prioridade para o ano. Os dados revelam que a gestão eficiente deixou de ser um diferencial e passou a ser uma necessidade de sobrevivência para negócios na área da saúde.
Para dar suporte a esse cenário, o Grupo ICOM tem apostado na formação de lideranças por meio do programa The One, que capacitou mais de 5.500 profissionais em 2024. A nova edição, prevista para novembro, será realizada em Campinas–SP com a participação dos sócios da empresa, do empresário Flavio Augusto e do cantor Wesley Safadão.
— O momento exige que os proprietários conheçam seus números, tenham um marketing estruturado, padronizem processos e invistam na equipe. Quem domina essas frentes, consegue crescer de forma segura — explica Ricardo. — Nosso papel é oferecer ferramentas e suporte para transformar clínicas em negócios sólidos e escaláveis — acrescenta.
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A atuação do Grupo também envolve marketing de performance, gestão financeira integrada, arquitetura de clínicas e plataformas digitais. De acordo com a empresa, o uso da tecnologia pode impactar positivamente a previsibilidade financeira e a satisfação do paciente, aspectos que parecem ser especialmente valorizados em clínicas lideradas por mulheres que buscam aliar eficiência à humanização.
Com o setor de saúde suplementar projetado para alcançar 50,9 milhões de beneficiários em 2024, segundo dados da ANS, o mercado tende a se manter aquecido e competitivo. Nesse cenário, o protagonismo feminino tem ganhado destaque e tem potencial para inspirar mudanças na forma como clínicas se posicionam, operam e crescem.
— Apostamos em processos que funcionam, mas sem perder de vista o cuidado com cada paciente. É esse equilíbrio entre gestão e empatia que transforma negócios e fideliza pessoas — conclui Novack.