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longas horas de trabalho, discriminação e atrasos em pagamentos, diz organização

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setembro 26, 2025
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Funcionários durante o horário de almoço na fábrica do Foxconn conhecida como Cidade do iPhone, em Zhengzhou — Foto: Qilai Shen/ Bloomberg

Trabalhadores de fábricas chinesas enfrentaram duríssimas condições quando corriam para deixar pronta a nova linha do iPhone 17 da Apple, de acordo com um relatório do China Labor Watch. Funcionários da unidade de Zhengzhou da Foxconn Technology, parceira de produção da Apple, tiveram que lidar com horas extras excessivas, turnos noturnos forçados e retenções salariais, informou a organização sem fins lucrativos. O relatório se concentrou no período de março a setembro, quando a Apple produziu o mais novo iPhone para o lançamento mundial que aconteceu na semana passada, com vendas abertas em vários países, inclusive o Brasil.

Em resposta ao relatório, a Apple disse que está “firmemente comprometida com os mais altos padrões de trabalho, direitos humanos, meio ambiente e conduta ética”.

A investigação destacou uma série de preocupações com direitos trabalhistas e concluiu que a Foxconn está violando a lei chinesa ao empregar uma grande porcentagem de trabalhadores temporários. A investigação também culpou “ordens instáveis” pela criação de um ambiente no qual os trabalhadores da fábrica enfrentam pressão e intimidação constantes.

“Nossos fornecedores são obrigados a oferecer condições de trabalho seguras, tratar os trabalhadores com dignidade e respeito, agir de forma justa e ética e adotar práticas ambientalmente responsáveis ​​onde quer que fabriquem produtos ou prestem serviços para a Apple”, afirmou a empresa em um comunicado. “Realizamos auditorias terceirizadas regularmente e, sempre que um problema é levantado em qualquer parte de nossa cadeia de suprimentos, agimos rapidamente para garantir que nossos altos padrões sejam mantidos. Neste caso, as equipes da Apple estavam no local e iniciaram uma investigação imediata.”

A Apple divulga seus próprios relatórios anuais sobre a cadeia de suprimentos e afirma coletar dados semanais sobre as horas de trabalho de mais de 1,4 milhão de funcionários de fornecedores. A empresa diz que no ano passado realizou 1.514 auditorias em sua cadeia de suprimentos global e entrevistou mais de 74 mil funcionários de fornecedores. Das 10 principais violações descobertas pela Apple no ano passado, nove estavam relacionadas a “violações de falsificação resultantes de dados de horas de trabalho relatados incorretamente e uma foi uma violação de saúde e segurança relacionada a práticas de segurança de máquinas que não atendiam aos nossos padrões”, escreveu a empresa em seu relatório de 2025.

O complexo da Foxconn em Zhengzhou — tão grande que é frequentemente descrito como a cidade do iPhone — empregou entre 150 mil e 200 mil trabalhadores entre março e e a primeira quinzena deste mês, segundo o relatório. Os trabalhadores temporários representavam mais de 50% do total de funcionários — um número “cinco vezes maior que o limite legal da lei chinesa”, diz a China Labor Watch.

Funcionários durante o horário de almoço na fábrica do Foxconn conhecida como Cidade do iPhone, em Zhengzhou — Foto: Qilai Shen/ Bloomberg

Segundo a organização, que levanta preocupações sobre direitos trabalhistas na cadeia de suprimentos do iPhone 17, a estrutura salarial da Foxconn, que retém uma segunda parcela dos salários até o mês seguinte, deixou trabalhadores de expedição sem semanas de pagamento de horas extras caso pedissem demissão antes de uma data limite específica. E o excesso de horas extras continua sendo um problema prevalente, afirma a entidade.

“A maioria dos trabalhadores trabalhava de 60 a 75 horas por semana, bem acima do máximo legal na China e do limite de 60 horas semanais da Apple”, afirmou a China Labor Watch. A organização afirma que documentou a presença de funcionários da Apple na unidade de Zhengzhou e afirma que isso sugere que os representantes da empresa americana “estavam cientes das condições de trabalho”.

A Foxconn, também conhecida como Hon Hai Precision Industry, afirmou que não “tolera discriminação” e que a saúde e a segurança de seus trabalhadores são sua principal prioridade. A empresa afirmou que acolhe “o diálogo construtivo com todas as partes interessadas e está pronta para compartilhar nossas medidas de melhoria e progresso”.

O relatório citou preocupações sobre a coerção de jovens trabalhadores com status de estudante, constatando que eles eram frequentemente forçados a trabalhar em turnos noturnos por baixos salários. A China Labor Watch também alegou que havia contratações discriminatórias que excluíam etnias diversas, exposição a produtos químicos perigosos sem equipamento de proteção adequado e assédio e intimidação generalizados. “Os trabalhadores que apresentaram queixas foram submetidos a vigilância, ameaças e até mesmo à divulgação pública de informações pessoais”, afirmou a organização.

O China Labor Watch afirmou que muitos dos problemas pioraram desde a última investigação da organização em 2019. Mas reconheceu uma ligeira melhora em algumas áreas, como o total de horas extras. No relatório anterior, os trabalhadores somavam uma média de 100 a 130 horas por mês durante a alta temporada — embora alguns ainda atingissem totais semelhantes em 2025. A investigação também não encontrou casos de trabalhadores menores de idade nas instalações da Foxconn, como aconteceu em 2019.

Embora a fábrica de Zhengzhou continue sendo o centro global de produção dos smartphones da Apple, a empresa americana vem diversificando sua produção. No início deste ano, a Apple expandiu a fabricação de iPhones na Índia para atender parte da demanda dos EUA — uma tentativa de mitigar o impacto das tarifas sobre produtos exportados da China.

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