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casal com história digna de novela trabalha na produção de ‘Vale Tudo’

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setembro 28, 2025
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Chef Renata Romeiro, em sua cozinha no Recreio dos Bandeirantes, na nova Zona Sudoeste do Rio — Foto: Marcelo Theobald / Agência O Globo

A trama é cheia de reviravoltas. Um casal de atendentes de telemarketing progrediu junto e chegou a ter uma rede de lojas de telefonia, mas sofreu um enorme baque financeiro. Diante da crise, Renata Romeiro e Humberto Neto, junto com a filha deles, Ana Beatriz, não esmoreceram. A saída possível foi vender quentinhas, um negócio que evoluiu para outro mais robusto no ramo gastronômico e levou a família à TV Globo. Atualmente, a empresa de congelados fundada por eles, a Marmita Carioca, se encarrega de fornecer a comida de verdade servida no restaurante Paladar, da batalhadora Raquel, papel da atriz Taís Araujo no remake de “Vale tudo”. Muito resumida, a sinopse dessa história poderia ser a seguinte: “do pão com mortadela aos pratos que hoje aparecem nas mãos de personagens de novelas”.

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Em maio deste ano, Taís fez até um vídeo no set de gravação para mostrar o que chamou de “a verdadeira cozinha da Raquel”. Apontou o celular para a chef Renata e o empresário Humberto e os apresentou como “os verdadeiros responsáveis”. Mostrou também a bancada e o fogão com receitas apetitosas e flagrou um colega de elenco, Matheus Nachtergaele, escapulindo depois de roubar um pastel. As imagens foram postadas no Instagram da atriz, com mais de 13 milhões de seguidores. E rapidamente mais gente conheceu a Marmita Carioca — a empresa com funcionários, impostos a pagar e clientes para atender.

— Foi como receber um abraço da vida inteira — conta Renata, noveleira desde criança que sempre enxergou nas produções da TV Globo uma janela de inspiração.

Nos tempos de crise, por sinal, quando começou a cozinhar, ela costumava imaginar que servia artistas que admirava, como Taís Araújo, Glória Pires e Lima Duarte, entre outros, e sorria sozinha diante das dificuldades. É aqui que se faz necessário um flashback, para explicar como aquele período de pindaíba se iniciou.

No fim dos anos 1990, quando eram atendentes de telemarketing, Renata e Humberto foram trabalhar como vendedores em uma empresa de telefonia, na qual ficaram 15 anos. Subiram degrau por degrau e, em 2013, tornaram-se donos de nove lojas no ramo. Pareciam viver o auge: casa própria, estabilidade financeira, e a filha cercada de cuidados e atenção.

Dois anos depois, no entanto, a empresa que representavam enfrentou graves problemas financeiros e administrativos que levaram as lojas no turbilhão. No primeiro mês da crise, o negócio, até então lucrativo, apresentou déficit. Em mais quatro meses, o casal acumularia dívidas trabalhistas e pessoais, perderia crédito na praça e já teria usado todas as economias para tentar salvar o negócio próprio, que acabou fechado.

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As contas se acumularam, Humberto entrou em depressão e, em um dos dias mais difíceis, Renata descobriu que só tinha R$ 0,53 na conta. A despensa estava vazia, ainda havia algum alimento na geladeira. Mas, ir ao mercado, nem pensar. Com medo, Renata recorreu à internet para buscar receitas econômicas:

— Eu só sabia fazer ovo mexido, e a comida estava acabando. Aproveitei que ainda tínhamos internet naquele momento e procurei receitas para esticar o que havia. Falei com Humberto, e decidimos focar na Bia. Depois, a gente se virava.

Foi nesse período que Ana Beatriz, então com 15 anos, abriu para os pais a primeira ponta de esperança. Ao levar as marmitas preparadas pela mãe para o colégio, ela recebeu elogios de colegas por causa do aroma e da aparência da comida. Em casa, sugeriu que Renata começasse a vender quentinhas. A mãe achou graça.

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A sugestão, no fundo, não saiu de sua cabeça. No dia seguinte, contou o episódio à amiga Rita, que a incentivou e virou sua primeira cliente. Renata preparou uma quentinha simples e vendeu por R$ 12. Durante 15 dias, repetiu a rotina, enquanto Humberto ajudava a divulgar o trabalho da esposa. Ao mesmo tempo, Bia conquistou os professores do colégio, que começaram a encomendar marmitas congeladas. Em poucas semanas, Renata já produzia, em média, 30 quentinhas por dia.

— Nessa época, nós basicamente vivíamos de pão com mortadela, para que a Bia pudesse comer melhor. Foi um período muito difícil, mas que também trouxe muita união. Só não fomos parar na rua porque contamos com a ajuda da família e de amigos — lembrou Humberto.

Chef Renata Romeiro, em sua cozinha no Recreio dos Bandeirantes, na nova Zona Sudoeste do Rio — Foto: Marcelo Theobald / Agência O Globo

A virada aconteceu em 2016, quando o casal começou a vender comidas congeladas em lojas de produtos naturais. Humberto passou a se dedicar à identidade da marca ao lado de Renata. Dezenas de marmitas mensais viraram centenas. O lucro era quase todo reinvestido em cursos de gastronomia para Renata, que mais tarde se formaria em culinária. O negócio crescia, mesmo que a família ainda vivesse de forma apertada. Em 2023, veio o convite para fornecer as comidas de cena da novela “Elas por elas”. Depois, também na Globo, chegaram outros trabalhos para as produções de “Rancho fundo” e “Vale tudo”.

Hoje, no Recreio dos Bandeirantes, Renata e Humberto — ambos com 51 anos e casados há três décadas — seguem expandindo a Marmita Carioca. O segredo, dizem, é o mesmo que os manteve de pé nos tempos mais duros: união, resiliência e fé. Porque, no fim das contas, cada marmita que chega à mesa não é só comida — é também um prato cheio de história.

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