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Fusões de sambas no Salgueiro, na Beija-Flor e na Imperatriz dividem opiniões entre amantes do carnaval

BRCOM by BRCOM
setembro 29, 2025
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Rainha de bateria Evelyn Basttos durante a final do Samba — Foto: Reprodução

A maratona de escolhas de samba-enredo nas quadras das escolas do Grupo Especial do Rio chegou ao fim na madrugada de ontem, com o anúncio dos campeões na Estação Primeira de Mangueira e no Acadêmicos do Salgueiro. Os resultados sacramentaram que 2026 na Sapucaí, além de um carnaval marcado pelos enredos em homenagem a personalidades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será um ano de composições feitas a dezenas de mãos — e, em alguns casos, não há qualquer exagero nessa afirmação. Três das 12 agremiações da elite da folia carioca decidiram pela junção de dois sambas da disputa. Costurando versos de obras até então rivais, vai ter hino com até 20 autores na Avenida.

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Esse é o tamanho da lista de compositores do Salgueiro, que vai dar trabalho dobrado para o locutor do sambódromo quando for apresentar a ficha técnica da escola no desfile do ano que vem. Na madrugada de sábado para ontem, não havia consenso da torcida na festa de gala que a vermelho e branco preparou para sua grande final.

Na hora derradeira, foram fundidos trechos dos sambas das parceria de Rafa Hecht e de Marcelo Motta, que dessa forma assinarão com mais 18 autores a versão oficial da trilha sonora do enredo que reverenciará a carnavalesca Rosa Magalhães em 2026.

— Foi uma disputa muito difícil. O Salgueiro fez várias reuniões com a direção musical, com a bateria… Conversou também com a nossa comunidade, que em duas semanas votou (no samba). A decisão nossa é a seguinte: a gente vai fazer junção — anunciou no palco o presidente da agremiação, André Vaz, enquanto o público se dividia entre aplausos, alguns “ah” de lamentação e até vaias tímidas. — Galera, eu quero dizer para vocês o seguinte: é tudo em prol do Salgueiro. Quero pedir união. Tenho certeza de que o Salgueiro será top três do carnaval com esse samba-enredo — completou o dirigente.

No último dia 19 de setembro, a Imperatriz Leopoldinense tinha sido a primeira a optar pela junção, que culminou em 12 compositores para seu hino em homenagem a Ney Matrogrosso. Depois, na quinta-feira passada, a Beija-Flor de Nilópolis reuniu letra e melodia de dois concorrentes, somando 13 autores para o samba que cantará o Bembé do Mercado, celebração do candomblé realizada em Santo Amaro, na Bahia, considerado o maior candomblé de rua do mundo e símbolo de resistência e fé do povo preto.

Assim como no Salgueiro, nas duas escolas as fusões já haviam provocado opiniões divergentes. Segundo a direção da Beija-Flor, a união buscou valorizar a força poética e a melódica de cada samba, resultando em um hino representativo para a comunidade nilopolitana.

Num vídeo com integrantes da azul e branco cantando o samba, postado no Instagram, um torcedor comentou: “Tinha ficado receoso com a junção! Mas ficou incrível”. “É normal querer assistir sem parar?”, perguntou outro. Um terceiro internauta, no entanto, comentou: “Essa parada de junção desmerece o trabalho do compositor”.

Já na Imperatriz, essa foi a segunda vez em três anos que a verde e branco de Ramos optou pelo caminho da fusão. A primeira tinha sido em 2024, numa decisão que havia gerado controvérsias, mas que terminou num desfile que levou a Sapucaí ao êxtase e que deu à agremiação o vice-campeonato.

Na junção decidida dez dias atrás, a polêmica voltou a se instaurar. Logo após a escola publicar nas redes sociais a letra do samba, houve quem desgostasse. “A junção não ficou legal. Não precisa saber que houve junção para identificar padrões completamente opostos dentro da mesma canção”, comentou um torcedor. Outro, porém, destacou: “Gosto das referências às letras, álbuns e características do Ney trazidas em cada verso”. E mais um internauta emendou: “Vamos calar todos os haters (mais uma vez)”.

Rainha de bateria Evelyn Basttos durante a final do Samba — Foto: Reprodução

Sem junção, a Mangueira também anunciou seu hino no último fim de semana. A verde e rosa escolheu a obra da parceria de Pedro Terra, Tomaz Miranda, Joãozinho Gomes, Paulo César Feital, Herval Neto e Igor Leal para o enredo “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju — O Guardião da Amazônia Negra”, que vai mergulhar na história afro-indígena do extremo Norte do país a partir das vivências do Mestre Sacaca.

Viradouro, Portela, Grande Rio, Mocidade, Vila Isabel e Unidos da Tijuca também já haviam realizado as finais de suas disputas ao longo das últimas semanas. Duas agremiações — Paraíso do Tuiuti e Acadêmicos de Niterói — não realizaram concursos; optaram por encomendar os sambas a grupos de compositores consagrados. Na Niterói, que homenageará Lula, por exemplo, são oito autores, numa lista que inclui a cantora Teresa Cristina e André Diniz, maior campeão de sambas da Vila Isabel.

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