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Saiba para que serve um caminhão ‘desemborrachador’, que teve vazamento óleo e fez o Santos Dumont parar por 12 horas

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outubro 1, 2025
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Faxina na pista. Funcionários do aeroporto usaram um desengraxante e água dos caminhões de combate a incêndios — Foto: Fabiano Rocha

Um incidente aparentemente trivial durante uma manutenção de rotina, na madrugada de ontem, na pista do Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, provocou o fechamento total do local ontem por 12 horas, provocando o cancelamento de 162 voos e um efeito cascata em outros aeroportos do país. Segundo a Infraero, que administra o Santos Dumont, o reparo seria feito no período em que o aeroporto fecha diariamente para voos e decolagens. Mas um caminhão vazou óleo numa das pistas e, por medida de segurança, os pousos e decolagens tiveram de ser cancelados — outros 14 voos foram transferidos para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador.

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Faxina na pista. Funcionários do aeroporto usaram um desengraxante e água dos caminhões de combate a incêndios — Foto: Fabiano Rocha

Segundo a Infraero, o problema começou por volta das 3h e teve origem do motor de um caminhão “desemborrachador”, que vazou óleo. O veículo é comum em aeroportos e possui uma máquina que remove borracha da pista — deixada pelos freios de pouso das aeronaves, melhorando o atrito ou tirando antigas sinalizações do chão para uma nova marcação.

No início do dia, passageiros de um voo para Brasília receberam da tripulação a informação de que a pista seria liberada em 15 minutos. Conforme a manhã avançava, porém, ficava claro que a reabertura do aeroporto demoraria bem mais: os passageiros só puderam deixar a aeronave às 9h, com a promessa da Infraero de que os pousos e decolagens retornariam às 10h.

Novos comunicados da Infraero, porém, estenderam o prazo de reabertura para as 14h. Em seguida, a previsão mudou para as 17h. As decolagens no Santos Dumont só foram retomadas as 18h30, com um voo para Belo Horizonte (MG) que deveria ter deixado o Rio às 7h45. O horário de funcionamento do aeroporto teve de ser ampliado — normalmente, vai até as 23h — para dar conta dos atrasos.

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  • ‘Menor prazo possível’
      • Saiba para que serve um caminhão ‘desemborrachador’, que teve vazamento óleo e fez o Santos Dumont parar por 12 horas

‘Menor prazo possível’

A Infraero afirmou que “utilizou todos os recursos disponíveis para liberação da pista no menor prazo possível” e que usou um desengraxante biodegradável em conjunto com a água de carros contra incêndios, que têm jatos de alta pressão. “A composição do pavimento das pistas de pouso e decolagem é específica, sendo a limpeza minuciosa necessária para garantir os níveis de atrito das aeronaves com o solo”, completou a empresa em nota.

O fechamento não provocou problemas apenas no Rio. O aeroporto de Congonhas, de onde parte uma das principais pontes-aéreas do país, teve 93 voos de origem ou destino do Santos Dumont cancelados; outros 12 que iriam para outros destinos também foram cancelados por causa dos ajustes na malha aérea.

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O coronel aviador e escritor Silvio Monteiro Júnior explica que antecipar problemas que podem aumentar riscos de acidentes é um dos principais pontos que tornam a aviação segura. Ele lembra que, em alguns acidentes, é possível operar o aeroporto com menos pistas, evitando o fechamento total, como foi no acidente entre um caminhão de serviço e uma aeronave que decolava no Galeão, no início deste ano.

— Há casos de pássaros quero-quero que interrompem o pouso e decolagem. Outros riscos são causados por balões. Quando se vislumbra uma possibilidade de risco, suspende-se tudo. Isso que torna o transporte aéreo o mais seguro — explica ele.

Segundo a Infraero, o Santos Dumont recebe 30 mil pessoas por dia, entre turistas e executivos, ligando o Rio aos principais destinos do país. A pista principal, onde o óleo foi derramado, tem 1.323 metros de comprimento, por 42 metros de largura. Entre janeiro e maio deste ano, foi o décimo aeroporto mais movimentado do país, com 2,4 milhões de passageiros, num ranking liderado por Guarulhos (11,6 milhões), em São Paulo.

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Espera. Passageiros no saguão do Santos Dumont à espera de informações sobre os pousos e decolagens: ao todo, 162 voos precisaram ser cancelados devido ao tempo gasto para a limpeza da pista — Foto: Fabiano Rocha
Espera. Passageiros no saguão do Santos Dumont à espera de informações sobre os pousos e decolagens: ao todo, 162 voos precisaram ser cancelados devido ao tempo gasto para a limpeza da pista — Foto: Fabiano Rocha

No saguão lotado de passageiros afetados pelo atraso estavam Maria Freire, de 23 anos, e Louise Gomes, de 40, ambas da área comercial de uma seguradora. As duas e sua equipe, formada por cerca de 20 pessoas, tinham voo marcado para São Paulo às 6h50. Apesar de terem embarcado, permaneceram aguardando no avião até por volta das 9h, quando receberam a orientação para desembarcar devido ao cancelamento do voo. A reunião de trabalho da equipe estava marcada para a mesma hora em São Paulo.

— É uma equipe grande e, agora, todos nós estamos aqui sem saber o que fazer. Nossos clientes estão esperando lá. Já perdemos a reunião — disse Maria.

Outro passageiro impactado foi Lohran de Oliveira, de 35 anos, que trabalha com construção civil. Ele tinha voo marcado para as 8h50 com destino a Brasília, onde deveria supervisionar a construção de uma pista de skate em um parque municipal, com entrega prevista até o fim de novembro. O atraso do voo comprometeu seu cronograma de trabalho:

— Pelo menos foi algo generalizado, e todos lá já sabem o que aconteceu, mas isso afeta nosso trabalho diretamente.

Entre os passageiros afetados, também está o engenheiro Marcelo Gomes. Convidado a embarcar às 6h20, ele e os demais passageiros aguardaram até as 8h, quando foram orientados a deixar a aeronave. O embarque foi remarcado inicialmente para as 10h40, mas também não ocorreu.

— Esta semana eu precisava estar em São Paulo até as 10h. Isso gera impactos não só para minha empresa, mas para o país, já que trabalho em uma multinacional que gera empregos. Falta que a Infraero esteja preparada para incidentes deste nível e que as companhias tenham condições de lidar com situações assim — disse.

Com tantas pessoas dividindo espaço no saguão à espera da reabertura, prevista somente para o fim da tarde, surgiram também reclamações sobre a falta de vouchers de refeição e também a ausência de informações sobre atrasos e cancelamentos de voos. Devido a isso, o Procon Carioca informou que apura denúncias de falta de apoio a passageiros e orienta que todos guardem os comprovantes de gastos.


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