A quinta-feira (2) será marcada por fortes temporais no Sul do Brasil, com destaque para Santa Catarina, onde a chuva persistente e volumosa deve trazer riscos de alagamentos e transtornos à população. A previsão indica que, entre os dias 2 e 4 de outubro, pode chover entre 50 e 100 milímetros apenas na região da Grande Florianópolis — quantidade próxima de dois terços da média mensal de outubro, que é de 153 mm.
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Essa condição extrema é resultado da combinação de fatores atmosféricos. Em superfície, um forte sistema de alta pressão no oceano intensifica os ventos de leste e nordeste, que transportam grandes quantidades de umidade para o litoral catarinense. Já em níveis mais altos, a circulação ciclônica dos ventos favorece a formação de nuvens carregadas. A chuva, que deve cair com intensidade moderada a forte por vários dias consecutivos, pode provocar alagamentos em áreas urbanas e acúmulo de água em rodovias litorâneas.
— Você tem aí a circulação da alta pressão, trazendo umidade do oceano para o continente e também uma umidade vinda da Amazônia, que é normal. Essa combinação mantém uma umidade elevada, que, associada com temperaturas, criam essa situação de instabilidades — explica a meteorologista Andrea Ramos. — Pontualmente pode sim ter temporais trazendo alguns volumes significativos, e o destaque, sem dúvida nenhuma, fica ali no oeste de Santa Catarina, pegando também o noroeste do Rio Grande do Sul.
As regiões com maior risco de temporais nesta quinta incluem o planalto e o noroeste do Rio Grande do Sul, o centro e o oeste de Santa Catarina e o sul e sudoeste do Paraná. Cidades como Foz do Iguaçu (PR), Chapecó (SC) e Passo Fundo (RS) estão na zona de alerta.
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Já no Centro-Oeste, a previsão é de tempo estável e ausência de chuva, com umidade relativa do ar abaixo de 30% — especialmente em Mato Grosso e no oeste de Mato Grosso do Sul.
O cenário se repete no Nordeste, onde não há previsão de chuva significativa e os níveis de umidade também devem cair para menos de 30% em áreas do sul do Maranhão, Piauí e oeste da Bahia. No litoral, as precipitações devem ser fracas, inferiores a 10 mm.
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Na Região Norte, as chuvas se concentram no oeste do Amazonas, com acumulados que podem ultrapassar 60 mm. Em partes do Amazonas, Roraima e Acre, os volumes ficam entre 20 e 50 mm, enquanto o restante da região terá predomínio de tempo seco.
No Sudeste, o tempo permanece estável na maior parte dos estados. Apenas o Espírito Santo e o leste de Minas Gerais podem registrar chuvas fracas, de até 10 mm. A umidade relativa do ar também ficará abaixo dos 30% em áreas do Triângulo Mineiro, norte e oeste de São Paulo.
As temperaturas estarão em elevação no interior da região, superando os 30 °C em São Paulo e no centro-oeste de Minas Gerais. No litoral, porém, as máximas devem ficar abaixo dos 28 °C.
A recomendação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de que a população evite enfrentar o mau tempo, observe a alteração nas encostas e, se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia. O Instituto ainda deixa uma série de instruções para os moradores de áreas que possam ser mais afetadas pelas chuvas. Veja:
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- Desligue aparelhos elétricos, quadro geral de energia;Observe alteração nas encostas;
- Permaneça em local abrigado, e em caso de rajadas de vento, não se abrigue debaixo de árvores, devido a leve risco de queda e descargas elétricas, e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;
- Em caso de situação de inundação, ou similar, proteja seus pertences da água envoltos em sacos plásticos;
- Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).