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mostra exibe estreias de atrizes como Gloria Pires, Kristen Stewart e Juliette Binoche como diretoras

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outubro 3, 2025
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Camila Márdila (dir.) dirige a atriz Leona Jhovs no curta 'Sandra' — Foto: Theo Doré/Divulgação

Uma das grandes estrelas do audiovisual brasileiro, Gloria Pires resolveu experimentar algo novo aos 62 anos. Além de protagonista, ela é a diretora da comédia romântica com pitadas de drama “Sexa”, em que vive uma revisora literária de 60 anos que começa o relacionamento com um homem muito mais novo (Thiago Martins), e precisa lidar com julgamentos por parte da família e com suas próprias inseguranças.

— Dirigir era uma inquietação antiga e, quando esse projeto chegou até mim, senti o clique: ali havia algo que falava diretamente de um lugar que eu estava vivendo, com humor e verdade… Senti que era a hora — aponta a estrela de “Se eu fosse você” (2006) e muitos outros filmes e novelas. — A atriz cria e desenvolve de dentro para fora. A diretora precisa enxergar o todo, o ritmo, a harmonia entre todos os elementos que estarão contando aquela história. Mas, no fim, uma alimenta a outra. A atriz em mim me ajudou a acolher o elenco, a entender as necessidades de cada um. E a diretora me colocou no lugar de tomar decisões, inclusive sobre mim mesma em cena.

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A empreitada de Gloria Pires na direção do longa produzido pela Giros Filmes é um dos seis exemplos de atrizes que assumem papel de cineastas (incluindo as estrelas internacionais Juliette Binoche e Kristen Stewart) na programação da 27ª edição do Festival do Rio, que começou nesta quinta-feira (2).

Camila Márdila (dir.) dirige a atriz Leona Jhovs no curta ‘Sandra’ — Foto: Theo Doré/Divulgação

Se Gloria optou por se colocar em cena, o mesmo não acontece com Camila Márdila, de 37 anos. Conhecida pelo trabalho em “Que horas ela volta?”, em que interpreta a filha de Regina Casé, a atriz fez sua estreia na direção dez anos após debutar no cinema. Ao dirigir o curta-metragem “Sandra”, no entanto, ela fez questão de não participar da produção como atriz.

— Sempre tive esse desejo de fazer minha primeira direção sem eu estar em cena. Nunca pensei a direção como necessariamente um lugar para eu poder me dirigir, vi inclusive como descanso desse papel — diz Camila, que vem cultivando o sonho da estreia na direção há bastante tempo. — Esse desejo existe dentro de mim desde que comecei a trabalhar como atriz. E foi algo que foi se aguçando. Quanto mais trabalhava como atriz, mais me sentia instigada a ter uma experiência na direção. O set provoca muito e é um espaço de muito aprendizado diariamente. Fui me munindo de ferramentas para me sentir pronta para este passo, que é uma responsabilidade tremenda. A meu ver, a direção é uma orquestração do coletivo, é uma carga pesada.

Juliette Binoche em Cannes — Foto: AFP
Juliette Binoche em Cannes — Foto: AFP

“Sandra” acompanha a história de uma mulher que recebe uma ligação em seu quarto de hotel e, aos poucos, percebe que está sendo observada. O roteiro, também da atriz, foi desenvolvido a partir de uma experiência semelhante vivida por Camila em 2017. Ela vê com naturalidade o fato de várias atrizes estarem experimentando na direção até como forma de promoverem suas histórias.

— Uma grande Bíblia que tenho na minha casa é o roteiro de “Fleabag”. Sem espaço no mercado, a Phoebe Waller-Bridge escreve uma personagem inventiva para ela mesma fazer. Sinto que muitas atrizes estão cada vez mais instigadas a trabalhar seu lado da criação, tanto na direção quanto no roteiro, como uma chance de mostrar seus próprios trabalhos — diz Camila.

Principal convidada do Festival do Rio 2025, Juliette Binoche apresenta na cidade seu filme de estreia como cineasta: “In-I in motion”. O longa é um documentário que relembra sua performance artística em 2008 ao lado do dançarino e coreográfo Akram Khan. Na apresentação do filme no Festival de San Sebastián, na Espanha, em setembro, a estrela francesa contou que foi incentivada por Robert Redford (que morreu recentemente) a registrar a performance e transformá-la em filme.

Kristen Stewart nas filmagens de'A cronologia da água' — Foto: Andrejs Strokins/Divulgação
Kristen Stewart nas filmagens de ‘A cronologia da água’ — Foto: Andrejs Strokins/Divulgação

Destaque em sua geração, como atriz que cumpriu trajetória da estrela teen de “Crepúsculo” (2008) à primeira americana vencedora do prêmio francês César por “Acima das nuvens” (de Olivier Assayas, 2014), Kristen Stewart, de 35 anos, faz sua estreia como diretora em “A cronologia da água”. O longa, que marcou presença na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes em maio, é uma adaptação de livro de memórias de Lidia Yuknavitch, aspirante a nadadora olímpica que enfrenta o lar abusivo, o vício e a perda de um filho para descobrir sua voz através da escrita.

Em entrevista ao New York Times após a exibição no festival francês, Kristen Stewart lembrou das dificuldades em dar entrevistas sobre alguns projetos como atriz, uma vez que não era a pessoa com as respostas. “Tive muitos dias tentando encontrar o vocabulário para homenagear os esforços de outra pessoa, mas, se você não tem respostas para as perguntas, começa a gerar coisas que tira do nada. Hoje, pode me perguntar qualquer coisa”, disse a artista, que também não quis se dirigir em cena. Ela escalou Imogen Poots para viver a protagonista. “(Se atuasse) estaria me privando da interação mais legal que um diretor pode ter, que é com sua estrela. Não queria fazer isso comigo mesma, queria com outra pessoa. É como ver alguém fazendo algo que você não poderia ter imaginado. É muito mais divertido sermos espelhos um do outro do que apenas nos olharmos no espelho”, afirmou Kristen.

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Chance de contar história

Outras estreantes como cineastas na área são as atrizes Isis Broken e Tainá Müller, que partem de lugares diferentes para realizarem juntas um mesmo projeto: o documentário “Apolo”. Conhecida pelo trabalho na novela “No rancho fundo”, Isis, de 31 anos, é diretora e personagem no longa. O doc acompanha a relação entre a atriz e o companheiro, Lourenzo Gabriel, ambas pessoas trans, durante a gestação do filho Apolo, concebido naturalmente durante a pandemia. À época, o casal se manifestou sobre os preconceitos sofridos na sociedade e dificuldades com profissionais de saúde como médicos, despreparados para lidar com um pai dando à luz. O caso chamou a atenção de Tainá, de 43 anos, que se envolveu com a história de Isis e Lourenzo e, então, propôs fazer um documentário.

— Sempre acreditei que o audiovisual é muito importante para uma construção social e, quando a Tainá me ligou, eu vi uma oportunidade de contar essa história para gerar um documento do que vínhamos passando, numa esperança de que outras famílias não passem por isso — diz Isis.

Estrela de “Bom dia, Verônica”, Tainá vê no projeto a retomada de uma trajetória iniciada há quase 25 anos, em Porto Alegre, onde nasceu.

— A minha história no audiovisual começa aos 19 anos, quando fui montadora, assistente de direção e dirigia um programa da MTV no Sul. Minha estreia como atriz foi quando passei de assistente de direção do Beto Brant para a protagonista do filme “Cão sem dono” (2006), então sinto que essa estreia como diretora no cinema é quase que uma volta à minha raiz no audiovisual — conta a atriz, que pensa em se aventurar pelo cinema de ficção como diretora no futuro. — Minha vontade autoral sempre esteve aqui, mas ficou adormecida pelos 20 anos de dedicação à carreira de atriz e que agora me permito retornar, entendendo que uma coisa não exclui a outra.

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