A Polícia Civil de São Paulo está tratando a morte do advogado Luiz Fernando Pacheco, de 51 anos, como um provável latrocínio (roubo com resultado morte). Imagens de câmeras de segurança de rua mostram que Pacheco foi agredido por um criminoso durante um assalto em uma via pública do bairro nobre de Higienópolis, na zona oeste da capital paulista, na madrugada de quarta-feira (1º), bateu a cabeça no chão e perdeu a consciência.
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O advogado criminalista foi abordado e atacado por assaltantes pouco antes de ser encontrado inconsciente na calçada, conforme registrado por câmeras de monitoramento na região central de São Paulo.
Câmeras de segurança em Higienópolis mostram o momento em que o advogado
Os vídeos mostram o Dr. Pacheco deixando um estabelecimento comercial por volta das 23h27 da terça-feira (30). Em ângulos diversos, ele é visto mexendo em seu telefone enquanto aguarda em uma calçada. Outra cena, sem indicação de horário, o flagra disputando um item com um assaltante, sob a observação de uma mulher.
Em um momento crucial da gravação, um dos agressores desfere um soco na nuca da vítima. Os criminosos teriam fugido levando seus pertences — celular, carteira e relógio. O advogado, no entanto, permaneceu caído na sarjeta e foi socorrido posteriormente por uma pessoa que passava pelo local.
De acordo com o registro oficial da ocorrência, um pedestre na Rua Itambé avistou Pacheco caído e imediatamente alertou a polícia. Ao chegarem, os agentes constataram que ele estava imóvel e solicitaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Transferido para o pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia, nas proximidades, o advogado veio a óbito por volta da 1h40.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou que o advogado estava desaparecido desde o dia 30, data em que o boletim de ocorrência foi registrado. O inquérito policial está sendo conduzido pelo 4º Distrito Policial (Consolação), com foco na dinâmica dos fatos e na confirmação do crime de latrocínio.
O caso gerou intensas especulações devido a mensagens enviadas por Pacheco na noite de seu desaparecimento. Em um grupo de WhatsApp do Prerrogativas — do qual era sócio fundador —, ele enviou uma mensagem na qual mencionava ter “bebido metanol”. Amigos interpretaram isso como uma brincadeira.
Conforme apuração do GLOBO, às 0h03, ele escreveu no aplicativo que tinha bebido em um bar e se sentia mal. Três minutos depois, ele apagou essa mensagem e a substituiu pela frase: “Desculpe os erros, tomei metanol”. Pouco tempo depois, às 0h50, a polícia foi informada por uma testemunha sobre o corpo encontrado.
*Colaborou Leonardo Zvarick, da CBN