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Com ofensa a Popó, música gospel e vaias aos estrangeiros, plateia da Farmasi Arena é protagonista do UFC Rio

BRCOM by BRCOM
outubro 11, 2025
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Júlia Polastri contra Karolina Kowalkiewicz — Foto: Divulgaçã/UFC

Embora os brasileiros sejam conhecidos por sua hospitalidade para estrangeiros no cotidiano, no mundo da luta a recíproca não é verdadeira. O canto “uh, vai morrer” se tornou um clássico em arenas brasileiras para desestabilizar o adversário de outro país que “ousa” vencer uma “prata” da casa. Neste sábado, durante o UFC Fight Night entre CHarles do “Bronx” e Mateusz Gamrot, mais do que tentar desmoralizar os adversários, a torcida foi abaixo com a vitória do brasileiro na luta principal, cantou músicas evangélicas e até ofendeu o pugilista aposentado Acelino “Popó” Freitas, que recentemente esteve envolvido em uma confusão generalizada com a lenda do MMA Wanderlei Silva.

Os duelos começaram com brasileiros em alta, mas logo a maré mudou e a torcida passou a ficar frustrada com os resultados negativos. Porém as últimas lutas da noite que terminaram com as vitórias de Deiveson Figueiredo e do Bronx fizeram a arena tremer com a sintonia entre o público e os lutadores brasileiros.

Na luta principal, o ex-campeão peso-leve do UFC, Charles fez valer o favoritismo e finalizou o polonês Mateusz Gamrot no segundo round, aos 2min48seg e já pediu um novo cinturão ao ser perguntado sobre novos passos:

— Hunter Campbel (promotor de luta), Charles Oliveira x Max Holloway pelo cinturão BMF.

Após a vitória, ele correu para os braços da torcida.

O evento começou com Saimon Oliveira enfervecendo a torcida em sua entrada no octógono ao som do forró “Magalenha”, de Sérgio Mendes. O lutador de Santa Catarina realizou o duelo de abertura com o amapaense Luan Lacerda, que saiu vitorioso com uma chave de braço no segundo round, aos 3min55seg, após tomar um calor do adversário, com duras cotoveladas, nos minutos anteriores da segunda parcial da luta.

Júlia Polastri contra Karolina Kowalkiewicz — Foto: Divulgaçã/UFC

Como estrangeira, a polonesa Karolina Kowalkiewicz foi a primeira a receber as sonoras vaias do público brasileiro na Farmasi Arena, Barra da Tijuca, antes do duelo com a fluminense Julia Polastri, de Duque de Caxias.  A brasileira de 27 anos impôs um ritmo forte desde o começo da luta, já fazendo a experiente polonesa de 39 anos se desestabilizar com fortes golpes no corpo e na cabeça. Karolina, no entanto, resistiu ao primeiro e segundo rounds, mas foi surpreendida com um forte chute alto na última parcial, seguido de uma “blitz” de socos que fizeram o árbitro interromper a luta aos 2min56seg. A polonesa amargou a terceira derrota consecutiva na organização enquanto a brasileira voltou ao caminho da vitória após a derrota na última disputa. 

Embora não fosse um confronto de idades como na luta anterior, a lógica foi parecida. O brasileiro Lucas “fenômeno” Rocha, de 25 anos, controlou a maior parte do duelo com o australiano Stewart Nicoli, de 29 anos. Com ganchos de encontro e boa movimentação lateral, o “fenômeno”, como é apelidado Rocha, suprimiu as tentativas de queda do adversário. Com isso, ele conseguiu controlar o ambiente em que a luta se passou — que foi a maior parte do tempo em pé — e acertou socos potentes na linha de cintura de Nicoli. Os golpes fizeram o confiante australiano perder a fisionomia bem-humorada do início da luta e se tornar mais receoso e arqueado ao longo dos rounds seguintes. Embora tenha sobrevivido até o fim da luta e perdido na decisão dos juízes. 

Outro fenômeno da noite foi Beatriz Mesquita. Maior campeã mundial de Jiu-jitsu brasileiro (10 títulos), a “lady Goat” mudou de modalidade e foi para o MMA. Com cinco vitórias consecutivas, chegou ao UFC e estreou com o pé direito na organização, ao atropelar a rival Irina Alekseeva. Bia derrubou rapidamente e aplicou um forte ground and pound (golpes aplicados ao adversário dominado no solo) na russa. Ela iria repetir as ações do primeiro round, mas viu uma brecha e finalizou Irina com um mata-leão no início do segundo round. 

Agora eu quero tive uma excelente noite e estou pronta para pisar em breve. Estou pronta é só me lçigar e estou pronta. Eu vou estar sempre pronta. É só me ligar que estou aqui para dar show e colocar “fogo no parquinho” — diz Mesquita.   

 No duelo entre Vitor Petrino e o americano Thomas Pettersen, o início morno foi mudado logo após o brasileiro acertar uma sequência de golpes retos no adversário e fazê-lo cair na lona. No entanto o adversário sobreviveu até o fim do round e voltou mais forte no segundo, com a queda de produção de Petrino. Quando parecia que a luta ficaria em um ritmo cadenciado no terceiro round, o brasileiro deu uma combinação de gancho de direita e cruzado que derrubaram violentamente o americano. 

Desculpe eu sentir o gás, um pouco. Tive uma lesão séria no joelho e fiquei mais de duas semana ssem treina.r meu camping foi muito curto, mas não queria deixar de lutar no Rio — diz Petrino. Que completou, pedindo para enfrentar o polonês Marcin Tybura e prometeu: — Não sei quanto tempo vou demorar, nem quanto tempo será até atingir essa etapa, mas serei campeão da categoria. Isso vai acontecer. 

Por alguns minutos, o culto aos esportes de combate foi substituído pelo momento religioso, quando o lutador e pastor Jafel Filho entrou ao som de “Divisa de fogo”, e fez a plateia cantar alto o cântico evangélico. No duelo com o americano Clayton Carpenter, também foi preciso ter fé. Pois, após cair em uma posição de inferioridade no chão, o brasileiro sofreu um aperto, mas se recuperou, invertendo a posição e aplicando uma chave-de-braço conhecida como “katagatame”, indefensável pelo adversário, aos 4min42seg do primeiro round. Ele ainda terminou a “pregação” apresentando uma bíblia, em inglês, no octógono.  

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Virada de chave da torcida

O primeiro a amargar a noite dos brasileiros foi o americano Michael Aswell Jr., que nocauteou rapidamente o Lucas Almeida ainda aos 1min42seg do primeiro round, com uma grande “blitz” que levou o brasileiro ao chão e fez com que o árbitro interrompesse a luta.

As lutas seguintes também renderam frustração ao público. Ricardo Ramos não conseguiu evitar o jogo de finalização do australiano Kean Ofli, que também levou a luta ainda no primeiro round, com um mata-leão, aos 3min02seg. As costumeiras vaias aos estrangeiros ficaram ainda mais intensificadas quando Ofli pediu que “calassem” a boca, pois “estou falando”. 

Mas logo depois a arena voltou a com a presença do recém-empossado campeão meio-pesado Alex “Poatan” Pereira e o anuncio oficial de aposentadoria de José Aldo. O agora ex-lutador já havia dito que não voltaria a calçar as luvas, mas teve a oportunidade de se despedir na cidade em que vive e ser recebido pelo carinho do público. 

Este momento foi importante para manter o exigente público animado. Pois, o início promissor do card, cair por terra com as derrotas de Jhonata Diniz, por nocaute téncico para o português Mario Pinto, e Vicente Luque, na decisão unâmine dos juízes para o espanhol Joel Alvarez.     

Com “vou tomar um tacacá”, refrão popular de “Voando para o Pará”, de Joelma, o nortista Deiveson Figueiredo quebrou o ritmo ruim dos brasileiros não apenas com a música animada, mas também ao vencer em uma decisão dividida e acirrada o americano Montel Jackson.

Durante o duelo, a torcida também apontou uma rusga com o mundo do boxe, quando parte da plateia ofendeu o pugilista recentemente aposentado Acelino “Popó” Freitas com “Popó vai tomar..”. O multicampeão esteve envolvido em uma confusão generalizada com a equipe da lenda do MMA, Wanderlei Silva, no final de setembro, em evento de luta da Spaten Fight Night 2.

Deiveson vive agora uma lua de mel com a plateia da mesma arena (antes chamada de Jeunesse) que o vaiou em 2023, após a derrota por interrupção médica na disputa de cinturão com Brandon Moreno. 

Fechando a noite, Charles do Bronx mostrou que segue em alto ritmo e mesmo perdendo por nocaute para Ilia Topuria na rodada anterior, foi dominante contra o polonês, que tentou controlar o brasileiro no chão, mas não foi capaz de lidar com a diversidade de transições de Charles, e acabou caindo em um mata-leão que fechou a noite do público efervecente.

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