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Em meio a ataques da Rússia, Ucrânia recorre a EUA e Turquia para retomar negociações de paz

BRCOM by BRCOM
novembro 19, 2025
in News
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Os presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, cumprimentam-se durante coletiva em Istambul — Foto: OZAN KOSE / AFP

Uma nova onda de esforços diplomáticos começou a tomar forma nesta quarta-feira para retomar as tratativas para um acordo político entre Rússia e Ucrânia, enquanto a guerra no front continua em toda sua intensidade. Oficiais militares americanos pousaram em Kiev para retomar o diálogo direto sobre um possível fim das hostilidades, no mesmo dia em que Moscou disparou um ataque massivo contra diferentes partes do país, matando ao menos 25 pessoas. O ataque foi condenado pelo presidente da ucrânia, Volodymyr Zelensky, que por sua vez desembarcou em Ancara, em uma viagem que o próprio descreveu como uma tentativa de “reavivar as negociações”, estagnadas desde o encontro entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin no Alasca.

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A situação no campo de batalha é delicada para a Ucrânia. Após cerca de um ano de ofensiva, tropas russas estão perto de tomar a cidade estratégica de Pokrovsk, no leste do país. As forças de Moscou também avançam em ritmo acelerado no sudeste em Zaporíjia. Os países também disputam uma acirrada guerra aérea — Kiev atacou o território russo na terça-feira com mísseis americanos do sistema conhecido como Army Tactical Missile Systems (ATACMS, na sigla em inglês), enquanto a Rússia lançou um ataque massivo nesta quarta, com mais de 500 drones e mísseis. Os principais danos foram registrados na cidade ocidental de Ternopil, onde prédios residenciais foram atingidos.

Em meio aos combates, que de forma recorrente danificam infraestrutura civil vital, como centrais de geração e distribuição de energia, autoridades ucranianas e ocidentais têm apelado por uma volta da diplomacia. Zelensky se reuniu com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em Ancara, com quem discutiu o retorno das negociações com Moscou — Istambul sediou três rodadas entre os dois países entre maio e julho, sem resultados além de trocas de prisioneiros de guerra.

— Nas reuniões de hoje, também enfatizamos a necessidade de que o processo de Istambul continue com uma abordagem pragmática e orientada para resultados — disse Erdogan em uma coletiva de imprensa ao lado de Zelensky. — Esperamos também que todos os nossos parceiros que desejam ver o derramamento de sangue na região chegar ao fim adotem uma abordagem construtiva em relação ao processo.

Os presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, cumprimentam-se durante coletiva em Istambul — Foto: OZAN KOSE / AFP

Em um aceno à diplomacia, Zelensky disse por sua vez esperar retomar trocas de prisioneiros com a Rússia até o fim deste ano — único termo que negociadores dos dois países conseguiram avançar nas tratativas anteriores. Pressionado no campo de batalha e por um escândalo de corrupção que forçou a demissão de ministros de governo, o presidente busca uma alternativa diplomática em um momento em que vê sua capacidade de aprovar questões relacionadas à guerra diminuir no Parlamento.

Antes da viagem, ele afirmou que seu governo preparou uma série de novas propostas, que poderiam ajudar a retomar as negociações para o fim da guerra. Uma fonte ucraniana ouvida pela AFP afirmou que o objetivo da viagem passava por atrair Washington de volta à mesa de negociações.

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Embora houvesse a expectativa da presença do enviado americano Steve Witkoff durante a reunião em Ancara, o Departamento de Estado dos EUA negou que o principal negociador de Trump — que participou ativamente do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas no Oriente Médio — estivesse a caminho do país. A ausência, porém, não indica um afastamento completo de Washington, que parece testar uma nova abordagem para o Leste Europeu.

O governo americano enviou uma delegação montada no Pentágono, chefiada pelo secretário do Exército dos EUA, o general Daniel Driscoll, a Kiev. Um comunicado da Embaixada americana indicou que o principal objetivo da viagem seria “discutir os esforços para pôr fim à guerra”. Dois generais acompanharam Driscoll, que era esperado por autoridades militares, do gabinete político e da indústria ucranianas.

Presidentes dos EUA, Donald Trump (E), e da Rússia, Vladimir Putin, após reunião bilateral no Alasca — Foto: Gavriil GRIGOROV / POOL / AFP
Presidentes dos EUA, Donald Trump (E), e da Rússia, Vladimir Putin, após reunião bilateral no Alasca — Foto: Gavriil GRIGOROV / POOL / AFP

Fontes ouvidas pelo jornal americano Wall Street Journal afirmaram que a decisão de recorrer aos generais para a visita diplomática foi motivada pela frustração com a falta de resultados de reuniões anteriores — incluindo os contatos diretos entre Trump e Putin —, e pelo entendimento de que Moscou poderia se abrir mais a uma negociação liderada por militares.

— O secretário Driscoll está viajando para a Ucrânia para ter uma noção da situação no terreno. Ele participará de reuniões na Ucrânia e relatará suas conclusões à Casa Branca — disse um funcionário do governo americano ouvido pelo WSJ. — O presidente [Trumj] á deixou claro que é hora de parar com as mortes e chegar a um acordo para encerrar a guerra.

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Meios de comunicação americano apontaram que a negociação via Pentágono não seria a única frente aberta pelos EUA neste momento. Uma reportagem publicada pelo site Axios, citando fontes americanas e russas, afirmou que o governo Trump estaria trabalhando no esboço de um novo plano para encerrar a guerra, em um diálogo secreto com Moscou.

O formato, ainda de acordo com a reportagem, teria inspiração no plano apresentado por Trump para o cessar-fogo em Gaza, estabelecendo 28 pontos para o fim do conflito no Leste Europeu. Os principais aspectos tratados englobaria a paz na Ucrânia e as garantias de segurança exigidas por Kiev, a segurança da Europa e o futuro das relações russo-americanas.

Em uma entrevista no Kremlin, ao ser questionado sobre a reportagem, o porta-voz Dmitri Peskov não se aprofundou em comentar o tema, restringindo-se a dizer que “não há nada novo que possamos informar”. (Com AFP, Bloomberg e NYT)

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