Um homem morreu, e outra pessoa ficou ferida, no desabamento de um sobrado no Centro do Rio nesta quinta-feira. Após a liberação pelo Corpo de Bombeiros, cerca de 20 minutos após o fim das buscas por vítimas, equipes da prefeitura do Rio começaram a demolir o que restou do imóvel de três andares, que teve uma queda parcial no início da tarde.
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Ao fim das buscas dos bombeiros, partes comprometidas de casarão que desabou são demolidas
Os operários iniciaram a demolição pelo terceiro andar da estrutura, que fica na esquina entre as ruas Senador Pompeu e Visconde da Gávea. Em um elevador hidráulico, dois homens puxavam as paredes com um pedaço de metal. A estrutura estava tão fragilizada, que isso foi o suficiente para derrubar parte da parede externa do casarão.
Ao empurrar o material, os tijolos “esfarelavam” ao menor toque, o que revela a situação precária em que a estrutura estava.
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Uma vistoria feita pela prefeitura há seis meses já havia constatado que o imóvel de três andares estava em “acelerado estado de degradação, sem o telhado e queda do revestimento”. As sacadas que estavam na esquina estava muito danificadas. Além disso, “na fachada para a rua Visconde da Gávea”, onde o homem morreu, “vários trechos estão com o revestimento com risco de cair sobre o logradouro”, conforme apontado no documento.
Além dessa visita, outra vistoria foi realizada em novembro de 2023, com relatório e providências semelhantes. O subprefeito do Centro Alberto Szafran, por sua vez, diz que não houve inércia da prefeitura em fiscalizar a situação do edifício. Ele falou em nome do município.
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— A prefeitura esteve presente duas vezes, notificou por essas duas ocasiões o proprietário, ele foi informado do que estava acontecendo com o imóvel dele e agora ele vai ser responsabilizado por não ter tomado nenhuma atitude — disse.
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Através de nota, a prefeitura do Rio informou que o casarão “é privado, estava abandonado e não havia moradores no local”, além de que o “proprietário já havia recebido notificações e intimações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, desde 2014. No entanto, segundo o município, o responsável não tomou providências.
“A Defesa Civil também realizou duas vistorias, em 2023 e 2024, e notificou o proprietário. A última ocorreu em 17 de setembro do ano passado, em função da ameaça de desabamento da estrutura. Na ocasião, o prédio apresentava acelerado estado de degradação, sem telhado, com quedas de revestimento, e risco de desprendimento de rebocos da fachada”, reconhece a prefeitura.