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BlackRock e MGX fazem aposta de US$ 40 bi em IA com compra da Aligned Data Centers

BRCOM by BRCOM
outubro 15, 2025
in News
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Larry Fink, CEO da BlackRock — Foto: Simon Dawson/Bloomberg

Um grupo de investidores liderado pela Global Infrastructure Partners (GIP), da BlackRock, concordou em comprar a Aligned Data Centers por US$ 40 bilhões, em um dos maiores investimentos em infraestrutura já realizados pela gestora de ativos. O acordo acontece enquanto Wall Street corre para garantir participação no boom da inteligência artificial.

A MGX, empresa de investimentos em IA criada pelo fundo soberano Mubadala Investment, investirá ao lado da GIP, segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira. Os compradores estão adquirindo a empresa da Macquarie Asset Management, que fez seu primeiro investimento na Aligned em abril de 2018.

A GIP e seus parceiros — que também incluem Microsoft e Nvidia — estão mirando em um dos maiores beneficiários dos gastos com IA, no que se configura como a maior transação de data centers da história. A Aligned, sediada no Texas e com operações em todo os Estados Unidos e América do Sul, possui 50 campi e 78 data centers em operação ou em desenvolvimento, segundo seu site.

Em janeiro, a empresa obteve mais de US$ 12 bilhões em compromissos de capital e dívida de investidores, incluindo fundos geridos pela Macquarie Asset Management.

O acordo é o mais recente de uma série de grandes transações desde o surgimento do ChatGPT, à medida que investidores disputam exposição aos líderes de uma tecnologia com potencial para transformar indústrias e economias.

Eles têm investido fortemente em fornecedores de infraestrutura, como os fabricantes de chips Nvidia e SK Hynix., inflado as avaliações de startups como OpenAI e Anthropic, e injetado capital em toda a cadeia de fornecedores do ecossistema da IA.

De acordo com um relatório do Goldman Sachs publicado no início deste mês, empresas relacionadas à IA já responderam por US$ 141 bilhões em emissões de crédito corporativo neste ano, superando os US$ 127 bilhões em dívida total emitida em 2024.

O acordo da Aligned é o primeiro fruto da parceria que a BlackRock formou há um ano com sua unidade GIP, a Microsoft e a MGX, para investir pesadamente em IA, data centers e energia para alimentar essa tecnologia.

O CEO da BlackRock, Larry Fink, adquiriu a GIP de Bayo Ogunlesi por US$ 12,5 bilhões em 2024, com o objetivo de realizar grandes investimentos em infraestrutura demandados por fundos de pensão, fundos soberanos e outros grandes investidores institucionais.

Larry Fink, CEO da BlackRock — Foto: Simon Dawson/Bloomberg

A parceria voltada à IA definiu como meta levantar US$ 30 bilhões em capital próprio, com o objetivo de financiar até US$ 100 bilhões em investimentos no setor.

A infraestrutura se consolida como um tema-chave para investidores que buscam lucrar com o boom da inteligência artificial, desencadeando uma corrida armamentista entre os maiores gestores de ativos alternativos do mundo para adquirir as competências necessárias para construir e operar ativos complexos, como data centers.

A Blackstone Inc. comprou a QTS Realty Trust por cerca de US$ 10 bilhões em 2021 e, no fim do ano passado, adquiriu a AirTrunk. Desde então, a Blackstone injetou capital nessas empresas, permitindo-lhes expandir significativamente seus portfólios e acelerar projetos de desenvolvimento, à medida que buscam atender à enorme demanda das maiores empresas de tecnologia do mundo por capacidade de processamento.

O negócio da Aligned é voltado para centros hiperescaláveis nas Américas, o que a posiciona para se beneficiar dessa demanda num momento em que o governo Trump vem pressionando as empresas de tecnologia a concentrarem seus investimentos no mercado doméstico. A empresa também possui um portfólio promissor de oportunidades de desenvolvimento, com terrenos que oferecem acesso em larga escala a energia em mercados estratégicos, segundo o comunicado.

Fundada em 2013, quase uma década antes do boom da IA generativa, a Aligned sempre se concentrou em oferecer data centers personalizados para empresas, com ênfase em eficiência e sustentabilidade.

Os data centers — e toda a infraestrutura necessária para sustentá-los, incluindo o fornecimento de energia — demandam tempo para serem desenvolvidos. Atualmente, a Aligned possui pouco mais de 600 megawatts de capacidade operacional, com outros 700 megawatts em construção, segundo a DC Byte, empresa de inteligência de mercado que acompanha o setor. Essa capacidade combinada torna a Aligned uma operação de porte considerável, afirmou o fundador da DC Byte, Edward Galvin.

Para efeito de comparação, a CoreWeave, provedora de nuvem que firmou acordos com OpenAI e Nvidia, possui 470 megawatts de capacidade ativa, segundo documentos públicos, com planos de expansão.

A Aligned não divulgou publicamente seus números de vendas. Se cobrasse cerca de US$ 210 por quilowatt por mês — o padrão de preço da indústria, segundo a CBRE, empresa de serviços imobiliários comerciais —, sua receita anual seria de quase US$ 1,6 bilhão. Esse valor subiria para US$ 3,4 bilhões ao se incluir a capacidade atualmente em construção.

Em seu site, a Aligned informou que entre seus clientes estão Nutanix (empresa de software em nuvem), Datto (provedora de soluções de TI), além de um órgão governamental não identificado e uma empresa multinacional de fintech, entre outros.

A Aligned também está construindo um novo data center no Texas para a Lambda, empresa de infraestrutura em nuvem apoiada pela Nvidia. O data center ainda está em construção.

A BlackRock e a Aligned precisarão garantir energia suficiente para todos os novos data centers que planejam construir. A demanda por eletricidade nos EUA está disparando após décadas de estagnação, e os data centers devem consumir mais de 4% da eletricidade mundial até 2035, segundo a BloombergNEF.

Empresas de tecnologia e desenvolvedores estão correndo para assegurar conexões elétricas, competindo para firmar contratos de energia com concessionárias e produtores independentes. A BlackRock deu um grande passo nesse setor no início deste mês, quando recebeu aprovação dos reguladores de Minnesota para adquirir a concessionária Allete por US$ 6 bilhões. A BlackRock também vem explorando um possível acordo para adquirir a empresa de energia AES Corp., segundo fontes próximas ao assunto.

O acordo com a GIP deve ser concluído no primeiro semestre do próximo ano, de acordo com o comunicado. O consórcio comprador completo — chamado Artificial Intelligence Infrastructure Partnership (AIP)— também inclui a Autoridade de Investimentos do Kuwait (KIA) e a Temasek Holdings Pte, de Cingapura, segundo um comunicado separado divulgado nesta quarta-feira.

O forte aumento nas avaliações tem preocupado alguns analistas de mercado, que argumentam que, embora os gastos e a construção de data centers estejam acelerando, os serviços de IA ainda não se tornaram totalmente populares nem geram receita suficiente para justificar o volume quase inédito de investimentos de capital.

A GIP já é proprietária, junto com a KKR & Co., da empresa de data centers CyrusOne, sediada em Dallas. As duas companhias fecharam o capital da CyrusOne em um acordo concluído em 2022, que avaliou a empresa em cerca de US$ 15 bilhões.

— O AIP está posicionado para atender à crescente demanda por infraestrutura necessária à medida que a IA continua a remodelar a economia global — afirmou Larry Fink, CEO da BlackRock.

A Macquarie vem investindo há anos em infraestrutura digital, incluindo operadores de data centers, torres e redes de fibra óptica. A empresa vendeu outro operador de data centers, a AirTrunk, para a Blackstone por 24 bilhões de dólares australianos (US$ 15,6 bilhões) em 2024.

Outros negócios recentes incluem a Meta, que levantou US$ 29 bilhões em um pacote de financiamento para um data center na Louisiana, e a Oracle, que emitiu US$ 18 bilhões em títulos enquanto constrói sua infraestrutura de nuvem.

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