Você sabe como é feito o azeite de oliva? A Casa Andorinha abre as portas em Botafogo e oferece uma jornada por esse universo. Com entrada gratuita, o espaço criado pela marca portuguesa busca despertar todos os cinco sentidos para explorar aromas, sabores, texturas e histórias desse alimento. O visitante se sente em um olival português e conhece o processo de produção do azeite: do campo até o engarrafamento. O público também poderá criar seu próprio blend de azeites e participar de degustações guiadas.
— O mais importante é a gente entender que azeite extra virgem é o sumo natural da azeitona. É a única gordura que é extraída de uma fruta por inteiro. É um processo exclusivamente mecânico, espremeu-se a fruta, obteve-se o seu sumo — ensina o azeitólogo Marcelo Scofano, consultor educacional da Andorinha, ao apresentar a casa.
Scofano explica que, a partir dos anos 1990, percebeu-se que a qualidade da azeitona era primordial para a qualidade do azeite.
— Isso não havia antes. A azeitona era colhida sempre sobremadura, elas fermentavam, era um processo até mesmo desejado.
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A exposição mostra o processo de produção atual do azeite de oliva. Os olivais são do Alentejo, no Sul de Portugal:
— São mais de 2 milhões de oliveiras e o maior lagar de Portugal. O processo de colheita da Andorinha é bem moderno, automatizado. As máquinas passam por cima das oliveiras e preservam a qualidade da fruta. No lagar, ela é lavada e desfolhada, para ser triturada. Da ancestralidade de 6 mil anos antes de Cristo até os anos 90, o azeite era feito da mesma forma, macerando-se a fruta, polpa e caroço, e depois essa pasta da azeitona sendo prensada. E isso é que basicamente mudou: a qualidade da azeitona e essa pasta não ser mais prensada. Mas ela vai passar por uma termobatedeira, com temperatura controlada, uma extração a frio. A partir do momento em que essa pasta é batida e centrifugada. É uma extração a frio. Depois dessa centrifugação, ela vai ser decantada e o azeite vai ser filtrado — descreve Scofano.
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As quatro variedades de azeitonas usadas na produção do azeite são exibidas:
— Estes são nomes de azeitonas, como a gente tem no vinho, como Cabernet Sauvignon e Syrah. A Arbequina e a Arbosana são de origem espanhola. A Cobraçosa é portuguesa, a Koroneiki é uma variedade grega. A casa interativa permite que você conheça um pouco sobre elas.
São apresentados os três principais atributos do azeite: frutado, amargo e picante.
— O sensorial do azeite, que é uma característica desconhecida pelas pessoas, se deve a fatores como variedade e grau de maturidade da fruta. Uma azeitona mais verde ou mais madura vai determinar um frutado mais ou menos intenso. Depois do frutado, que é observado olfativamente, a gente observa o picante, que é percebido gustativamente e é outro atributo positivo. Depois do picante, a gente tem o amargo. Isso era muito desconhecido. Até mesmo hoje, o consumidor, ao encontrar um azeite um pouco mais amargo, picante, não gosta.
A Casa Andorinha tem acesso a cadeirantes, guias para pessoas com limitações motoras, equipamentos sonoros e materiais em braile.
— Estamos muito felizes em trazer a experiência da Casa Andorinha para a capital carioca pela primeira vez. Cada detalhe foi pensado para refletir o espírito acolhedor e vibrante da cidade, tornando a experiência ainda mais convidativa para o público local. Andorinha é a marca de azeite mais vendida no Brasil, e também no Rio, com olival próprio e mais de 95 anos de expertise, sendo referência em azeite de verdade — detalha Loara Costa, diretora de Marketing e Trade Marketing do Grupo Sovena, detentora da marca Andorinha.
Além dos produtos já conhecidos no mercado, produzidos em Portugal e importados para o Brasil, a edição carioca traz um Empório exclusivo, com itens limitados desenvolvidos em parceria com diversas marcas e disponíveis somente na Casa Andorinha. Algumas colaborações já fazem parte da história do projeto, como, por exemplo, o óleo corporal da Saboaria Brasil, bolachas da Dona do Doce, Chilli Crunch do Restaurante Mocotó e pipocas da Pipó. Para reforçar as memórias afetivas e a conexão com o público local, a edição do Rio conta ainda com novidades de marcas cariocas, como a Cachaça Cerejeira com Azeite da 7 Engenhos, Bonés da Made in Rio e Cookie NY com Azeite da Cucurucho. Também fazem parte da seleção a meia da Dorinha da Amaggi, gel de limpeza facial 2 em 1 da Kote, Trufas de Chocolate da Mestiço e as granolas do Banana Verde.
Outro destaque é o restaurante em parceria com o Sofia, da chef Katia Barbosa. O cardápio explora a versatilidade do azeite em receitas que unem sabor, cultura e brasilidade. Há receitas como o bolinho de feijoada, criação da chef que já se tornou patrimônio cultural do Rio de Janeiro.
— Trazer o azeite para o centro da mesa é uma forma de celebrar a diversidade da nossa cozinha. A Casa Andorinha é um convite para experimentar, aprender e se encantar com esse ingrediente que é puro afeto e sabor — destaca Katia Barbosa.
A Casa Andorinha está aberta ao público de 26 de setembro a 19 de outubro às sextas-feiras e sábados das 12h às 21h30 e aos domingos das 12h às 19h. O endereço é Rua Conde de Irajá 201, Botafogo. A entrada é gratuita.