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China rejeita acusação de Zelensky de que ‘muitos cidadãos chineses’ têm lutado pela Rússia na guerra

BRCOM by BRCOM
abril 9, 2025
in News
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Zelensky diz que tropas ucranianas capturaram dois cidadãos chineses que lutavam com os russos

O Ministério das Relações Exteriores da China rejeitou nesta quarta-feira as acusações feitas pela Ucrânia de que mais cidadãos chineses estariam lutando no país em nome da Rússia, classificando a afirmação como “infundada”. A declaração foi feita um dia após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciar que dois chineses que combatiam ao lado das tropas russas haviam sido capturados — acrescentando, sem apresentar provas, que havia “muitos mais” no front.

  • Contexto: Zelensky diz que tropas ucranianas capturaram dois cidadãos chineses que lutavam com os russos
  • Alvos: Tropas de Moscou aceleram retomada de Kursk, enquanto Ucrânia abre nova frente de guerra no território russo

Nesta quarta-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, disse que Pequim estava “verificando a situação relevante” dos dois homens junto à Ucrânia. Ele rejeitou a sugestão de que muitos outros cidadãos chineses estariam lutando pela Rússia e enfatizou que o governo chinês instruiu seus cidadãos a evitar qualquer envolvimento em conflitos armados. Em entrevista coletiva, ele ressaltou que a posição de Pequim sobre a crise na Ucrânia era “muito clara e amplamente conhecida pela comunidade internacional”.

O impasse ocorre em um momento tenso tanto para a Ucrânia quanto para a China. Donald Trump tem se aproximado de Moscou ao mesmo tempo em que tenta atuar como mediador em negociações de cessar-fogo com Kiev. Além disso, intensificou as hostilidades contra Pequim, impondo uma tarifa de 104% sobre todos os produtos chineses, que entrou em vigor nesta quarta-feira. Na terça, a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, classificou como “alarmante” a informação de que cidadãos chineses estariam lutando pela Rússia.

— A China é uma facilitadora importante da Rússia na guerra na Ucrânia — disse Bruce em entrevista coletiva, citando o fornecimento por parte de Pequim de itens de uso dual (com aplicações civis e militares) que Moscou precisa para sustentar o conflito. — Como disse o presidente Trump, a cooperação contínua entre essas duas potências nucleares apenas contribuirá ainda mais para a instabilidade global, tornando os Estados Unidos e outros países menos seguros.

Embora a China tenha declarado neutralidade na guerra, tem oferecido apoio diplomático e econômico à Rússia durante o conflito — o que, segundo o governo Biden, permitiu que Moscou mantivesse sua ofensiva. A China compra grandes quantidades de petróleo russo e fornece a Moscou tecnologias que podem ser usadas no campo de batalha. Desde o início da invasão em larga escala da Ucrânia, em fevereiro de 2022, os presidentes Xi Jinping, da China, e Vladimir Putin, da Rússia, se reuniram diversas vezes e aprofundaram seus laços.

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Em sua declaração na terça-feira, Zelensky não sugeriu que os combatentes chineses tivessem sido enviados pelo Exército de Pequim, mas citou sua presença como mais uma prova de que Putin não está interessado em paz. A presença de combatentes chineses na linha de frente na Ucrânia não foi noticiada pela mídia estatal chinesa, mas há relatos não verificados nas redes sociais do país sobre mercenários chineses atuando na guerra. O Kremlin se recusou a comentar.

Tanto a Rússia quanto a Ucrânia contam com combatentes estrangeiros em suas fileiras nos mais de três anos de guerra. Na maioria dos casos, são voluntários estrangeiros ou mercenários, embora as forças armadas russas tenham contado com o apoio de soldados norte-coreanos.

No Telegram, Zelensky escreveu que os dois chineses foram capturados em combates na região de Donetsk, no território ucraniano. Ele disse ter instruído o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, a entrar em contato imediatamente com seu homólogo em Pequim para falar sobre o incidente. Mais tarde, Sybiha afirmou no X que o episódio “coloca em xeque a posição chinesa em favor da paz”.

“Nossos militares capturaram dois cidadãos chineses que lutavam no Exército russo. Isso aconteceu em território ucraniano — na região de Donetsk. Temos os documentos desses prisioneiros, cartões bancários e dados pessoais”, disse Zelensky em uma publicação nas redes sociais que incluía imagens de um dos supostos prisioneiros chineses.

Zelensky diz que tropas ucranianas capturaram dois cidadãos chineses que lutavam com os russos

Ao contrário da Coreia do Norte, que teria enviado mais de 10 mil soldados, mísseis e equipamentos de artilharia para a Rússia, consolidando o apoio de Kim Jong-un ao regime de Vladimir Putin, o envio de tropas pela China para apoiar Moscou na guerra não é conhecido. Há relatos de cidadãos chineses que voluntariamente decidiram lutar ao lado do Exército russo, mas Zelensky sugeriu que o caso descoberto na terça-feira é de outra natureza.

— Este é mais um país que está apoiando militarmente a invasão da Ucrânia pela Rússia. Do lado russo, vieram primeiro tropas do Irã e da Coreia do Norte — disse Zelensky. — Mas há uma diferença. Os norte-coreanos lutaram contra nós em Kursk (território russo invadido pela Ucrânia em agosto). Os chineses estão lutando em território ucraniano. E acho que esse é um ponto importante que precisamos discutir com nossos parceiros. Com urgência, na minha opinião.

  • Entenda: Rússia executa prisioneiros de guerra sem se importar com quem está assistindo, diz Ucrânia

A descoberta ocorre menos de dois meses após a primeira ligação entre Xi Jinping e Vladimir Putin desde que o americano Donald Trump reconfigurou a política externa dos EUA com uma guinada drástica em direção a Moscou. O telefonema, que foi feito no mesmo dia em que o conflito na Ucrânia completou seu 3º ano, representou uma mensagem clara de Pequim de que suas relações com seu principal parceiro diplomático não seriam abaladas pelo republicano.

— A história e a realidade mostram que China e Rússia são bons vizinhos que não podem ser afastados, e verdadeiros amigos que compartilham alegrias e dificuldades — disse Xi a Putin, segundo citado pela agência estatal chinesa Xinhua, evocando uma frase que o líder chinês já havia usado para marcar simbolicamente o 70º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países, em 2019.

O presidente chinês também afirmou na ocasião que “a China fica satisfeita em ver a Rússia e outras partes envolvidas fazendo esforços positivos para resolver a crise”, enquanto o Kremlin pontuou que “o lado chinês expressou apoio ao diálogo iniciado entre Rússia e os Estados Unidos”. Pequim tem se posicionado para se beneficiar dos esforços de reconstrução da Ucrânia, e alguns analistas sugerem que a China poderia participar de operações de manutenção da paz.

(Com Bloomberg, AFP e New York Times)

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