A primeira coisa que os passageiros presentes na viagem inaugural do MSC World America, na semana passada, viram após o embarque foi uma enorme bandeira dos Estados Unidos, reproduzida no teto de LED que cobre o vão central do navio. Com a missão de consolidar a MSC no mercado de cruzeiros mais concorrido do mundo, a nova embarcação atravessou o Atlântico rumo a Miami, de onde fará roteiros de sete noites pelo Caribe, cheia de atrações que poderão agradar não apenas americanos, mas viajantes de diversas nacionalidades, como os brasileiros.
- Estrelas a bordo: com Drew Barrymore como madrinha, MSC inaugura seu navio de cruzeiros mais moderno em Miami
- Com mordomo, sem confusão: como é área de luxo em um navio de cruzeiros no Brasil
Inaugurado no último dia 9, com a atriz Drew Barrymore como madrinha, o navio é o segundo representante da Classe World e apresenta diferenças notáveis em relação a seu “gêmeo” mais velho, o MSC World Europa, lançado em 2022 no Catar e atualmente baseado no Mediterrâneo. Entre as atrações a bordo pensadas para o público dos EUA estão um sports bar (com TVs passando jogos ao vivo), um musical inspirado em “Dirty dancing” e um salão dedicado a stand-up comedy e números de humor.
— É nosso primeiro navio projetado para atender o público dos EUA, mas vejo muitas semelhanças entre os viajantes americanos e brasileiros — afirma o diretor geral da MSC Cruzeiros no Brasil, Adrian Ursilli. — A grande oferta de áreas ao ar livre e o clima festivo vão fazer os brasileiros se sentirem à vontade.
Com 333,3 metros de comprimento e capacidade para 6.762 passageiros em ocupação máxima de suas 2.614 cabines, o MSC World America é, ao lado do World Europa, o maior navio da frota da armadora. Ao todo, ele tem também são 18 bares e lounges, 19 opções gastronômicas (sendo seis restaurantes de especialidades), seis piscinas e dois teatros. O navio também é movido por Gás Natural Liquefeito (GNL), considerado um combustível menos danoso ao meio ambiente.
Uma curiosidade: 16 dos 21 pavimentos do navio são batizados com nomes de portos nas Américas, como Cozumel (México), Nassau (Bahamas), Halifax (Canadá), Los Angeles (EUA), Ocho Rios (Jamaica) e Montevidéu (Uruguai). Brasileiros que quiserem se hospedar no Rio de Janeiro devem reservar uma cabine no deque 15, e passarão muitas vezes por Santos (deque 7), onde estão bares, restaurantes e teatros.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/E/E/iFc4GbTN2jY9PZOXN4vw/20250409-111846.jpg)
Também seguindo o modelo inaugurado pelo antecessor, o MSC World America é dividido por sete áreas temáticas, chamadas de “distritos”: World Galleria, com lojas, bares e restaurantes; World Promenade, com jeito de calçadão à beira-mar; Family Aventura, com atrações radicais; The Aqua Deck, a área das piscinas; The Zen Area, exclusiva para adultos; The Terrace, com mesas ao ar livre com vista para o mar; e MSC Yacht Club, a área de luxo.
No coração do navio está a World Galleria, um corredor interno de 114 metros de comprimento, coberto pelo tal teto de LED que reproduz inúmeras imagens ao longo do dia (inclusive do fundo do mar). Ele pega três andares (6, 7 e 8), onde ficam lojas, pontos de atendimento, bares e restaurantes.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/G/w/3DlhqpR1qP1wNCl43u8Q/20250411-150205.jpg)
É nessa área que estão os restaurantes de especialidades pagos à parte, como o asiático Kaito Teppanyaki & Sushi Bar, o mexicano HOLA! Tacos & Cantina e o Butcher’s Cut Steakhouse, todos presentes em outros navios da companhia. A maior parte das atenções se voltará, porém, ao Eataly at Sea, o primeiro restaurante da rede Eataly num navio de cruzeiros. Com ingredientes frescos e pegada italiana contemporânea, este espaço é exclusivo do MSC World America, ao menos por enquanto. Outra opção gastronômica desta área é o Les Dunes, incluído no pacote dos passageiros das cabines Aurea, uma classe intermediária nos cruzeiros da MSC.
O World Galleria se destaca também por abrigar os principais bares e lounges do navio. O Elixir – Mixology Bar prepara drinques mais sofisticados, enquanto o Dolce Vita harmoniza bebidas mais tradicionais com música ao vivo. Para bebedores de gim há o The Gin Project, para os de espumante, o Fizz, Champagne Bar, e para os de cerveja há o Masters of the Seas, um pub que, além de oferecer rótulos de várias partes do mundo, produz numa microcervejaria sua própria bebida, feita com água do mar dessalinizada. E para os sortudos, um bar secreto, tipo speakeasy dos anos 1930, cujo acesso se dá através de uma inocente cabine telefônica londrina apenas para passageiros selecionados aleatoriamente durante o cruzeiro.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/w/A/269SyAR3qOum2kS4TKuQ/20250411-181139.jpg)
Outras opções de comes e bebes dessa área são a Jean-Phillippe Chocolate & Café, do célebre confeiteiro francês Jean-Phillippe Maury; o Zest – Juice Bar, com sucos de fruta frescos, na entrada do Aurea Spa; e Pizza & Burger, um bufê (incluído no pacote) com sanduíches e redondas que é o maior desafio para quem navega fazendo dieta.
Nessa área também ficam os espaços para entretenimento noturno, como o teatro principal, World Theatre, palco para o espetáculo “Dirty dancing in concert” com músicas e danças do clássico filme estrelado por Patrick Swayze e Jennifer Grey (e sim, “aquela” cena ao som de “Time of my life” está presente).
— Quando estávamos pesquisando as opções de entretenimento para o novo navio, chegamos a esse espetáculo e não tivemos dúvida. Não há nada mais americano que a história de “Dirty dancing”, de Babe no acampamento de verão num hotel de cabanas cercadas por bosques — comentou o vice-presidente global de entretenimento da MSC, Steve Letham.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/z/p/g6frd0TR6AEgU1RpRdkQ/20250411-221444.jpg)
O executivo também falou que a ideia é deixar os espetáculos escalados para Panorama Lounge, uma área para apresentações num “estilo Cirque du soleil”, com ingressos pagos à parte, com uma cara “ainda mais Las Vegas”. Também há o The Loft, o salão dedicado à apresentação de comediantes a bordo, uma tradição cultural americana que ainda não havia chegado aos navios da MSC.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/5/9/dqaaEGRDmn6Ntvn21mQg/20250409-114330.jpg)
Outra área que merece destaque é o World Promenade, calçadão que ocupa a popa (a parte de trás) do deque 8. Nesse corredor, que dá de cara para o mar, estão duas opções gastronômicas exclusivas deste navio, o All Stars Sports Bar, com seleção campeã de cervejas e hambúrgueres, e o Paxos, um restaurante grego que capricha nos frutos do mar e quase faz o cliente se sentir em Mykonos ou Santorini. Nesse espaço há ainda uma concorridíssima loja de doces, uma lanchonete e uma cafeteria, tudo pago por fora.
Lá também fica o ponto final do Jaw Drop The Spiral, um escorrega que começa no deque 20 e desliza por 11 andares (nos navios da empresa não há o deque 17, já que o número é considerado de “má sorte” pelos italianos). A boca do escorrega é uma cabeça de tubarão que fica na área The Harbour, parte do “distrito” Family Aventura, com direito a uma réplica do farol vermelho e branco de Ocean Cay, a ilha particular da MSC nas Bahamas, onde o navio para em todos os seus roteiros. Este espaço reúne atrações como três toboáguas, um circuito de arvorismo e uma quadra poliesportiva, que também se transforma em pista de carrinhos de bate-bate.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/l/u/KHjZJzQxO0WBPNN9KiFQ/20250410-143939.jpg)
Mas nada tão radical como o Cliffhanger, outra atração exclusiva do MSC World America. Trata-se de um balanço suspenso a cerca de 50 metros acima do mar e para fora do navio. que provoca gritos de pavor e risos na mesma medida de quem se aventura nele.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/X/6/JqWc9RR5C5MLsDQaMGSA/20250409-115133.jpg)
Para relaxar nas piscinas, o passageiro precisa ir ao deque 18, onde ficam dois “distritos”. No The Aqua Deck ficam a piscina principal, ao ar livre, com bastante espaço para cadeiras e espreguiçadeiras sob o sol, e a coberta, numa área chamada Botanic Garden, que lembra uma estufa de plantas e que conta com um simpático bar.
No mesmo deque, só que na popa, está The Zen Area, o “distrito” só para adultos, que conta com duas piscinas pequenas e muito espaço para relaxar observando o rastro que o navio deixa ao navegar. É um ótimo ponto para assistir ao pôr do sol e ao momento de zarpar.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/v/P/XtsSOeQL6NXsyYBPWabQ/20250409-104823.jpg)
A casa do MSC World America é o porto de Miami, onde a armadora inaugurou o maior terminal de passageiros do mundo. Com 45 mil m², a instalação comporta até 36 mil viajantes por dia e pode receber três navios simultaneamente. Um sistema automatizado, com totens de reconhecimento facial antes e depois do check-in, permite um embarque mais rápido.
De lá, ele fará roteiros de sete noites pelo Caribe, passando por destinos como República Dominicana, Porto Rico e México, dependendo do roteiro, mas sempre com uma parada em Ocean Cay, a ilha particular da MSC nas Bahamas. Os pacotes começam em R$ 4.544 por pessoa em cabine interna dupla, com taxas.
Eduardo Maia viajou a convite da MSC Cruzeiros.

