O Monte Rinjani, na ilha de Lombok, onde a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, sofreu uma queda durante uma trilha guiada, abriga o segundo vulcão mais alto da Indonésia e é destino de milhares de turistas todos os anos. A publicitária, natural de Niterói, aguarda resgate no local desde as 19h da última sexta-feira (horário de Brasília), 5h de sábado no horário local.

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O vulcão se situa na região do “Anel de Fogo” — a linha de terremotos e erupções vulcânicas frequentes que circunda praticamente toda a orla do Pacífico. Com 3.726 metros de altura, o Rinjani é um popular destino de caminhadas na ilha de Lombok. São populares, por exemplo, excursões de três dias até o cume da montanha, que contém um lago em sua caldeira.

A caldeira, de 6 por 8,5 quilômetros, fica preenchida parcialmente pelo lago, a cerca de 2.000 metros acima do nível do mar, conhecido como Segara Anak ou Anak Laut (Filho do Mar), pela cor azul da água. A montanha é considerada sagrada para o povo local. A Unesco reconheceu o Monte Rinjani como um Geoparque Global em 2018.

Juliana Marins aguardando resgate na Indonésia — Foto: Reprodução

Lombok fica nas Ilhas Menores da Sonda, um arquipélago composto por Bali, Sumbawa, Flores, Sumba e Timor. Lombok e Sumbawa, especificamente, ficam na porção central do Arco de Sunda, terreno de alguns dos vulcões considerados mais perigosos do mundo. Em altura, o Rinjani perde apenas para o vulcão Kerinci, em Sumatra.

Quando o vulcão Rinjani entrou em erupção?

Monitorado constantemente pelas autoridades locais, o Rinjani entrou em erupção pela última vez em 2016. Na ocasião, o cone vulcânico Barujari, dentro da caldeira, expeliu cinzas que forçaram o fechamento do espaço aéreo regional e do Parque Nacional. Em 2018, mais de 680 pessoas ficaram isoladas na montanha do vulcão após um terremoto de magnitude 6.4 da escala Richter e precisaram ser resgatadas por especialistas em terra e profissionais com helicópteros.

Como está o resgate de Juliana Marins?

As buscas pela publicitária foram retomadas na noite desta segunda-feira, por volta das 20h (6h no horário local). A família divulgou uma atualização nas redes sociais, informando que o resgate foi retomado às 6h (horário local) desta terça-feira.

Uma furadeira de grande porte foi levada ao local para abrir passagem em trechos inacessíveis da encosta — parte de um “plano B” da operação. Ainda segundo os familiares, há expectativa de uso de helicóptero entre 11h e 12h (horário local), se as condições climáticas e aéreas permitirem.

“A equipe de resgate desceu 400m, mas estimam que a localização de Juliana ainda está a uns 650m de distância. Ela estava bem mais longe do que estimaram ontem. Há dois helicópteros de resgate (um em Sumbawa, outro em Jacarta) de sobreaviso, aguardando a confirmação do espaço aéreo para poder decolar e iniciar o planos de voo. Agora são 10h49 em Lombok.”

Fotos de Juliana Marins durante trilha no Monte Rinjani — Foto: Instagram
Fotos de Juliana Marins durante trilha no Monte Rinjani — Foto: Instagram

Com emoção, a irmã da jovem, Mariana Marins, expressou a ansiedade da família diante do avanço da noite: “Tá chegando a noite, a nossa expectativa aumenta, o resgate vai ser retomado. A gente está na expectativa de ver a Juliana novamente, viva e bem aqui com a gente”.

Pouco tempo depois de saber da retomada do resgate, a irmã da publicitária, que é natural de Niterói, convidou o público a se unir numa corrente de boas energias a Juliana.

“Quero agradecer toda energia positiva, todo carinho que vocês têm enviado. Tenho certeza que ela está sentindo isso lá agora e isso está mantendo ela viva. Eu sinto isso. A gente não tem confirmação do estado, mas tenho certeza que isso tá fazendo muita diferença. Vamos trazer a Juliana pra casa”.

como é o vulcão onde Juliana Marins caiu?