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como John Textor teria tentado tomar da Eagle o controle total da SAF do Botafogo

BRCOM by BRCOM
agosto 5, 2025
in News
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'Textor em jogo do Lyon na França — Foto: Olivier Chassignole/AFP/23-2-2025

Horas antes de presidir a assembleia que aprovaria medidas para se manter no comando da SAF do Botafogo, John Textor recebeu um e-mail informando que a Eagle Football Holdings pretendia retirá-lo da administração do clube. A mensagem foi enviada às 7h28 do dia 17 de julho por Christopher Mallon, diretor independente nomeado pelos acionistas da Eagle em abril, após o racha provocado pela crise no Lyon. Desde então, Mallon havia assumido o papel de principal tomador de decisões da holding. No e-mail, ele comunicava a “iminente necessidade de removê-lo da administração do Botafogo e salvaguardar os melhores interesses da sociedade”.

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As informações constam do processo movido pela Eagle para anular decisões que, segundo a empresa, foram tomadas por Textor sem consulta aos demais sócios. Poucas horas após receber a mensagem, Textor convocou e presidiu duas reuniões estratégicas, que teriam como objetivo garantir sua permanência no controle do Botafogo — sem informar seus sócios sobre o que estava em curso.

A primeira reunião ocorreu às 11h, no Conselho de Administração da SAF. Nela, foi aprovada a venda de um crédito de € 150 milhões (mais de R$ 950 milhões) que o clube teria a receber da Eagle para uma nova empresa criada por Textor nas Ilhas Cayman. A operação foi feita com deságio: o Botafogo receberá, no máximo, € 100 milhões (cerca de R$ 640 milhões). Na mesma reunião, também foi aprovado um novo empréstimo de € 100 milhões com a mesma empresa, tendo como garantia quase todas as receitas futuras da SAF, incluindo cotas de TV do Campeonato Brasileiro até 2029, patrocínios e licenciamento de marca.

Às 16h55, Textor respondeu ao e-mail de Mallon. No entanto, não mencionou as reuniões nem as decisões tomadas naquela manhã. Segundo os advogados da Eagle, ele afirmou apenas que, “na sua visão, todos os clubes pertencentes ao grupo Eagle deveriam permanecer unidos em um único grupo” e que estava “preparando uma oferta para adquirir o capital do Botafogo”.

Mais tarde, às 23h, Textor presidiu por videoconferência uma nova reunião: a Assembleia Geral Extraordinária da SAF. Ele assinou a ata como representante da Eagle, embora, por deliberações internas da holding, apenas Mallon tivesse poderes para representar a empresa. Nessa assembleia, a SAF do Botafogo aumentou seu capital social de R$ 10 mil para R$ 650 milhões e aprovou a emissão de novas ações.

‘Textor em jogo do Lyon na França — Foto: Olivier Chassignole/AFP/23-2-2025

Para a Eagle, a manobra teve um propósito claro: utilizar o empréstimo aprovado anteriormente para que essas novas ações fossem entregues à empresa de Textor, diluindo assim a participação da Eagle — que hoje detém 90% da SAF — e garantindo ao empresário o controle total do Botafogo. “Com isso, Sr. Textor diluirá a participação acionária de 90% da Eagle Bidco e adquirirá, por meio da sua empresa nas Ilhas Cayman e do patrimônio do próprio Botafogo, o controle total do Botafogo”, afirmam os advogados no processo.

A ação, que tramita na 2ª Vara Empresarial da capital, pede que a Justiça suspenda os efeitos da assembleia e proíba a realização de novos atos societários pela SAF sem a devida representação da Eagle Bidco. Também solicita que a SAF seja impedida de assinar contratos com empresas de Textor ou a ele relacionadas.

Entre os documentos apresentados, está um “acordo de anulação” de 23 de abril, no qual os acionistas nomearam Mallon como diretor independente da Eagle — uma reação direta ao litígio com Textor. Alterações posteriores no estatuto da holding, feitas em junho, garantiram que o diretor independente sempre teria maioria dos votos nas decisões internas da empresa.

Com base nisso, a Eagle alega que, como Mallon não foi informado sobre as reuniões da SAF, Textor não teria legitimidade para realizá-las — e muito menos para tomar decisões em nome da holding.

Procurado, o Botafogo afirmou, em nota, que sempre valorizou a colaboração entre os clubes do grupo Eagle Football e que mantém o desejo de preservar essa parceria. O clube atribuiu a interrupção dos acordos de integração financeira (cash pooling) a medidas impostas por órgãos reguladores na França, que teriam gerado desequilíbrio entre as partes. Segundo a SAF, diante desse cenário, foi necessário formalizar, por vias legais, a cobrança de valores emprestados anteriormente. O Botafogo também afirmou que as medidas societárias adotadas foram alinhadas com seu parceiro acionista, o Botafogo de Futebol e Regatas, e visam permitir a entrada de novos aportes de capital.

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