Durante muito tempo, a presença de brasileiros em sites internacionais de entretenimento parecia restrita a exceções. A cantora Anitta foi uma das primeiras a furar essa bolha, aparecendo em veículos como “Billboard”, “Rolling Stone” e “People”. Mas, nos últimos anos, outro tipo de figura brasileira passou a ocupar espaço em portais estrangeiros: influenciadoras digitais com histórias curiosas, visuais marcantes e uma narrativa moldada para o entretenimento global.
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Hoje, nomes do Brasil estampam manchetes em sites como “New York Post”, “The Sun”, “Mirror”, “TMZ” e até na tradicional “People”, reforçando que o interesse por personalidades brasileiras ultrapassou o campo da música e da atuação.
Essa visibilidade crescente tem um responsável direto: o assessor de imprensa Cacau Oliver. Criador do concurso Miss Bumbum, apresentador do reality Criador de Celebridades e conhecido por lançar subcelebridades no Brasil desde os anos 2000, ele desenvolveu uma estratégia inédita no país: transformar histórias aparentemente banais em notícias com potencial global, adaptadas à linguagem e ao apetite dos tabloides estrangeiros.
Com um faro único para narrativas que funcionam tanto no Brasil quanto no exterior, Cacau entendeu que o segredo não está apenas na fama, mas no enredo. Ele aposta em situações com contraste, exagero, vulnerabilidade ou impacto visual, capazes de se traduzir em manchetes universais. Mais do que gerar engajamento nas redes, seu objetivo é oficializar essas histórias por meio da imprensa, tornando-as fatos validados por veículos de alcance mundial.
— A diferença está em entender o que desperta interesse universal. Pode ser uma situação fora do comum, um gesto inesperado, uma estética que cause impacto. Quando bem construída, essa narrativa vira notícia em qualquer idioma — explica ao GLOBO.
Cacau também destaca um contraste importante entre a mídia brasileira e a internacional: enquanto no Brasil as páginas de celebridades muitas vezes giram em torno dos mesmos nomes consagrados, sites estrangeiros abrem espaço para histórias novas e personagens ainda desconhecidos, desde que a narrativa seja forte.
— A mídia lá fora não está presa a uma lista de famosos. Eles apostam no inusitado, no curioso, no que tem enredo. Isso dá espaço para quem sabe contar uma boa história, mesmo que ainda não tenha milhões de seguidores — afirma.
Com o avanço das redes sociais e a globalização do entretenimento, o Brasil passou a exportar não apenas música, novelas ou memes, mas também personagens midiáticos. E, por trás dessa nova fase, está um trabalho de construção e posicionamento feito com precisão. Cacau, sozinho, tem redefinido o conceito de celebridade internacional made in Brazil, uma fama construída com roteiro, imagem e manchete.