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Quando as luzes iluminaram o palco, Mary avançou sem uma peruca cintilante ou penteado elaborado. Usava apenas uma cobertura de cabeça prateada, cravejada de joias que refletiam cada raio de luz do ambiente.
O vestido de Sickler, um deslumbrante traje prateado com bordados ornamentados e cauda longa, refletia toda a confiança que a jovem exibia. Com essa aparição, ela fez história como a primeira mulher com diagnóstico público de alopecia a competir pelo título de Miss EUA.
A final acontece nesta sexta-feira (24) e todos os olhares estão voltados para a competidora que transformou vulnerabilidade em poder.
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A trajetória de Mary Sickler não foi fácil. Diagnosticada com alopecia universal em dezembro de 2024, ela perdeu todos os cabelos, incluindo sobrancelhas e cílios, em poucos meses.
“Lembro-me de chegar em casa, olhar no espelho e nunca me sentir tão feia. Meu cabelo estava todo em falhas, meus cílios haviam desaparecido completamente, eu não tinha sobrancelhas e, honestamente, não conseguia mais me reconhecer”, contou à “People” em setembro.
Para alguém cuja identidade estava profundamente ligada à moda e aos concursos de beleza — competindo desde os 10 anos e tendo desfilado para a Louis Vuitton —, o diagnóstico abalou sua autopercepção. Contratos foram cancelados, sua carreira pausou e, em silêncio, ela se afastou dos holofotes, temendo que a ausência de cabelo fosse vista como ausência de beleza.
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Após meses afastada, Mary decidiu retomar seu poder. Ignorando o conselho de esperar, voltou ao universo dos concursos, começando pelo Miss Texas USA 2025, onde conquistou o primeiro lugar.
Mesmo assim, ela ainda não estava pronta para revelar publicamente sua alopecia. “Eu sabia que, se falasse sobre isso na sala de entrevistas, eu choraria, e essa não era a mensagem que eu queria passar. Eu queria mostrar que era forte”, explicou.
O impulso não diminuiu. Em julho, ela competiu no Miss Nevada EUA 2025 e venceu. Somente um mês antes do concurso Miss EUA, decidiu compartilhar sua verdade nas redes sociais, publicando vídeos sobre sua alopecia. A repercussão foi imediata e positiva, com mensagens de apoio de todo o mundo. A cada postagem, a confiança de Sickler superava o medo.
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Exibir a cabeça descoberta sob as luzes do palco não foi apenas uma escolha de estilo, mas uma verdadeira declaração de identidade.
“Eu perdi todo o meu cabelo, e definitivamente não pensei que estaria caminhando no palco do Miss EUA sem nenhum cabelo, mas estou. Demorou muito para que eu finalmente conseguisse me enxergar como bonita, e acho que esse é o primeiro passo. Se você se vê como bonita e assume isso, então outras pessoas também vão ver”, disse.

