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Conheça o bailarino brasileiro que estreou ‘Lago dos Cisnes’ na principal companhia de balé dos EUA

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julho 14, 2025
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Após estrear a temporada de verão do American Ballet Theatre (ABT) com o clássico que encanta gerações, o bailarino Daniel Camargo, nome de destaque na cena internacional, recebeu a também bailarina Maria Osório para um passeio pelo Central Park e uma conversa sobre arte, disciplina e sonhos — Foto: Divulgação

Nos bastidores de “Lago dos Cisnes”, uma estrela brasileira brilha no coração de Nova York. Após estrear a temporada de verão do American Ballet Theatre (ABT) com o clássico que encanta gerações, o bailarino Daniel Camargo, nome de destaque na cena internacional, recebeu a também bailarina Maria Osório para um passeio pelo Central Park e uma conversa sobre arte, disciplina e sonhos. Entre lembranças da infância no Brasil, os desafios da vida fora do país e a rotina exaustiva de ensaios no prestigiado ABT, o Primeiro Bailarino compartilhou histórias de superação, paixão pela dança e projetos futuros que incluem as produções Woolf Works, de Wayne McGregor, e Giselle.

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Durante a entrevista, publicada originalmente em vídeo, Daniel relembra como tudo começou: inspirado pelas irmãs, foi parar na aula de balé aos 9 anos, sem saber que aquela decisão mudaria sua vida. Poucos anos depois, com apenas 13, embarcou para a Alemanha após ser premiado no Youth America Grand Prix.

Após estrear a temporada de verão do American Ballet Theatre (ABT) com o clássico que encanta gerações, o bailarino Daniel Camargo, nome de destaque na cena internacional, recebeu a também bailarina Maria Osório para um passeio pelo Central Park e uma conversa sobre arte, disciplina e sonhos — Foto: Divulgação

A mudança precoce de país, sem conhecer o idioma ou a cultura, exigiu dele uma maturidade rara, que hoje se reflete em sua performance nos maiores palcos do mundo. Confira abaixo a entrevista na íntegra:

Maria Osório: “Daniel, eu gostaria que você me contasse um pouquinho sobre como a dança começou na sua vida. Como você foi parar no mundo do ballet?”

Daniel Camargo: “Foi através das minhas irmãs. As duas começaram a dançar, e logo os professores viram que elas tinham muito talento. Então, quando eu fui assistir a alguns dos espetáculos, eles viram que elas tinham um irmão e me convidaram para fazer uma aula sem compromisso, para tentar e ver o que acontecia. Foi nessa que eu entrei e fiquei!”

Maria Osório: “E quantos anos você tinha?”

Daniel Camargo: “Eu tinha nove para dez anos”.

Maria Osório: “E com treze anos você foi para fora, correto? Você participou do YAGP (Youth America Grand Prix) e, logo depois, ganhou a bolsa foi para a Alemanha”.

Daniel Camargo: “Exato!”

Maria Osório: “Como é que foi sair de casa tão jovem e morar sozinho?”

Daniel Camargo: “No começo, essa mudança do Brasil para a Alemanha foi bem difícil. São países opostos em tudo – clima, comida, modo como as pessoas são e idioma, já que eu não falava nada de alemão. Então o começo foi bem difícil, mas, dentro de alguns meses, eu já comecei a fazer amizades e entrar no fluxo da escola. Ainda bem que eu passei por essa fase logo no começo, porque facilitou muito depois”.

Maria Osório: “Você tem uma carreira brilhante e já passou por diversas companhias, como The Sttutgart Ballet, Dutch National Ballet e Royal Ballet de Londres. Como foi para você chegar no ABT (American Ballet Theatre)? Isso era uma coisa que você já sonhava? Você já flertava com os Estados Unidos de alguma forma?”

Daniel Camargo: “Sim, o ABT sempre foi uma companhia que eu respeitei muito. Sempre assisti aos vídeos, às pessoas que passaram por aqui e à história da companhia. Então, foi um lugar onde eu sempre vi como meta. Demorou vários anos até essa possibilidade chegar, em 2022, ano em que vim realizar alguns espetáculos com a companhia. Foi aquela sensação de estar no lugar certo, na hora certa – e vi que, se eu tivesse vindo antes, não teria existido a possibilidade de pegar toda a experiência da maneira que foi”.

Maria Osório: “Você veio mais maduro, né? Com uma boa bagagem da Europa!”

Daniel Camargo: “Exato!”

Maria Osório: “Bom, agora você está nessa temporada super especial. Vi que você fez a estreia em ‘Lagos dos Cisnes’, que foi um máximo, e que agora você irá para o ‘Woolf Works’ e depois ‘Giselle’. Eu gostaria que você me contasse um pouco sobre o desafio de passar de uma obra clássica para uma completamente contemporânea e, depois, voltar para uma clássica. Como é isso para o corpo e a mente?”

Daniel Camargo: “Tem que ter uma preparação bem específica, já que o ‘Lago dos Cisnes’ é um dos grandes clássicos, e você tem que estar imerso nas técnicas do ballet clássico que exige muita interpretação, preparo físico e conexão com a bailarina com quem você está dançando. Então ter essa primeira parte foi bom, pois foi um espetáculo gostoso e todos curtiram muito o momento. Agora temos o ‘Woolf Works’, que é totalmente contemporâneo e coreografado pelo Wayne McGregor, então a movimentação é totalmente diferente. Como não é um clássico em que você está sempre no centro, neste você precisa sair do eixo, e, para isso, precisa quebrar aquela forma clássica e entrar em um papel completamente diferente. Fazer esses dois lados tão perto um do outro é muito desafiador”.

Maria Osório: “Por experiência própria, eu sei que a vida do bailarino é uma grande confusão. Você ensaia esses ballets diferentes ao mesmo tempo, certo? Consegue contar um pouco sobre como é a rotina de ensaios e espetáculos aqui no ABT?”

Daniel Camargo: “Geralmente, três meses antes da nossa temporada de verão, que acontece agora, existe todo um preparo para você aprender cada ballet e começar a ensaiar cada um deles. Chega um período em que você está fazendo o corrido de cada apresentação, para chegar nos espetáculos e estar preparado para todos eles. Por isso, temos alguns meses bem intensos, em que você está se preparando para cinco obras diferentes, para chegar à estreia da temporada preparado para todas elas. Às vezes acontece de, em um único dia, você estar ensaiando cinco ballets diferentes – seja clássico ou contemporâneo – e papéis diferentes, em que uma hora você está interpretando um príncipe e, em outra, um soldado. Por isso é muito intenso, mas também tem aquele gostinho de estar puxando uma força que você nem sabe de onde vem”.

Maria Osório: “Você está sempre no seu limite, né? Eu acho que o ballet tem muito isso: nós estamos o tempo todo no nosso limite, seja ele físico ou mental. Como funcionam os treinos, acontecem de segunda a segunda ou vocês têm folga aos domingos?”

Daniel Camargo: “Normalmente os ensaios acontecem de terça a sábado. Quando a temporada começa, eles são de segunda a sábado e ficamos com os domingos livres”.

Maria Osório: “Você tem um repertório favorito?”

Daniel Camargo: “Eu adoro os clássicos! Porém, estou aproveitando para aprender outros idiomas, como agora com o Wayne McGregor e o Christopher Wheeldon, que, embora sejam clássicos, também exigem bastante da parte teatral dos papéis”.

Maria Osório: “Você tem algum papel favorito?”

Daniel Camargo: “É difícil escolher porque cada um é especial”.

Maria Osório: “Tem algum espetáculo que você sonha em fazer, mas que ainda não teve a oportunidade?”

Daniel Camargo: “Tenho alguns, como o ‘Manon’, que é maravilhoso”.

Maria Osório: “Você já fez o ‘Onegin’?”

Daniel Camargo: “Já fiz o ‘Lensky’, mas o ‘Onegin’ ainda não. Quem sabe um dia!”

Maria Osório: “Com certeza!”

Daniel Camargo: “Durante a minha trajetória, tive a grande sorte de interpretar boa parte do meu repertório!”

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