Copa D’Or completa 25 anos como referência em saúde no Rio e investe na criação da Casa do Pulmão

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Segundo hospital da rede — a primeira unidade foi a da Barra —, o Copa D’Or tem 240 leitos, dos quais 68 para internação adulto e pediátrica, 108 de UTI adulto, nove de UTI pediátrica e 55 de tratamento semi-intensivo. Há ainda 11 salas cirúrgicas, onde são feitos 12 mil procedimentos por ano. O número de exames realizados anualmente chega a 1,2 milhão, além de cerca de 100 mil atendimentos na emergência. E foi a partir de uma nova abordagem dos serviços oferecidos que o hospital se consolidou.

— É uma forma de entrega de serviços hospitalares que não existia na cidade até então. Você ter, por exemplo, uma das emergências com múltiplos especialistas, como cirurgião, pediatra, clínico, radiologista, ortopedista de plantão 24 horas, isso não existia. Essa é uma marca e uma mudança, quase uma quebra de paradigma que a rede D’Or traz desde o início — diz Kleber Cruz, diretor-geral do Copa D’Or.

Desde a pandemia de Covid-19, o Copa D’Or tem intensificado os investimentos no trato de doenças respiratórias. A partir de 2023, uma equipe do hospital, comandada e treinada pelo experiente cirurgião Tiago Machuca, tem posicionado o Rio como centro de referência em transplante de pulmão no país. Já são 18 procedimentos desta natureza realizados desde então. Uma das ações previstas para marcar os 25 anos do hospital é a expansão da UTI de Ultra Complexidade Pulmonar, que será rebatizada como Casa do Pulmão e deve entrar em funcionamento no segundo semestre.

Considerado um dos melhores cirurgiões de tórax do mundo, Tiago Machuca passou 15 anos atuando em hospitais de referência nos Estados Unidos e Canadá, como as universidades de Toronto e Flórida, além do Miami Transplant Institute, onde foi diretor. Desde que assumiu a UTI pulmonar do Copa D’Or, em 2023, já foram realizadas mais de 250 cirurgias torácicas.

— A Casa do Pulmão é um espaço onde pacientes com doenças pulmonares complexas — como hipertensão pulmonar, câncer de pulmão, enfisema avançado ou fibrose — podem encontrar todas as terapias disponíveis na medicina avançada: transplante pulmonar, pulmão artificial, cirurgia robótica, entre outras. O diferencial é que todos os especialistas necessários estarão disponíveis no mesmo local e ao mesmo tempo, evitando a jornada fragmentada de consultas e encaminhamentos, que é desgastante para pacientes com doenças respiratórias graves — explica Tiago Machuca.

O hospital também se destaca pelo uso da tecnologia ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea), que funciona como pulmão ou coração artificial para pacientes com doenças graves. O Copa D’Or é um dos três hospitais no Brasil — e o único no Rio de Janeiro — a receber o selo Silver Level ELSO Award Recipient, concedido pela Organização de Suporte de Vida Extracorpóreo (ELSO) em reconhecimento à excelência na aplicação da técnica.

— Temos um exemplo recente de um paciente de de 8 anos, com uma pneumonia gravíssima que estava internado em um outro hospital nosso e veio transferido por sermos o centro de ECMO. Ele permaneceu em ECMO por cerca de 90 dias, com um cuidado muito específico e a necessidade de muitos profissionais envolvidos. E a gente ficou muito feliz que no final da semana passada ele recebeu alta para um quarto, saiu da UTI, está em reabilitação para poder voltar a fazer aquilo que ele mais ama, que é equitação. É um paciente autista, então ele faz a equoterapia e em breve ele vai poder voltar a praticar — comemora Kleber Cruz.