Homem sofreu enfarte quando subia a escadaria. Homenagem tem duração de três dias A iluminação noturna do Cristo Redentor não está sendo acesa desde domingo. A decisão foi tomada pela Arquidiocese do Rio em sinal de luto pela morte do turista gaúcho, Jorge Alex Duarte, de 54 anos, na manhã do último domingo. Jorge passou mal quando subia a escadaria de acesso ao monumento. O posto médico não estava funcionando. Em razão do incidente, o Procon interditou o monumento ao público na manhã de segunda-feira por cerca de 24 horas. A área só foi liberada para visitações na manhã desta terça-feira (18 de março).
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Segundo a assessoria do santuário, o luto tem a duração de três dias. Ou seja, o monumento já deve ser religado na noite desta quarta-feira (19). O incidente gerou uma troca de acusações entre o ICM-Bio que faz a gestão do Parque Nacional da Tijuca, e o Trem do Corcovado, sobre de quem seria a responsabilidade por manter o posto em operação.
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Em entrevista ao programa “Encontro”, da TV Globo, na manhã desta terça-feira, a nora do turista, Melissa Schiwe, falou da demora no atendimento e que foi ela, enfermeira, quem fez os primeiros-socorros.
— Subimos até o Cristo de van, olhamos para o elevador, vimos uma fila bem grande para 7h20, e o segurança falou: “tem as escadas. É bem rapidinho, uns 5 minutos vocês estão lá em cima e tem escada rolante”. A gente foi subindo, antes de chegar ali no Cristo, em frente à capela, eu até falei: “Jorge, olha que linda a vista. Vamos ali ver comigo”. Eu me virei neste momento. E eu só ouvi o Alex gritando: “pai, pai, pai” — contou Melissa sobre o início do passeio.
Jorge Alex Duarte morreu no domingo, no Cristo Redentor
Reprodução
Segundo a Arquidiocese do Rio, Jorge Alex subiu pela escada comum e passou mal às 7h39. O serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e chegou ao local às 8h13, com duas motolâncias e uma ambulância avançada. Após tentativas de reanimação sem sucesso, foi constatado o óbito. Os primeiros-socorros foram feitos por Melissa. A enfermeira contou que o tempo de espera pelo atendimento foi ainda mais longo.
— O resumo é que a gente passou por uma situação de 35 minutos até o SAMU chegar, sendo a situação, basicamente, comandada por mim. Quando o SAMU chegou, eles assumiram a cena, fizeram as condutas que necessitavam ser feitas. Mas, infelizmente, tinha se passado 40 minutos de tudo, desde o primeiro atendimento por mim, até o SAMU chegar, e, infelizmente, não foi o suficiente — disse Melissa no “Encontro”.