No documento, um telegrama enviado por representantes da CIA no Brasil para o governo dos Estados Unidos, é dito que Mao Tse Tung, presidente da China, e Fidel Castro, de Cuba, ofereceram suporte e inclusive “voluntários” a Leonel Brizola para que a sucessão presidencial fosse garantida no país. O governador liderava a organização voltada para assegurar que João Goulart assumisse a presidência após a renúncia de Jânio Quadros.
De acordo com o relatório, Brizola negou a ajuda por temer uma crise diplomática com os Estados Unidos. Obviamente ele ficou com medo de que, caso as propostas fossem aceitas, os EUA pudessem intervir”, diz o documento. O Brasil era visto como um ator muito importante e poderoso para os americanos no contexto da Guerra Fria, capaz de influenciar os outros países latinos em uma eventual revolução comunista.
Os arquivos foram liberados em cumprimento a uma ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump em janeiro deste ano, que determinou a publicação, sem edições, de todos os documentos restantes sobre os assassinatos de Kennedy e de seu irmão, o ex-procurador-geral Robert F. Kennedy, além do líder dos direitos civis Martin Luther King Jr. Os documentos incluem relatórios de órgãos como a Agência Central de Inteligência (CIA, em inglês) e, ao todo, cerca de 80 mil páginas foram liberadas.
À NBC News, uma fonte familiarizada com o assunto disse que advogados do Departamento de Justiça trabalharam durante a noite para revisar centenas de páginas de documentos confidenciais antes da divulgação.
