O ano era 2014, e, entre os muitos investimentos feitos no Brasil (que receberia naquele ano a Copa do Mundo de futebol e seria sede, dois anos depois, dos Jogos Olímpicos), dois deles foram responsáveis por um fato curioso. As duas então futuras instalações faziam parte do portfólio de investimentos do atual presidente americano, Donald Trump, que, na ocasião, teve de emitir um Cadastro de Pessoa Física (o popular CPF) em seu nome por conta destes investimentos.
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Segundo o portal Jota, um complexo de cinco edifícios com a marca de Trump, a “Trump Towers Rio”, seria lançado no país com intuito de aproveitar a movimentação gerada com a Olimpíada de 2016. O outro empreendimento era o Trump Rio de Janeiro Hotel, que, além de construído, também seria administrado pela Trump Organization.
A Trump Towers Rio, porém, foi vendida pelo empresário para uma outra rede antes mesmo de ser concluída, enquanto que o segundo nem sequer saiu do papel, tendo sido abandonado de vez em dezembro de 2016, quando o americano já havia sido eleito pela primeira vez para o cargo de presidente dos EUA.
O Trump Rio de Janeiro Hotel tinha como um de seus sócios na ocasião Paulo Figueiredo, que também era diretor-executivo do empreendimento, cujo projeto, ainda segundo o Jota, chegou a ser alvo de investigações da Polícia Federal pelo seu financiamento via fundos de pensão.
Segundo o jornal Infomoney, o CPF também pode ser emitido para estrangeiros, sendo até mesmo obrigatório em algumas situações, como no caso de abertura de conta em banco, investimento no mercado financeiro, compra e venda imóveis, recebimento de herança ou participação em processos judiciais no Brasil.
O processo pode ser iniciado em consulados brasileiros no exterior, sendo necessária a apresentação de documentos como passaporte e formulário de inscrição.

