O dono do crematório e um funcionário enfrentam acusações relacionadas a crimes contra o respeito aos mortos, como sepultamento ou exumação ilegal e manejo indevido de restos humanos Dois homens foram formalmente acusados nesta sexta-feira (4) após a descoberta de 383 corpos empilhados em um crematório particular na cidade de Ciudad Juárez, no norte do México. As informações foram divulgadas pela Promotoria do estado de Chihuahua.
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O dono do crematório e um funcionário enfrentam acusações relacionadas a crimes contra o respeito aos mortos, como sepultamento ou exumação ilegal e manejo indevido de restos humanos.
As autoridades encontraram centenas de corpos amontoados no interior do imóvel no fim de junho. Estima-se que alguns permaneciam no local havia até dois anos. Inicialmente, a contagem oficial indicava 381 cadáveres, mas outros dois foram identificados posteriormente.
Uma foto divulgada em 30 de junho de 2025 pelo Procurador-Geral do Estado de Chihuahua
Procurador-Geral do Estado de Chihuahua / AFP
Segundo o promotor estadual César Jáuregui, já foi possível identificar 27 corpos, cujos familiares estão sendo localizados. Outros 148 cadáveres passaram por exames até o momento.
Jáuregui afirmou que os atuais responsáveis pelo crematório provavelmente foram sobrecarregados pelo volume de corpos recebidos, mas continuaram aceitando os restos mortais mesmo sem capacidade para processá-los.
As autoridades não esclareceram se os corpos são de vítimas de violência criminal.
O caso lança luz sobre uma crise que se arrasta há anos no sistema forense mexicano, pressionado pelo alto número de mortos em decorrência da atuação do crime organizado, além da falta de pessoal, estrutura e recursos financeiros para lidar com a demanda.

Dono de crematório e funcionário são indiciados após descoberta de 383 corpos empilhados no México