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Entenda a proposta dos EUA para um cessar-fogo em Gaza e para o futuro do território

BRCOM by BRCOM
setembro 29, 2025
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Restos mortais de líder do Hamas são achados em túnel em Gaza, afirma Exército de Israel

Logo após a reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o premier de Israel, Benjamin Netanyahu, em Washington, a Casa Branca divulgou os principais pontos de um plano apresentado pelos americanos para resolver o conflito na Faixa de Gaza, que completa três anos na semana que vem. Segundo o governo dos EUA, caso Israel e o Hamas aceitem, a guerra “terminará imediatamente”, mas algumas ideias já foram rejeitadas anteriormente, e devem encontrar novas resistências.

  • Pressão sobre Israel: ‘Estamos à beira de um acordo de paz em Gaza’, afirma secretária das Relações Exteriores do Reino Unido
  • Ofensiva israelense: Hamas diz ter perdido contato com dois reféns em meio a bombardeios em Gaza

Entenda, em tópicos, o que propõem os EUA para o presente e o futuro de Gaza.

Conteúdo:

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  • Primeiro passo: o fim dos combates
  • Retorno da ajuda humanitária
  • Hamas fora do governo; velhos conhecidos de volta
  • Território desmilitarizado
      • Entenda a proposta dos EUA para um cessar-fogo em Gaza e para o futuro do território

Primeiro passo: o fim dos combates

De acordo com a proposta, caso Israel e Hamas concordem com os termos, as forças israelenses se comprometerão a interromper todas as operações militares, por terra, ar e mar, e congelar suas frentes de batalha até que sejam estabelecidas as condições para uma retirada de Gaza. Ao mesmo tempo, o Hamas retornará todos os reféns — vivos e mortos — para Israel: estima-se que haja 48 pessoas capturadas durante os ataques de 7 de outubro de 2023 no território palestino, mas apenas 22 com vida, de acordo com levantamento do jornal israelense Haaretz. Pelo lado de Israel, 250 palestinos condenados à morte e 1,7 mil cidadãos de Gaza presos desde outubro de 2023 serão libertados. Membros do Hamas que se comprometerem com a “coexistência pacífica” com Israel serão anistiados, e poderão sair de Gaza para outros países se assim desejarem.

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Retorno da ajuda humanitária

Com o fim dos combates, a ajuda humanitária será retomada para Gaza, onde a ONU confirmou, no mês passado, que há um quadro de “inanição generalizada”. Foi estabelecido que a ajuda deverá ser igual, no mínimo, à prevista em um fracassado acordo de cessar-fogo firmado em janeiro, e a distribuição estará a cargo das Nações Unidas e suas agências, assim como do Crescente Vermelho — há um ponto de possível atrito neste trecho uma vez que ele afasta organizações que “estejam associadas de qualquer forma” com os envolvidos no conflito. Além de alimentos e insumos básicos, o plano prevê ações para reconstrução de infraestruturas básicas, incluindo hospitais, assim como a entrada em Gaza de equipamentos para remover escombros e abrir estradas e passagens hoje bloqueadas.

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Hamas fora do governo; velhos conhecidos de volta

Nas longas e fracassadas rodadas de negociações, o futuro do enclave era um dos principais pontos de discórdia entre Hamas e Israel, e o plano americano, embora traga termos mais específicos e detalhados, não afasta todas as divergências.

Pela proposta, Gaza será comandada temporariamente por uma comissão palestina “tecnocrata e apolítica”, e que estará a cargo da administração básica do enclave — o Hamas não estará presente nesse novo governo. O novo órgão será composto por “palestinos qualificados e especialistas internacionais”, sob supervisão de um “Conselho da Paz”, liderado por Trump e que terá entre seus membros o ex-premier britânico Tony Blair — ele liderou o chamado Quarteto para o Oriente Médio, destinado a criar caminhos para a paz entre israelenses e palestinos, de 2007 a 2015, e seu trabalho sofreu duras críticas, especialmente do lado árabe.

O novo órgão, aponta o plano, cuidará do financiamento para a reconstrução de Gaza até que a Autoridade Nacional Palestina conclua seu plano de reformas internas — que devem incluir novas eleições — e esteja “apta” a assumir o controle do enclave. Para impulsionar a economia local, serão estabelecidas zonas econômicas especiais, e o plano de desenvolvimento para o território, hoje virtualmente destruído após dois anos de guerra, contará com empreendedores que já atuam em outras cidades do Oriente Médio. Durante a guerra, o presidente americano e aliados próximos disseram que Gaza poderia se tornar uma “Riviera”, com construções voltadas à alta renda.

Em uma aparente mudança de discurso, o plano afirma que “ninguém será forçado a deixar Gaza”, e aqueles que quiserem sair “serão livres para ir e também para voltar”, embora a proposta “encoraje as pessoas para que fiquem” e participem da construção de uma “Gaza melhor”. Em fevereiro, Trump sugeriu que a população local deixasse o enclave, uma proposta que encontrou apoio dentro do governo de Netanyahu, mas que especialistas consideraram ser um crime de guerra.

Território desmilitarizado

Além do Hamas e facções aliadas excluídos do futuro governo, as infraestruturas usadas pelo grupo, incluindo túneis e unidades de produção de armas, serão destruídas, e monitores internacionais acompanharão o processo de desmilitarização do enclave, uma iniciativa que será financiada por meio de um fundo internacional. Parceiros regionais servirão como garantidores de que o Hamas não será mais “um risco” à região.

Restos mortais de líder do Hamas são achados em túnel em Gaza, afirma Exército de Israel

Em outra frente, os EUA e países árabes criarão uma Força Internacional de Estabilização, que ajudará na manutenção da paz interna, no monitoramento de fronteiras e no treinamento das novas forças de segurança palestinas. Essa força, aponta o texto, ficará em Gaza “a longo prazo”, e poderá atuar como um mediador em caso de divergências. Israel, por sua vez, se compromete a não ocupar ou anexar Gaza, e a retirar suas tropas de maneira gradual, com prazos que serão definidos posteriormente. Existe um trecho no plano que causou discórdias nas rodadas anteriores de negociação: segundo ele, Israel poderá manter presença militar em um “perímetro de segurança”, até que o país determine que Gaza está “propriamente segura de qualquer ameaça terrorista ressurgente”.

Por fim, o plano deixa uma porta aberta para a futura concretização de um Estado palestino, mas sem sinais de que os EUA estão dispostos a reconhecê-lo: o texto afirma que caso o plano de desenvolvimento de Gaza avance e as reformas na ANP sejam realizadas “de forma confiável”, as condições para um “caminho confiável para a autodeterminação palestina e a criação de um Estado” estariam presentes. Os EUA defendem a criação de mecanismos para o diálogo entre israelenses e palestinos, voltado a uma “coexistência pacífica”, para que ambos percebam os benefícios de viver em paz. Lideranças políticas em Israel rejeitam publicamente a criação de um Estado palestino, especialmente a extrema direita, que integra o Gabinete de Netanyahu e defende a anexação completa de Gaza e também da Cisjordânia. Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, na semana passada, Trump afirmou que o reconhecimento do Estado palestino, feito por vários países, era um “prêmio” ao Hamas.

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