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entenda por que o conceito pode salvar vidas e prevenir afogamentos

BRCOM by BRCOM
setembro 1, 2025
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Evento da Sobrasa em Copacabana reuniu alunos interessados em aprender a compêtencia aquática — Foto: Thiago Nascimento e Luiz Henrique de Souza/Sobrasa

A cada 90 minutos, um brasileiro morre afogado. Isso equivale a pelo menos 16 vítimas por dia e 5.883 por ano. É o que diz o 12° boletim epidemiológico da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), publicado em 2025.

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Em uma perspectiva histórica, dados do Ministério da Saúde mostram que, entre 2010 e 2023, o Brasil registrou 71.663 mortes por afogamento, sendo a maioria crianças e adolescentes. No mesmo período, houve mais de 11 mil internações.

Diante desse cenário preocupante, mais do aprender a nadar um estilo como crawl ou borboleta, vem surgindo no Brasil e no mundo a ideia de desenvolver a competência aquática. Esse conforto dentro d’água busca o domínio dos princípios de equilíbrio, propulsão, respiração e compreensão desse ambiente sem ansiedade. Seria o primeiro passo para só depois aprender efetivamente uma técnica de natação.

“Entende-se atualmente que o conforto aquático se refere a uma experiência positiva e, portanto, não ansiogênica, de um indivíduo capaz de agir adequadamente em uma variedade de situações encontradas em um ambiente aquático, seja acidentalmente (queda) ou voluntariamente, sem auxílio de flutuação. Ou seja, sentir-se confortável na água”, explica o pesquisador e professor de Atividades Físicas e Esportivas da Universidade de Caen, na França, Emmanuel Auvray, em artigo no The Conversation.

O aprendizado para iniciantes começa muito antes de nadar de fato. Exercícios de respiração, saltos, relaxamento dos músculos da face, flutuação e propulsão são alguns dos pontos a serem trabalhados.

Por exemplo: primeiro a pessoa aprende a “entrar na água sozinha, mover-se em imersão completa e sair sozinha”, depois entende como se virar ao “pular ou cair na água, emergir, flutuar de diferentes maneiras, retornar à borda e sair” para, então, saber “entrar na água de cabeça, retornar à superfície, percorrer 10 metros com a cabeça submersa, flutuar de costas”.

Eduardo Coutinho, profissional de educação física e professor da escola VemNadar, no Rio, destaca que, em sua turma de iniciação no mar, a competência aquática é fundamental. Ele afirma que a autonomia serve como uma prevenção contra afogamentos.

— Essa técnica promove vivência no meio líquido, interagindo com fatores físicos e psicológicos, para que a pessoa consiga se comportar dentro da água. É uma iniciação que leva o indivíduo a sentir-se seguro no ambiente aquático, conseguir ter autonomia no mar ou em qualquer outro local e aí evoluir. Esse é um dos pilares para ensinar as pessoas a nadar — explica.

Tentar desenvolver a tranquilidade dentro d’água também evita que as pessoas se assustem e fiquem afobadas, elevando perigo.

— É importante perceber que o corpo flutua, praticar respiração, que ajuda na calma e na redução dos batimentos cardíacos, ter consciência corporal, aumentando a segurança.

Para David Szpilman, secretário-geral da Sobrasa, o conceito de competência aquática também envolve a capacidade de a pessoa reconhecer os perigos do local, identificar correntes de retorno e respeitar sinalizações. O Brasil possui o maior número de guarda-vidas do mundo, mas esses profissionais nunca serão capazes de cobrir mais do que 30% das áreas.

Evento da Sobrasa em Copacabana reuniu alunos interessados em aprender a compêtencia aquática — Foto: Thiago Nascimento e Luiz Henrique de Souza/Sobrasa

Ao contrário do que se imagina, a maioria das mortes (76%) acontece em rios, lagos e represas — áreas fora do litoral, sem supervisão de salva-vidas e com pouca circulação de pessoas.

Além disso, é fundamental que as pessoas entendam as próprias limitações.

— Fatores como cãibras, exaustão, consumo de álcool ou até uma batida na cabeça podem reduzir essa competência no momento, aumentando o perigo. É preciso combinar habilidades aquáticas, respeito aos limites pessoais e análise de riscos — pontua Szpilman.

*Estagiária sob supervisão de Constança Tatsch.

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