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EUA fornecerão inteligência para ataques ucranianos contra a infraestrutura energética da Rússia, afirma jornal

BRCOM by BRCOM
outubro 2, 2025
in News
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Presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e dos EUA, Donald Trump, às margens da Assembleia Geral da ONU — Foto: Brendan SMIALOWSKI / AFP

O governo dos Estados Unidos começará a fornecer informações de inteligência para ataques ucranianos contra a infraestrutura de energia da Rússia, incluindo refinarias, oleodutos e linhas de transmissão, em uma das mais contundentes mudanças de postura da Casa Branca sobre a guerra desde o retorno de Donald Trump à Presidência. Ainda segundo o Wall Street Journal, que fez a revelação, os americanos ainda não se decidiram sobre o envio de armas mais potentes a Kiev, como os mísseis de cruzeiro Tomahawk, mas uma resposta pode ser anunciada em breve.

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A Ucrânia já conta com o suporte de inteligência americana para a guerra terrestre travada contra os russos desde fevereiro de 2022, e também para algumas ações dentro da Rússia, incluindo em bases militares e refinarias. Mas de acordo com o Wall Street Journal, Washington compartilhará detalhes que permitirão ataques mais precisos, capazes de inutilizar uma instalação a centenas de quilômetros da linha de frente.

O Pentágono não se pronunciou, mas o jornal, citando um membro do Departamento da Guerra, diz que o comando militar aguarda instruções detalhadas sobre como e qual tipo de informação deve ser compartilhada com Kiev.

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Além de inteligência, os EUA podem confirmar, em breve, o envio de mísseis de cruzeiro Tomahawk à Ucrânia, armas com autonomia e poder de fogo suficiente para atingir alvos a 2,5 mil km de distância, permitindo atingir praticamente toda a Rússia europeia. No fim de semana, o vice-presidente americano, JD Vance, disse que a Casa Branca estava considerando um pedido feito por Kiev sobre o armamento.

Desde o início da guerra, os americanos eram reticentes sobre o uso de seus armamentos para ações ucranianas dentro do território russo, temendo que isso fosse encarado por Moscou como um envolvimento direto dos EUA (e da Otan) no conflito, e também evitaram enviar equipamentos de maior precisão e poder de destruição. Mas diante da demora em um acordo de cessar-fogo, e da elevação da intensidade dos ataques contra a Ucrânia, Trump dá recorrentes sinais de que perdeu a paciência com Vladimir Putin.

Em julho, ele perguntou ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se era capaz de atacar Moscou, e ouviu que era possível, desde que o Ocidente fornecesse as armas necessárias — a “lista de desejos”, como revelou na época do jornal Financial Times, trazia os mísseis de cruzeiro Tomahawk. Um mês depois, Trump se encontrou com Putin no Alasca, e enquanto o convidado usou o evento para se promover, o anfitrião voltou sem o esperado acordo de paz para Washington.

Presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e dos EUA, Donald Trump, às margens da Assembleia Geral da ONU — Foto: Brendan SMIALOWSKI / AFP

Mas na semana retrasada, durante um encontro com Zelensky em meio à Assembleia Geral da ONU, o líder americano disse que os ucranianos poderiam vencer a guerra, “recuperar as fronteiras originais” do país, que hoje tem 20% de seu território sob controle russo, e “ir além”. Trump ainda questionou se a Rússia era mesmo uma potência militar.

“A Rússia luta sem rumo há três anos e meio, uma guerra que deveria ter levado menos de uma semana para ser vencida por uma potência militar de verdade. Isso não distingue a Rússia. Na verdade, está fazendo com que ela pareça um tigre de papel.” afirmou o presidente americano em sua rede social, o Truth Social, em declarações que causaram alvoroço nos corredores do Kremlin.

Nesta quinta-feira, o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, disse a jornalistas que “uma possível decisão dos EUA de fornecer os Tomahawk a Kiev exigirá uma resposta adequada da Rússia”.

A intensificação dos ataques contra refinarias russas, com armas mais poderosas e precisas, frequenta os piores pesadelos de muitos em Moscou, no momento em que a Rússia enfrenta problemas sérios de abastecimento de combustíveis por causa da guerra.

As ações contra instalações petroquímicas dispararam em 2025, com 21 das 38 maiores refinarias do país atingidas desde o começo do ano, de acordo com dados da rede BBC. Uma unidade na região do Bascortostão, a mais de mil quilômetros da fronteira com a Ucrânia, foi atingida duas vezes, enquanto uma usina em Ryazan, próxima a Moscou e capaz de processar 340 mil barris de petróleo por dia, foi atacada cinco vezes. Estimativas mostram que o país perdeu 17% de sua capacidade de refino devido aos ataques, conduzidos em sua maioria com drones.

— As sanções mais eficazes, as que funcionam mais rapidamente, são os incêndios nas refinarias de petróleo da Rússia, seus terminais e depósitos de petróleo — disse Zelensky em discurso recente. — Restringimos significativamente a indústria petrolífera russa, e isso restringe significativamente a guerra.

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Por mais que o Kremlin tente esconder a crise, ela já está nas ruas e postos. Os preços da gasolina nas bombas dispararam, atingindo preços poucas vezes vistos no passado recente em um país que se apresenta como uma potência energética global. Em algumas áreas, como no Extremo Leste ou na região do rio Volga, há medidas de racionamento e o jornal Kommersant afirmou recentemente que metade dos postos da Crimeia, anexada em 2014, ficou sem gasolina — para contornar a crise, a administração local tabelou os preços e estipulou um máximo de 30 litros de combustível por cliente.

— Na minha opinião, não tínhamos uma crise como esta desde 1993, 1994 — disse o gerente de um posto de Novosibirsk (Sibéria) a uma TV local. — Muitos postos de gasolina suspenderam suas operações. Talvez seja melhor esperar a crise passar do que ter prejuízo.

Na semana passada, o vice-premier Alexander Novak anunciou que a proibição às exportações de gasolina será mantida até o fim do ano, mas economistas acreditam que a crise, mesmo que temporária, terá impacto sobre a inflação — hoje em torno de 8% ao ano, quatro pontos percentuais acima da meta — e sobre o crescimento. A previsão do Banco Central russo é de expansão de 1% do PIB em 2025, mas dados preliminares revelam que o país pode estar em recessão.

“A economia russa demonstrou considerável resiliência após a invasão em larga escala. Mas há muitos indícios de que algumas das escolhas difíceis feitas durante a guerra – armas versus manteiga – estão causando desequilíbrios que agora criam maiores desafios políticos e pressões sobre a economia”, escreveu Timothy Ash, pesquisador no centro de estudos Chatham House, em artigo publicado no começo do mês. “As vulnerabilidades podem estar aumentando. Isso sugere que uma maior pressão de sanções por parte do Ocidente pode ser suficiente para levar a economia mais perto do abismo.”

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