Viagens, roupas de grife, festas e um carro de luxo avaliado em R$ 3 milhões. Esse era o estilo de vida ostentado por Ronny Pessanha de Oliveira, ex-policial militar do Bope, que fazia questão de exibir sua rotina nas redes sociais. O que não aparecia nos vídeos e fotos era a suspeita que recai sobre ele: a de financiar esse padrão de vida com dinheiro do crime organizado. Ronny foi preso nesta segunda-feira, durante a Operação Contenção, da Polícia Civil, que investiga a expansão do Comando Vermelho na Zona Oeste do Rio. Segundo as autoridades, ele era responsável pelo treinamento de traficantes e mantinha ligação direta com lideranças da facção no Complexo da Penha, na Zona Norte. Além disso, usava uma empresa de segurança como fachada para lavar dinheiro.
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Entre os bens apreendidos pela polícia, o que mais chamou atenção foi um McLaren GTS, modelo 2020, avaliado em cerca de R$ 3 milhões. Em um vídeo obtido pelo RJ2, Ronny aparece dirigindo o veículo esportivo, que pode chegar a até 300 km/h.
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O ex-PM também organizou um evento extravagante para o chá de revelação do filho, com direito a uma queima de fogos registrada em vídeo. Imagens mostram Ronny celebrando o momento, em mais um episódio de ostentação. Nas redes sociais, ele exibia ainda hospedagens em hotéis de luxo, roupas de marcas famosas e viagens constantes, sempre acompanhado de amigos e parentes.
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Apesar de não ter uma fonte de renda oficial compatível com esse estilo de vida, Ronny movimentou pelo menos R$ 3 milhões em menos de um ano, segundo a polícia. Somente em um período de dois meses, mais de R$ 500 mil passaram por suas contas, o que reforça as suspeitas de lavagem de dinheiro. A investigação aponta que a empresa de segurança da qual ele era sócio servia para encobrir transações financeiras irregulares.
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Expulsão da PM e ligação com a milícia
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Ronny foi expulso da Polícia Militar em setembro de 2023. Antes disso, atuou no 9º BPM (Rocha Miranda), no 41º BPM (Irajá) e no Bope. Mesmo durante sua carreira na corporação, já era investigado por envolvimento com a milícia que controla áreas de Rio das Pedras, Muzema e Itanhangá. De acordo com o Ministério Público, ele cobrava taxas ilegais e explorava imóveis na região.
Agora, a Polícia Civil busca aprofundar a investigação para mapear a rede de contatos e os recursos financeiros movimentados pelo ex-PM.
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