BRcom - Agregador de Notícias
No Result
View All Result
No Result
View All Result
BRcom - Agregador de Notícias
No Result
View All Result

Exército de Israel organiza passeios turísticos nas Colinas de Golã, território sírio recém-ocupado pelos militares

BRCOM by BRCOM
abril 11, 2025
in News
0
Colinas de Golã — Foto: Editoria de Arte / O Globo

O Exército de Israel está promovendo excursões turísticas para civis nas Colinas de Golã, território sírio recém-ocupado por militares israelenses, durante o feriado da Páscoa, segundo informações da imprensa local. Os passeios, realizados duas vezes por dia, vão durar uma semana a partir do próximo domingo, e tiveram os ingressos esgotados.

  • Após queda de Assad: Saiba o que são as Colinas de Golã, território sírio onde Israel amplia presença militar
  • ‘Nova frente’: Após queda de Assad na Síria, Israel aprova plano para duplicar população nas Colinas do Golã

As visitas guiadas vão acontecer na zona-tampão de Golã, área que passou a ser controlada pelas Forças de Defesa de Israel (FDI, na sigla em inglês) após a queda do regime do ditador sírio Bashar al-Assad, em dezembro. O Exército israelense ocupa a região desde 1967, mas agora expande sua presença em centenas de quilômetros quadrados adicionais do território sírio.

Os passeios, que contam com escolta militar e transporte em ônibus blindados, levam pequenos grupos de civis até 2,5 km dentro da zona que, até recentemente, era proibida. O itinerário inclui locais como o lado sírio do Monte Hermon, com vista direta para Damasco, e as Fazendas de Shebaa, no Líbano. A faixa de terra libanesa ocupada por Israel tem sido um foco de violência entre as FDI e o grupo militante libanês Hezbollah há décadas.

Colinas de Golã — Foto: Editoria de Arte / O Globo

Os turistas, segundo o jornal britânico Guardian, também percorrem o vale do rio Ruqqad, na fronteira com a Jordânia, onde é possível nadar, além de visitar trechos da abandonada ferrovia otomana Hejaz, que no passado ligava Istambul a Haifa, Nablus e locais sagrados na atual Arábia Saudita.

A iniciativa é parte do projeto “Retornando a um Norte Mais Seguro”, lançado após o fim da guerra entre Israel e Hezbollah no ano passado. O conflito foi uma das muitas consequências do ataque do Hamas a Israel, em outubro de 2023, que levou a guerra na Faixa de Gaza.

Justificando a ação, os militares israelenses declararam: “É importante para nós restaurar o patrimônio e o turismo na região e contar a história das batalhas travadas durante a guerra”.

Questionada pelo jornal israelense Haaretz, as FDI afirmaram que a excursão seria “dentro de Israel”, embora as atividades ocorram na zona desmilitarizada das Colinas de Golã, reconhecida internacionalmente como território sírio.

Apesar do caráter turístico, ainda de acordo com o Guardian, os visitantes vão participam das excursões por sua conta e risco. As viagens podem ser canceladas a qualquer momento, caso haja alterações na segurança local.

  • Diz ministro: Turquia mantém conversas com Israel para evitar confrontos na Síria

As excursões são organizadas em parceria pela 210ª Divisão das FDI, o conselho regional de Golã, o centro educacional Keshet Yehonatan, a escola ambientalista de campo do Golã e a autoridade israelense de parques e natureza, informou o jornal Yedioth Ahronoth.

Devido à alta procura, os organizadores afirmaram esperar que as excursões possam ser retomadas após a Páscoa, caso a situação de segurança permita.

Conteúdo:

Toggle
  • A investida de Israel nas Colinas de Golã
      • Exército de Israel organiza passeios turísticos nas Colinas de Golã, território sírio recém-ocupado pelos militares

A investida de Israel nas Colinas de Golã

Desde a queda de Assad, Israel intensificou sua ofensiva aérea na Síria, mirando arsenais remanescentes do antigo regime. Tropas terrestres também avançaram além dos limites estabelecidos pelo acordo de cessar-fogo de 1974.

Ainda em dezembro, Israel admitiu que estava conduzindo operações militares para além da zona tampão nas Colinas de Golã, criando uma “zona de defesa estéril” no Sul da Síria após a queda do regime de Bashar al-Assad, sob a justificativa de proteger cidadãos israelenses e “tentar garantir a segurança” e a estabilidade da área. Com uma área de 1.200 quilômetros quadrados, o território anexado por Israel é um terreno fértil e estratégico, com vista para a região israelense da Galileia, bem como para o Líbano, além de fazer fronteira com a Jordânia.

Agora, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que as forças da nova administração síria devem manter distância da fronteira. Netanyahu também declarou que as FDI permanecerão na região até que um novo acordo possa ser negociado.

As Colinas de Golã são um planalto rochoso a cerca de 60 km a sudoeste da capital da Síria, Damasco. Israel capturou a região da Síria nas últimas etapas da Guerra dos Seis Dias em 1967 e a anexou unilateralmente em 1981, movimento não reconhecido internacionalmente — com exceção dos Estados Unidos, seu maior aliado.

Há em torno de 55 mil pessoas vivendo no Golã atualmente, sendo que 24 mil são da minoria árabe drusa, que pratica uma ramificação do Islamismo. Aos drusos foi oferecida a opção de cidadania israelense, mas a maioria a rejeitou e ainda se identifica como síria. Além deles, há em torno de 31 mil colonos israelenses na região, que trabalham com agricultura e turismo.

Exército de Israel organiza passeios turísticos nas Colinas de Golã, território sírio recém-ocupado pelos militares

Previous Post

Moraes dá cinco dias para Bolsonaro e réus apresentarem defesa prévia

Next Post

Show de Lady Gaga movimentará R$ 600 milhões no Rio, estima prefeitura

Next Post
Show de Lady Gaga movimentará R$ 600 milhões no Rio, estima prefeitura

Show de Lady Gaga movimentará R$ 600 milhões no Rio, estima prefeitura

  • #55 (sem título)
  • New Links
  • newlinks

© 2025 JNews - Premium WordPress news & magazine theme by Jegtheme.

No Result
View All Result
  • #55 (sem título)
  • New Links
  • newlinks

© 2025 JNews - Premium WordPress news & magazine theme by Jegtheme.