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Exposição no Museu Guimet, em Paris, dá ao mangá status de arte

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novembro 19, 2025
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Mangás exibidos na exposição "Manga, tout un art!", em cartaz no Museu Guimet, em Paris, até março de 2026 — Foto: Sebastien Dupuy/AFP

Os mangás conquistaram os países ocidentais há quatro décadas. No entanto, as HQs japonesas são uma herança de séculos de folclore e tradições arraigadas, como mostra uma exposição em um museu parisiense dedicado à arte asiática.

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Os quadrinhos japoneses são de uma “criatividade impressionante”, afirma Yannick Lintz, presidente do museu Guimet de Paris, dedicado à arte asiática, que exibe até 9 de março a exposição “Mangá, toda uma arte!”.

Para ilustrá-la, o museu, situado perto da Torre Eiffel, decidiu misturar amostras de mangás famosos, como “Astro Boy”, “Naruto” e “One Piece”, e também figuras como budas, espadas ninja e máscaras do teatro Nō.

Mangás exibidos na exposição “Manga, tout un art!”, em cartaz no Museu Guimet, em Paris, até março de 2026 — Foto: Sebastien Dupuy/AFP

Com essa exposição “criativa e dinâmica”, o museu quer “atrair os jovens” e não apenas “os especialistas em Ásia”, visitantes habituais da instituição, explica Lintz.

Os jovens são os principais leitores de mangá – termo formado pelos ideogramas “man” (espontâneo) e “ga” (desenho). Os enredos dos mangás frequentemente inspiram outras produções, como animes, séries ou videogames.

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A exposição traça as origens desta técnica, no final do século XIX, quando, através dos intercâmbios entre o Ocidente e o Japão, os desenhos satíricos e humorísticos foram introduzidos no arquipélago.

Os artistas japoneses adaptaram esta tradição gráfica à cultura local com o “kamishibal” (teatro de papel) e a mitologia japonesa.

“Não é uma exposição de quadrinhos como as demais, é uma exposição que coloca os quadrinhos em paralelo com o acervo Guimet, com as obras que se encontram no Guimet”, explica à AFP Didier Pasamonik, jornalista, editor e um dos dois curadores da exposição.

A exposição destaca a icônica gravura de Katsushika Hokusai, “A Grande Onda de Kanagawa”, realizada por volta de 1830. O “traço claro e estruturado” do artista japonês “prenuncia a estética dos quadrinhos”, observa.

O museu também homenageia Osamu Tezuka, que, em meados do século XX, revolucionou o mangá com suas sagas de grande sucesso “Astro Boy” e “A Princesa e o Cavaleiro”, o primeiro mangá no estilo “shojo” – que corresponde a narrativas de comédia romântica.

Quimono exibido na exposição "Manga, tout un art!", em cartaz no Museu Guimet, em Paris, até março de 2026 — Foto: Sebastien Dupuy/AFP
Quimono exibido na exposição “Manga, tout un art!”, em cartaz no Museu Guimet, em Paris, até março de 2026 — Foto: Sebastien Dupuy/AFP

Na década de 1950, surgiu o movimento “gekiga”, com um estilo mais realista e sombrio, destinado especialmente aos adultos.

Foi nos anos 1980 que o mangá conquistou todo o mundo e participou da proliferação da cultura japonesa.

Sagas como “Dragon Ball”, “Naruto” e “Akira” tiveram “um papel fundamental no processo de japonização da cultura popular europeia” e criaram “uma comunidade transnacional de fãs que ultrapassa as fronteiras linguísticas e culturais”, explica Bounthavy Suvilay, da Universidade de Lille, no catálogo da exposição.

A elas se somaram os enormes sucessos dos videogames, como “Super Mario” e “A lenda de Zelda”, dos animes, e até mesmo das cartas Pokémon.

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