O Fluminense sabia que o desafio estava longe de ser fácil. A situação piorou quando ficou atrás do placar logo depois de ter um gol anulado, mas o time de Luis Zubeldía mostrou poder de reação no segundo tempo. Quando o jogo caminhava para o empate, veio outro gol sofrido nos minutos finais. Desta vez, Freytes falhou em dose dupla, o que custou a derrota — a primeira do treinador argentino — por 2 a 1 para o Mirassol, ontem, no Maião, em duelo atrasado pela 13ª rodada do Brasileirão. Agora, o tricolor está a oito pontos da equipe paulista e do sonhado G4, que garante uma vaga direta na Libertadores.
Logo no início do jogo, o Flu quase abriu o placar ao pegar de surpresa o Mirassol no contra-ataque. Após a defesa tricolor afastar uma cobrança de escanteio, Lucho Acosta desmontou a marcação com um passe sutil para Keno fazer grande arrancada, ganhar no “um contra um” e finalizar fraco diante do goleiro Walter. Mas os donos da casa também levaram perigo. O meia Guilherme Marques recebeu na área e chutou em cima da meta do Fábio.
Ainda que tivesse menos controle da partida, a equipe de Zubeldía tentava pressionar a saída de bola adversária. Mas o que surtiu efeito até então, passou a não funcionar tanto. Além de ocupar o campo de ataque, era o Mirassol que conseguia retomar rapidamente a posse. Mesmo pior nesse momento do jogo, o tricolor contou com a categoria de Acosta, que aproveitou chute mascado de Keno para balançar as redes com um toque de cobertura. No entanto, o gol foi anulado por falta de Canobbio em Danielzinho na origem da jogada.
Se os jogadores do Fluminense ficaram irritados com a decisão da arbitragem, o “balde de água fria” foi da pior forma possível na sequência. Alesson ganhou na corrida de Samuel Xavier e cruzou na medida para Guilherme tirar o zero do placar com um “tiro” de voleio. Na reta final do primeiro tempo, Acosta lançou na área para Thiago Silva, que ganhou no alto, mas cabeceou com perigo para fora. Titular absoluto com Zubeldía, o também argentino voltou a ter uma atuação participativa na criação de jogadas.
Por outro lado, John Kennedy, que bancou Germán Cano e permaneceu no time titular, não fez jus ao voto de confiança do treinador. Conhecido por ser um atacante móvel, o camisa 99 exagerou nos passes errados e não conseguiu fazer a diferença à frente. Cano entrou em seu lugar, aos 16 minutos do segundo tempo, e exigiu boa defesa de Walter.
Mesmo com dificuldades diante da marcação forte do Mirassol, o tricolor reagiu no confronto com uma jogada ensaiada. Renê cobrou escanteio para Acosta encontrar Freytes na segunda trave. O zagueiro argentino escorou para o meio da área, e Martinelli deixou tudo igual. Antes disso, Keno havia saído com dores no tornozelo direito para a entrada de Soteldo, que até se movimentou bem e chegou mais de uma vez à linha de fundo, porém, pecou na hora de decidir as jogadas.
Na reta final, Freytes jogou por água abaixo o esforço do empate com duas falhas graves. Com dois passes errados em sequência, o defensor contou com a ajuda de Thiago Silva no primeiro momento, mas Carlos Eduardo viu o Monstro não acreditar totalmente no lance e cruzou para Negueba empurrar para as redes. Do lado tricolor, fica a frustração não só pela derrota, mas também por mais um gol sofrido nos minutos finais.