Gonzalo Vidal inaugura restaurante no Horto com pegada de bodega

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“Comecei a fazer embutidos aos 12 anos, durante as férias na fazenda. Aos 22, já morando no Rio, produzia no meu apartamento em Copacabana e vendia na Junta Local. Quando fui para Búzios (durante 8 anos fiquei à frente da gastronomia do Casas Brancas), profissionalizei ainda mais a charcutaria. E, agora, tenho uma área só para o preparo e ainda uma vitrine para expor as peças”, conta ele, hoje com 39 anos.

A escolha do ponto foi minuciosa. E, por isso, levou 14 meses. “Queria uma casa de esquina, para ser uma bodega como eu gosto”, explica Gonzalo. Depois, mais 9 meses de obras. A cor predominante é o rosa, que está na fachada e é uma das preferidas do chef. O tom se junta ao vinho, vermelho e amarelo, além de muita madeira, peças vintage, espelhos e fotografias de família para criar a vibe da tão esperada novidade carioca.

“Nos retratos enquadrados nas paredes estão cenas dos meus avós, tios-avós e meus pais em Santa Fé. Minha história está ali. Só não tem foto minha, afinal, já estou aqui sempre”, brinca.

O Gonza, vale destacar, “é uma bodega carioca”. Prova disso são os crudos, um inclusive batizado de Pé na Areia, com ponzu de mate. De acompanhamento? Biscoito de polvilho. Ainda vem com vinagrete de milho. “Juntei tudo que gosto de comer na praia”, diz. Há ainda empanadas, steak tartare, carbonara especial e sanduíches.

Entre as sobremesas, outra expertise do chef, há um alfajor à moda Romeu e Julieta como você nunca viu: tortinha de Catupiry com sorbet de goiaba. É uma cozinha que encantou gente como o empresário Cello Camolese, tanto que virou sócio.

“Eu já conhecia o Gonzalo do Casas Brancas. Faz comida gostosa de verdade, com originalidade. Quando soube da vinda dele para o Rio, entrei em contato para fazermos algo juntos. E a escolha do Horto foi especial, ainda temos o Jardim Botânico como vizinho”, destaca Cello, que comanda ainda a Casa Camolese e o Mitsuba.

Seguindo o “feito na casa”, a carta de bebidas, assinada por Sebastian Alarcon, também de Santa Fé, tem dois tipos de vermute, rosé e rosso. “Uso bitters tropicais, a cara do Rio. Mas terá também Fernet Cola, clássico argentino. Nossos vermutes são para tomar puros, com gelo”, ensina.