Nos últimos dias, uma nova tendência voltou a ganhar força nas redes sociais: os bebês reborn, bonecos hiper-realistas feitos à mão que simulam as características de um recém-nascido. E quem recentemente entrou na moda foi a influenciadora fitness Gracyanne Barbosa, que apresentou seu novo “filho” aos seguidores na noite da última terça-feira (6).
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“Como já disse anteriormente, meu sonho é ter um filho. Podem me julgar, no começo eu achei estranho. Mas Benício me trouxe felicidade”, escreveu Gracyanne na legenda da publicação no Instagram, onde compartilhou uma imagem do boneco e revelou o nome escolhido para ele: Benício.
A postagem rapidamente se espalhou e dividiu opiniões entre os seguidores. Enquanto alguns levaram na esportiva, outros reprovaram o gesto. “Tanta criança abandonada precisando de um lar”, apontou uma usuária. “Do jeito que o psiquiatra gosta”, ironizou outro.
Apesar das críticas, os bebês reborn não são exatamente novidade. Popularizadas nos anos 1990, essas bonecas artesanais custam a partir de R$ 500, podendo ultrapassar os R$ 10 mil, dependendo dos materiais e do nível de personalização, que pode incluir enxoval completo com chupeta, mamadeira e até certidão de nascimento.
Recentemente, vídeos de colecionadoras simulando rotinas de cuidado materno com os bonecos — como trocar fraldas ou levar ao médico — viralizaram, reacendendo o debate sobre os limites dessa prática.
Segundo o psicólogo Guilherme Cavalcanti, os bebês reborn podem ser usados como ferramentas terapêuticas eficazes em casos de luto, trauma ou estresse emocional. “No caso do luto perinatal, o reborn pode servir como um objeto de conforto e apoio emocional, ajudando a processar emoções difíceis relacionadas à perda do bebê”, explica ao GLOBO. Em outras situações, ele pode ajudar na regulação das emoções e no enfrentamento da solidão.
No entanto, o especialista alerta que a prática pode se tornar problemática quando passa a funcionar como uma fuga da realidade. “Nesse caso, há risco de dependência afetiva no objeto. Por isso, é essencial uma avaliação individual e, se necessário, o acompanhamento psicológico”, afirma.