No terceiro dia de julgamento que pode levar à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), não passou despercebido nas redes sociais — e não foi apenas pelo conteúdo firme de seu voto. A gravata de seda escolhida pelo relator da trama golpista, em tom rosa claro e com uma estampa inusitada de cachorrinhos , virou assunto nas redes.
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O acessório de seda pura é assinado pela grife italiana Salvatore Ferragamo, conhecida por fabricar peças elegantes com toques de irreverência. No site da marca, o modelo é descrito como um “elemento de charme e personalidade” para o visual profissional. Segundo a Ferragamo, o padrão geométrico da peça busca transmitir “energia e descontração”.
Disponível também nas cores azul e amarela, a gravata é vendida no exterior por US$ 240, valor que custa em torno de R$ 1.300 na cotação atual do dólar. No Brasil, o item pode ser adquiro por aproximadamente R$ 1.450 no marketplace de artigos de luxo Farfetch.
O visual descontraído contrastou com o tom incisivo do voto de Moraes. O ministro declarou que houve uma tentativa orquestrada de golpe de Estado após as eleições de 2022 e apontou Bolsonaro como líder do movimento.
“O líder do grupo criminoso deixa claro, de viva voz, de forma pública, que jamais aceitaria uma derrota nas urnas, uma derrota democrática”, afirmou o relator.
Em outro momento, Moraes ironizou declarações feitas por Bolsonaro em reunião ministerial de 2022, usada como prova no processo. Ao ler um trecho em que o ex-presidente se refere a um ministro como “marxista, advogado do MST”, o relator fez uma pausa bem-humorada e esclareceu:
“Não sou eu, ministro Flávio [Dino], a referência aqui é ao ministro [Edson] Fachin”.