‘Há espaço para todos, independentemente do estilo’

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O reconhecimento fortalece a presença de Ana no mercado global. No ranking, ela aparece atrás apenas de nomes consagrados como Karol G, Shakira, Kali Uchis, Anitta, Marília Mendonça e De La Rose.

— Isso é surreal pra mim! Nunca imaginei estar entre as mais ouvidas. Acho que mostra que as mulheres tão chegando com tudo, sabe? Cada vez mais gente ouvindo, curtindo, respeitando o nosso som. Isso é incrível! Me sinto honrada. Isso aqui é só o começo — diz ao GLOBO.

Dona de sucessos que acumulam milhões de reproduções, como “Nosso Quadro”, “Pipoco”, “Roça Em Mim”, “Deja Vu” e “Fronteira”, Ana tem conquistado cada vez mais espaço com a mistura de sonoridades.

— Quero mostrar que é possível conquistar espaço fazendo o que você acredita, com dedicação e personalidade. O caminho tem seus desafios, mas cada passo conta. Espero que quem está começando veja isso e pense: ‘Se ela conseguiu, eu também posso’. No fim, é sobre acreditar no seu som e e não desistir.

O estilo autêntico, que mistura o sertanejo tradicional com elementos do agronejo, pop e regionalidades brasileiras, segue rendendo frutos e fortalecendo a conexão com o público. Ana reflete suas fases, vivências e transformações pessoais.

— Minha música está crescendo junto comigo, desde sempre na verdade. Eu mudo, aprendo, vivo coisas novas… e tudo isso vai aparecendo nas minhas músicas. Tô curtindo demais testar sons diferentes, misturar o que é raiz com o que é atual, sem perder minha essência. E isso me ajuda a me conectar ainda mais com o meu público. Tenho um escritório todo por trás, e principalmente, meus empresários que estão sempre comigo nesse processo, escrevendo letras junto comigo ou me mostrando as melhores opções de repertório — afirma.

Natural de Amambai (MS) e criada em Sete Quedas, na fronteira com o Paraguai, Ana se consolidou como um dos grandes destaques da nova geração:

— Acho que só de estar seguindo meu caminho, já tô contribuindo de alguma forma. Sempre acreditei que tem espaço pra todo mundo na música, independentemente do estilo. Vou fazendo as coisas do meu jeito, com leveza e dedicação. Se isso acabar incentivando outras pessoas a fazerem o mesmo, fico feliz demais.

Ana Castela vê sua crescente popularidade como um reflexo da possibilidade de outras artistas mulheres conquistarem espaço no cenário internacional.

— Eu acho que mostra que dá sim pra sonhar alto e chegar lá, sabe? Mesmo a gente vindo de um país com culturas super diferentes, tem espaço pra todo mundo — diz. A “boiadeira” também deixa uma mensagem para as meninas que estão começando agora:

— Eu diria para não terem medo de ser quem são e de mostrar o som delas do jeitinho delas. O mundo está mais aberto, a galera quer ouvir coisas novas.

Ao ser questionada sobre o que ainda espera conquistar nos próximos anos, Ana compartilha seus planos com entusiasmo:

— Nossa, tem tanta coisa que ainda quero viver! Quero muito levar minha música pra fora, cantar em outros cantos do mundo, conhecer novas culturas e fazer parcerias com artistas de estilos diferentes. Tenho um monte de sonho guardado aqui e tô doida pra realizar cada um deles. Já conquistei muita coisa que nem acreditava que ia rolar tão cedo, mas sei que ainda tem muita coisa incrível me esperando — declara.