O homem que atingiu com uma charrete e matou a turista Thalita Danielle Hoshino foi preso na manhã deste sábado em Praia Grande, no litoral de São Paulo. O caso aconteceu no último domingo, quando ela passeava de bicicleta na orla de uma praia no município de Itanhaém. Ao ser atropelada, a vítima sofreu um traumatismo craniano e chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na terça-feira. Investigadores suspeitam que o condutor, identificado como Rudney Gomes, estivesse participando de uma corrida no local.
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Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP) informou que policiais civis cumpriram o mandado de prisão contra ele expedido pela Justiça e o encaminharam à Central de Polícia Judiciária, onde ele deve permanecer “à disposição do Poder Judiciário”.
Em um depoimento dado previamente às autoridades, Rudney teria afirmado que estava em um “passeio familiar”. A defesa também nega que ele disputasse corrida e afirma que o condutor prestou assistência à vítima após o atropelamento. Testemunhas ouvidas no caso, no entanto, afirmaram que ele trafegava em alta velocidade.
O GLOBO também conversou com moradores da região, que afirmaram que não é a primeira vez que um acidente acontece na praia em que Thalita foi atingida. A faixa de areia é composta por duas praias, a de Gaivota, em Itanhaém, e a de Taninguá, no lado de Peruíbe.
A região do Taninguá é a mais remota por ser colada a uma terra indígena, sendo vizinha a uma área de mata preservada. O local é usado há pelo menos dez anos para a realização de exibições e disputas de cavalos, segundo apontam pessoas que moram nas proximidades.
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Os casos também já entraram no radar do Ministério Público Federal (MPF), que vem investigando as disputas. A prática passou a ser averiguada após denúncias do Conselho Municipal de Proteção e Bem-Estar Animal de Peruíbe (Combem). Desde 2019, o órgão encaminha denúncias sobre as cavalgadas na praia, que margeia uma terra indígena e é ponto de parada para aves migratórias em risco de extinção.