O atacante português Diogo Jota, do Liverpool, faleceu tragicamente em um acidente de trânsito na Espanha, junto com seu irmão André, na madrugada desta quinta-feira. O jogador era conhecido por sua entrega em campo, sua humildade fora dele e por um estilo de jogo agressivo e direto, que cativou treinadores e ex-companheiros ao longo da carreira.
— Era um jogador muito explosivo, apesar de ser baixo, era muito agressivo no ataque ao espaço, à profundidade, e depois era um jogador muito confiante, era um traço muito curioso. Ele tinha muita vontade de sempre procurar o gol, de chutar, de ser ele a assumir o risco. Diria que era o traço mais fundamental do futebol dele — disse Pedro Jorge da Cunha, diretor do jornal Zerozero, de Portugal.
Formado no Paços de Ferreira, de Portugal, Jota foi descoberto pelo Atlético de Madrid em 2016, mas se destacou mesmo no Wolverhampton, onde conquistou espaço na Premier League. Em 2020, foi contratado pelo Liverpool, conquistando rapidamente seu lugar em meio a estrelas como Salah, Firmino e Mané.
Conhecido por seu poder de finalização e sua versatilidade no setor ofensivo, Diogo Jota era uma espécie de 12º jogador do Liverpool e, em determinados momentos, conseguiu, até mesmo, pegar a vaga do brasileiro Roberto Firmino no time titular de Jürgen Klopp. Mesmo sem status de titular absoluto, Jota sempre foi considerado indispensável.
— O Jota era um jogador indispensável sem ser um titular absoluto. Sabíamos sempre o que ia dar: qualidade acima da média dentro da área, uma entrega brutal, trabalho e a mesma vontade, fosse ele titular ou jogasse os últimos 5 minutos — afirmou o jornalista Pedro Pinto, do jornal Record, de Portugal.
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Sua forma de jogar lhe renderam bons números durante seus anos no Liverpool. Com a camisa dos Reds, o atacante português marcou 65 gols em 182 partidas e conquistou quatro troféus, incluindo a Premier League desta temporada e duas Copas da Liga.
Além de suas características em campo, Diogo Jota também era admirado pela simplicidade e pela memória das origens fora das quatro linhas. Nunca deixou de reconhecer os sacrifícios dos pais e mantinha os pés no chão, mesmo com o sucesso internacional.
Em 2023, Jota mostrou apoio ao Luis Díaz quando os pais do jogador colombiano foram sequestrados. Na ocasião, o português marcou um gol na vitória sobre o Nottingham Forest e mostrou a camisa do companheiro, que ficou de fora da partida devido ao incidente.
Na seleção portuguesa, Diogo Jota também era reserva, mas tinha sua importância para o time comandado por Cristiano Ronaldo. Ao todo, o atacante disputou 49 partidas, marcou 14 gols e foi campeão da Liga das Nações em 2019 e 2025, mas seu maior baque foi a ausência na Copa do Mundo de 2022 devido a uma lesão.
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— (Diogo Jota) Era um atacante muito importante na seleção, sem ser um titular absoluto, era um atacante que podia fazer qualquer posição na frente, no meio, na esquerda ou na direita. Diria que é um atacante que pisa as mesmas zonas do Cristiano Ronaldo, mas que normalmente joga em uma ponta, ou mais como segundo atacante — concluiu Pedro Jorge da Cunha.