Lí Marttins abriu o coração ao relembrar o dia em que soube da morte do marido, JP Mantovani, em um acidente de moto no dia 21 de setembro, durante participação no podcast “PodDelas”. A artista contou emocionada que estava dormindo quando alguém bateu à porta pedindo os documentos do empresário, momento em que percebeu a gravidade do ocorrido. A cantora ainda relatou que ela e o modelo haviam planejado um passeio em família para o dia seguinte à tragédia.
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Ela explicou que não estava sozinha no momento da notícia. A ex-Rouge relatou que aguardava o marido junto de sua sogra, já que os três tinham planos de participar de um evento familiar no dia seguinte. “Ele ia de moto, e eu ia de carro com a minha sogra e minha filha. Era um programa que a gente sempre fazia juntos”, lembrou.
Apesar do impacto da notícia e dos comentários de muitas pessoas, Lí decidiu focar em lidar com a dor e cuidar da filha do casal. “Muitas pessoas falaram muitas coisas, mas o que a gente sabe é que, para morrer, basta estar vivo. Era algo que meu pai sempre dizia, ele era médico. A morte é uma coisa que a gente não explica, só aceita”, desabafou.
A cantora refletiu sobre como acontecimentos inesperados podem transformar a vida de forma irreversível. Para ilustrar, recordou outro episódio trágico que marcou sua memória: “Eu me lembro de um menino que cantava comigo, ele caiu da cama, bateu a cabeça e morreu dormindo. Como explicar isso? Não tem como.”
Lí revelou que contou com a ajuda de um terapeuta para dar a notícia da morte de JP à filha, Antonella. “Eu tinha muito receio. Pensava como eu ia contar. Eu estava com acompanhamento profissional há um mês, por culpa da minha carreira. Na minha cabeça, veio esse amigo do meu marido [um terapeuta], liguei e ele me explicou que a melhor coisa era deixar fluir. Ela estava na casa de uma amiguinha. Eu a levei até o consultório e ele me ajudou a conduzir de uma forma muito leve. Ela fez um tsuru [dobradura de papel em formato de pássaro] e escreveu: ‘amor, de Antonella e colocou uma data’. Na hora, a luz apagou. Foi um sinal: é assim que tem que ser”, afirmou.
Lí destacou ainda como a herdeira tem lidado com o luto de maneira afetiva: “Ela pede vídeos, entra no carro e pede músicas. Ela tem saudade, mas não no lugar de dor e pesar. Ela tem memórias boas do que viveu com o pai. É ela quem me dá força e coragem.”
A cantora encerrou refletindo sobre a importância de valorizar os momentos felizes. “A gente não tem controle de nada. Só dá para seguir com amor e gratidão por tudo o que foi vivido”, declarou.

