Líderes mundiais e autoridades religiosas prestaram homenagens ao Papa Francisco, chefe da Igreja Católica e guia de 1,4 bilhão de fiéis, que morreu nesta segunda-feira aos 88 anos. Da América à Ásia, tributos foram prestados ao Pontífice, com menções ao trabalho realizado em defesa dos pobres e marginalizados, da paz e do diálogo interreligioso em 12 anos de papado.
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O presidente da Argentina, Javier Milei — que foi recebido por Francisco no Vaticano no começo deste ano, mesmo após chamar o Papa de “representante do maligno” durante a campanha presidencial que venceu —, destacou nesta segunda-feira a “bondade e sabedoria” do primeiro Pontífice argentino, apesar das “diferenças” entre ambos.
“É com profunda tristeza que soube nesta triste manhã que o Papa Francisco, Jorge Bergoglio, faleceu hoje e agora descansa em paz. Apesar das diferenças que hoje parecem insignificantes, ter podido conhecê-lo em sua bondade e sabedoria foi uma verdadeira honra para mim”, escreveu Milei em uma publicação na rede social X. “Como presidente, como argentino e, fundamentalmente, como homem de fé, despeço-me do Santo Padre e estou com todos nós que hoje enfrentamos esta triste notícia”.
Milei também compartilhou uma comunicação oficial divulgada no perfil da Casa Rosada, por meio da qual a Presidência argentina destacou o trabalho do Pontífice na missão de “proteger a vida desde a concepção” e promover “um diálogo interreligioso”.
As homenagens póstumas ao Papa superaram rivalidades regionais. Inimigos no Oriente Médio, Irã e Israel emitiram declarações sobre a partida do Bispo de Roma. O presidente israelense, Isaac Herzog, definiu Francisco como “um homem de profunda fé e compaixão sem limites”. Enquanto isso, o líder iraniano, Masoud Pezeshkian, ofereceu condolências ao povo católico e disse que o nome e a memória do pontífice permanecerão “nos corações de todas as consciências despertas e defensores da liberdade” por suas ações humanitárias.
Em um trecho da mensagem oficial publicada on-line, Pezeshkian fez referência à guerra na Faixa de Gaza, citando entre as ações humanitárias de Francisco a “condenação do genocídio cometido pelo regime israelense em Gaza”.
O presidente da França, Emmanuel Macron, foi um dos primeiros a se manifestar sobre a morte de Francisco, descrevendo-o como um defensor dos pobres, que sempre se posicionou ao lado dos mais vulneráveis.
— Neste tempo de guerra e brutalidade, ele tinha um senso de cuidado com o outro, com os mais frágeis — disse Macron em uma agenda à Mayotte, prestando condolências a “todos os católicos do mundo”.
O governo dos EUA se manifestou por meio de uma publicação na conta da Casa Branca na rede social X, compartilhando uma foto de Francisco ao lado do presidente dos EUA, Donald Trump, e outra com o vice-presidente americano, JD Vance, com quem o Pontífice se encontrou horas antes de morrer — e um texto sucinto: “Descanse em paz, Papa Francisco.