Em 2005, a Virada Cultural ocupava, pela primeira vez, as ruas da cidade de São Paulo, levando programação diversificada e gratuita para a população durante 24 horas ininterruptas, incluindo shows, exposições, peças de teatro, cinema e dança, entre outras atrações.
Criada nos moldes de eventos internacionais bem-sucedidos como Nuit Blanche, de Paris, a Virada foi incorporada ao calendário oficial da cidade. Inicialmente integrada ao projeto de revitalização da região central, nos últimos anos, foi se descentralizando e se espalhando por outras partes da cidade, com foco especial na periferia.
Neste ano, o evento completa 20 anos com um feito: será a maior edição da história. Sob o tema 20 anos em 24 horas, o megaevento será realizado pela Prefeitura de São Paulo, nos dias 24 e 25 de maio, a partir das 16h30 de sábado, com mais de 1.000 apresentações, 21 palcos espalhados por todas as regiões da cidade (16 nos bairros e cinco no centro), além de mais de 150 espaços culturais, incluindo bibliotecas, CEUs, casas de cultura e unidades do Sesc (antigo parceiro), entre outros locais.
É esperado um público de 4,7 milhões de pessoas e uma injeção na economia da cidade de R$ 300 milhões. “Será o maior festival cultural gratuito do Hemisfério Sul”, afirma o secretário municipal de Cultura e Economia Criativa, Totó Parente.
O secretário chama a atenção também para um aspecto importante que se consolidou nas últimas edições. “Temos o maior número de palcos na história da Virada na periferia”, celebra.
Neste ano, a Virada registra recorde de palcos na periferia: 16. A Zona Sul contará com sete palcos; a Zona Leste, com seis palcos; a Zona Norte, com dois palcos; a Zona Oeste, com um palco; e o Centro; com cinco palcos: Anhangabaú, Sé, Arouche, República e Patriarca. Haverá ainda um palco no Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, na Zona Leste.
Grandes artistas chegarão a diversos bairros, inclusive os mais distantes. Nomes como Michel Teló, Falamansa e Luísa Sonza são atrações em Campo Limpo. Luísa estará também na Freguesia-Brasilândia e Vila Albertina. Um dos artistas de destaque da nova geração do forró/piseiro, João Gomes se apresentará em M’Boi Mirim – Jardim Vergueiro. Xamã e Mc Hariel estão na programação de Heliópolis-Ipiranga.
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Mumuzinho subirá ao palco em Parelheiros. Uma das estrelas da música brasileira, Alceu Valença cantará para o público em Itaquera – Praça Brasil. Léo Santana, que atraiu mais de 1 milhão de pessoas no carnaval deste ano em São Paulo, é um dos artistas mais aguardados em São Miguel.
Péricles é destaque em Guaianases, e Mart’nália e Vanessa da Mata, na Parada Inglesa. Já o Sepultura, que está na estrada com sua turnê de despedida, se apresenta no Butantã.
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No palco do Anhangabaú, ponto já tradicional na história da Virada, os shows acontecem 24h, sem interrupção. O line-up traz como destaques Belo, Marina Lima, Liniker, João Gomes, Olodum e Silva, além da Aparelhagem Crocodilo nos intervalos, com participações de Gaby Amarantos, Viviane Batidão, Jaloo, Gang do Eletro e Miss Tacacá.
Ali a maratona de apresentações começa às 17h, com a Orquestra Heliópolis, ao lado de Simoninha e Luciana Mello. O público vai conferir também atrações internacionais: Orchestra Baobab, do Senegal; La Delio Valdez, da Argentina; e The Skatalites, da Jamaica.
“Foi feita uma curadoria muito rigorosa para garantir que os artistas estivessem no lugar certo e que conectassem às pessoas daquela região”, diz Totó Parente.
Ingressos gratuitos e transporte na madrugada
Ainda no coração da cidade, acontece o Rolê no Centro, durante 24 horas, com Jazz na Kombi, Stand-up Comedy, Chorinho, Piano na Praça, Monólogos e muitas outras atividades. Na Avenida Paulista, a novidade é que, pela primeira vez, todos os seus espaços culturais, como Casa das Rosas, Japan House, Itaú Cultural e Masp (que acabou de inaugurar a exposição do Monet), além de unidades do Sesc, estarão funcionando gratuitamente.
Outros destaques da programação são a Viradinha, voltada para as crianças, e a 1ª Virada Cultural Literária, na Biblioteca Mário de Andrade, com a presença de escritores como Itamar Vieira Junior e Leandro Karnal.
Para garantir a mobilidade do público durante a programação por toda a cidade, metrô, CPTM e 150 linhas de ônibus estarão funcionando de madrugada. Além disso, no dia 25, será possível usar ônibus de graça com o Domingão Tarifa Zero.
Já em relação à segurança no evento, 9.900 agentes estarão nas ruas – entre guarda civis metropolitanos, policiais militares e segurança privada –e 26 mil câmeras do Programa Smart Sampa, considerado o maior sistema de monitoramento da América Latina, vão acompanhar a movimentação em pontos estratégicos em toda a cidade, com drones e câmeras de reconhecimento facial nos 21 palcos.
Segundo o secretário de Segurança Urbana, Orlando Morando, a ideia é seguir o modelo usado no carnaval de São Paulo de 2025. “Acho que a grande virtude é copiarmos o que deu certo. O carnaval foi de extremo sucesso”, avalia ele. “E nesses mesmos moldes, buscamos trazer esse aprimoramento. Estamos falando dos 16 palcos dos bairros e dos cinco da região central. Todo o controle de acesso será feito com revista por agentes privados. Isso evita a entrada de qualquer tipo de arma.”
Na área da saúde, 34 UPAs farão atendimento 24 horas, além de postos médicos, 82 ambulâncias e UTIs móveis.
E a Virada Cultural será novamente uma festa inclusiva, que contempla pessoas com deficiência no palco e na plateia, por meio de acessibilidade arquitetônica, comunicação por meio de Libras e audiodescrição, entre outras ações.
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