Aos 22 anos, Marília Tavares traz na bagagem uma trajetória construída com talento, carisma e muita persistência. Nascida em Roraima, descobriu a paixão pela música cedo — aos 4 anos, já cantava na igreja. — Nunca desisti — resume a sertaneja, em entrevista à ELA.
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Com uma história de superação e dedicação, Marília conquistou espaço em um gênero musical ainda predominantemente masculino, transformando a voz em um símbolo de força feminina e regional. Embora o sucesso tenha chegado, a música nem sempre foi o primeiro sonho.
— Eu queria ser médica. Foi um surto coletivo — brinca ela. A virada veio com a participação no “The Voice Kids” e os primeiros shows em barzinhos. Foi aí que a jovem percebeu: cantar não era só um hobby, mas uma vocação: — A música sempre fez parte da minha vida. Só depois de subir aos palcos que entendi… é isso.
Marília fala com leveza sobre os desafios da carreira e o carinho do público. — Adoro meus fãs. Eles são como eu: meio louquinhos — diz, rindo. A fama chegou cercada de afeto, mas também de comparações, especialmente com Marília Mendonça, a eterna “rainha da sofrência”, que morreu em um acidente aéreo em novembro de 2021.
— Ser comparada a ela é uma honra. A Marília é minha rainha, mas estou construindo o meu espaço, o meu legado — pontua.
A artista também se orgulha de representar o norte do Brasil no cenário nacional: — Se não fosse o meu norte, minha Roraima, eu não estaria onde estou. É uma honra levar minha terra comigo em tudo o que faço.
Defensora da presença feminina no sertanejo, ela faz questão de reverenciar as artistas que abriram caminho para as novas vozes do gênero. — Essas mulheres são verdadeiras guerreiras. Enfrentaram muito preconceito e críticas para chegar onde chegaram. E hoje, graças à luta delas, o caminho está mais aberto para nós — afirma.
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Sem filtros, Marília fala com franqueza sobre autoestima e a pressão estética que acompanha a exposição pública. — Sempre vai ter alguém comentando, isso é inevitável. Aprendi a não ligar. Se for para responder, é melhor nem ver.
Para Marília, preservar a paz de espírito é prioridade e isso se reflete na maneira simples e realista com que cuida do corpo e da mente.
— Prefiro praticidade. Em viagens, por exemplo, escolho dormir a comer, e olha que tem cada quitute por aí — entrega.
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Com a agenda cheia, Marília aprendeu a equilibrar a rotina profissional com momentos de descanso.
— Sou caseira. Quando estou em casa, gosto de ficar quietinha, com a família — conta. Mas, mesmo com os pés no chão, os sonhos seguem altos. Vem aí um feat com Murilo Huff, previsto para 8 de maio, além de um novo DVD, que, como ela sempre quis, será gravado em Roraima.
— Sempre disse que meu segundo DVD seria em casa. E vai ser — comemora. E se pudesse escolher uma parceria dos sonhos? — Henrique e Juliano — responde sem pensar duas vezes.