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Os EUA “estão dispostos a continuar comprando pesos e títulos, e todas as opções estão sobre a mesa”, disse o ministro Luis Caputo, no domingo, em entrevista ao canal digital argentino LN+.
— Hoje, a maior potência do mundo diz: ‘Argentinos, faremos o que for necessário para que as coisas deem certo para vocês’ — acrescentou.
Os comentários antecedem a reunião marcada para esta terça-feir,a, dia 14, entre Milei e o presidente Donald Trump na Casa Branca, a apenas duas semanas das eleições de meio de mandato, que os investidores acompanham de perto em busca de sinais sobre a força política do líder argentino.
Na semana passada, os Estados Unidos agiram rapidamente para estabilizar a economia da Argentina, oferecendo US$ 20 bilhões em financiamento e realizando uma rara intervenção no mercado cambial para sustentar o peso, após semanas de fortes quedas. O Tesouro também comprou pesos diretamente, em uma medida que se seguiu a tentativas fracassadas das autoridades argentinas de conter a desvalorização por conta própria.
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Caputo afirmou que o acordo com o Tesouro dos Estados Unidos não implica dolarização nem desvalorização do peso. Ele sugeriu que a Argentina manterá o atual regime de banda cambial após as eleições de meio de mandato no dia 26.
Ele acrescentou que a intervenção dos EUA não deve afetar a linha de swap cambial de US$ 18 bilhões com a China, que foi parcialmente renovada no início deste mês.
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O país está queimando reservas para deter a desvalorização do peso frente ao dólar. Antes de Washington intervir no mercado, o Tesouro argentino já havia gasto US$ 1,8 bilhão tentando sustentar o peso. Os mercados do país reabrem nesta segunda-feira, após o feriado nacional da sexta-feira.