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Moradores ateiam fogo em trilhos do trem após operação na favela do Moinho, alvo de remoção pela gestão Tarcísio; vídeo

BRCOM by BRCOM
abril 18, 2025
in News
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Polícia Militar faz operação na favela do Moinho

A Polícia Militar fez uma operação na favela do Moinho nesta sexta-feira (18), no feriado da Semana Santa, para prender uma uma pessoa, e, em protesto às frequentes incursões no local, moradores fizeram uma barricada e atearam fogo nos trilhos do trem que ficam na entrada da comunidade.

A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) planeja remover as cerca de mil famílias que vivem na comunidade, com início nos próximos dias. Trata-se de uma das últimas do Centro de São Paulo. Em seu lugar será construído um parque e uma estação de trem. Moradores, entretanto, têm se queixado das alternativas apresentadas pelo governo estadual e relatam pressões diárias da PM no local para intimidá-los.

Nesta sexta, uma viatura estacionou no meio dos trilhos do trem e ao menos quatro policiais circularam pelas ruas da comunidade, onde repetiam que “vai ter reintegração de posse”, sem apresentar qualquer documento. A ação policial terminou em confusão. Moradores atearam fogo em madeiras em cima dos trilhos do trem da Linha 8 (Diamante), em protesto. O GLOBO acompanhou a ação. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que, além de uma pessoa presa, foram apreendidas drogas e um rádio comunicador.

A presença da PM na área tem sido diária nas últimas semanas, contam moradores. Eles afirmam sentir medo. Nesta sexta, os agentes chegaram ao local por volta das 7h.

  • Leia mais: Gestão Tarcísio avança em remoções na Favela do Moinho sob protestos de moradores

Polícia Militar faz operação na favela do Moinho

O GLOBO esteve na favela inicialmente pela manhã, e ouviu de agentes que a ação nada tinha a ver com a reintegração, era apenas “policiamento de rotina”. Eles saíram por volta das 10h50. Algumas viaturas, porém, seguiram nas vias próximas e trechos das ruas Guaianazes e Conselheiro Nébias ficaram bloqueados por policiais.

Por volta das 14h, os policiais voltaram a entrar no Moinho, desta vez em maior volume, com ao menos quatro viaturas dentro da comunidade. Os agentes no local informaram que o objetivo era a prisão de um homem.

A população se revoltou, ateou fogo em madeiras no meio da linha do trem e fechou a entrada da comunidade com barris e carros. Lideranças comunitárias relataram ainda que, nesta quinta, agentes da Subprefeitura da Sé foram até o local e deram cinco dias para que todos os carros que estão no estacionamento na entrada da favela sejam removidos. Adesivos com esses avisos foram colados em cada um dos veículos no local. O motivo é o de que o Viaduto Orlando Murgel, que fica sobre o estacionamento, será reformado.

Essa obra só foi divulgada pela prefeitura no dia 15 de abril, em uma publicação no site oficial da cidade, e não havia sido citada em anúncio feito por Ricardo Nunes na semana passada de um pacote bilionário de obras viárias. O GLOBO pediu mais detalhes para a gestão municipal, mas ainda não recebeu resposta.

Reportagem do GLOBO nesta semana mostrou que as alternativas oferecidas pelo governo estadual para as famílias que vivem no Moinho são cartas de crédito de R$ 200 mil a R$ 250 mil ou unidades habitacionais gratuitas a serem erguidas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) ou por parcerias publico-privadas, sem data definida para entrega. As pessoas que desejam os apartamentos gratuitos, no entanto, reclamam de falta de diálogo com o governo e reivindicam outras alternativas. A principal preocupação é quando de fato esses imóveis gratuitos estarão prontos. Enquanto esperam, eles receberão um auxílio-moradia de R$ 800, custeados metade pela prefeitura e metade pelo governo estadual.

As famílias do Moinho pedem que seja garantido o “chave a chave”, com assinatura das escrituras, e argumenta que está sendo pressionada a aceitar as opções propostas o mais rapidamente possível. São 831 famílias vivendo nom local, de acordo com o próprio governo estadual. Os moradores foram informados de que haverá demolição de alguns imóveis na próxima terça-feira (22). Inicialmente, essa ação estava prevista para o dia 14, mas eles fizeram um protesto e conseguiram adiar o início das remoções.

A simples remoção, no entanto, não garante a construção do parque e da estação previstas para o governo estadual para o espaço, pois a maior parte do terreno onde fica a comunidade é do governo federal. E em nota, a União já adiantou que só vai ceder a área para a gestão estadual caso seja “garantido o reassentamento adequado dos moradores” e suas “reivindicações sejam ouvidas”.

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