O Papa Francisco morreu nesta segunda-feira, aos 88 anos, no Vaticano, e encerrou um dos pontificados mais marcantes da história recente da Igreja Católica. Em todo o mundo, a trajetória do Pontífice tem sido lembrada pela sua atenção para com os pobres e marginalizados.
O jornal The New Yok Times classificou Francisco como um papa que “defendeu os marginalizados e entrou em conflito com os tradicionalistas”. Enquanto primeiro Pontífice latino-americano e jesuíta, o veículo descreveu que “Francisco foi uma voz franca que lutou para criar uma Igreja Católica Romana mais inclusiva.
“Os conservadores o acusaram de diluir os ensinamentos da Igreja. Mas ele também decepcionou muitos liberais, que esperavam que ele pudesse introduzir políticas progressistas”, escreveu o tradicional jornal americano.
A página da Casa Branca no X publicou uma despedida ao Papa, com uma foto dele ao lado do presidente dos EUA, Donald Trump, e outra com o vice-presidente americano, JD Vance, com quem o Pontífice havia se encontrado horas antes de morrer, na Casa Santa Marta.
O Vaticano comunicou nesta manhã, às 7h35 (Horário de Roma), que o Santo Papa Francisco “retornou à casa do Pai”, anunciou o Cardeal Kevin Farrell por meio do seu canal do Telegram. Ele estava se recuperando de uma doença pulmonar.
O jornal El País também definiu Francisco como “uma tempestade social e reformador na Igreja”.
De caráter por vezes impulsivo e enérgico, certamente passou como um furacão em questões sociais, com críticas inéditas ao sistema capitalista vigente, e em reformas internas, com resultados desiguais”, definiu o El País.
O presidente da Conferência Episcopal Alemã homenageia o “grande Papa”
O presidente da Conferência Episcopal Alemã, Georg Bätzing, saudou na segunda-feira o falecido Papa Francisco como um “grande papa” e enfatizou que ele também foi um inovador corajoso. “Em profundo luto, nos curvamos diante de um Papa que prometeu estar entre o povo e ir para as margens da sociedade.”
Para o Bispo de Limburgo, Francisco deu uma forte ênfase à Igreja e abriu novos caminhos para a vida comunitária. “O caminho de uma Igreja sinodal que ele iniciou é e continuará sendo irreversível com as duas Assembleias Gerais do Sínodo Mundial em 2023 e 2024”, enfatizou Bätzing. O presidente da Conferência Episcopal Alemã enfatizou que o Papa Francisco uniu as pessoas como um construtor de pontes. E acrescentou: “Com gratidão, nos despedimos do Papa Francisco, filantropo e pescador de homens”.