No Brasil, de cada 100 pessoas com hipertensão que sabem da doença e tomam medicação, só oito conseguem Sentir-se bem, cheio de energia, com aquela vibe de que podemos tudo, é uma delícia, né? Dá aquela sensação de que está tudo certo com a saúde. Mas nem sempre é assim. Existem doenças silenciosas que chegam de fininho, sem dar alarme e, quando a gente percebe, já se instalaram e, muitas vezes, sem volta. Uma delas, bem comum, é a hipertensão arterial, que afeta 2 em cada 5 brasileiros. E o pior: só metade dessas pessoas sabe que tem o problema!
A hipertensão, ou pressão alta, é quando a pressão arterial passa de 14 por 9. Ela é perigosa pra caramba: está por trás de 80% dos casos de derrame cerebral e 60% dos infartos no Brasil. No mundo, mata mais de 9 milhões de pessoas por ano! E tem mais: uma vez que a pressão sobe, é difícil ela voltar ao normal sem um cuidado constante. Ou seja, hipertenso uma vez, quase sempre hipertenso.
Por isso, o melhor jeito é prevenir para não deixar a pressão alta se instalar. Como chega sem fazer barulho, muitas vezes só notamos quando já é tarde. Então, cuidar do estilo de vida é a chave para manter a hipertensão bem longe. Muita gente acha que só o sal é o vilão, mas não é bem assim. Sedentarismo, obesidade, consumo exagerado de álcool e tabagismo também são grandes gatilhos para a pressão subir. E, se você tem histórico familiar, a coisa fica ainda mais séria. A hipertensão tem um pé na genética, e se você não se cuida, essa predisposição vira um acelerador e tanto.
Mas por que a pressão alta é tão perigosa? Será que tomar remédio não resolve? Olha, o remédio é essencial, sim, mas só ele não faz milagre. No Brasil, de cada 100 pessoas com hipertensão que sabem da doença e tomam medicação, apenas 8 conseguem controlar a pressão de verdade. E as outras 92? Muitas não tomam o remédio direitinho ou, pior, mantêm um estilo de vida que não ajuda: sedentarismo, alimentação desbalanceada e por aí vai. Adotar hábitos saudáveis, como comer bem e se mexer, é tão importante quanto a medicação. E o exercício físico, em especial, pode até reduzir a dose do remédio com o tempo, se feito direitinho.
Quando a pressão sai do controle, o risco de problemas graves é alto. As artérias coronárias, por exemplo, podem ficar apertadas, dificultando a chegada de sangue e oxigênio ao coração. Isso pode acabar em infarto. Outro perigo é o AVC, ou derrame, que acontece quando o sangue não chega direito ao cérebro. Os rins também sofrem: a pressão alta atrapalha a filtragem do sangue, o que, a longo prazo, pode levar à insuficiência renal. Até a visão pode ser afetada, com a retina recebendo menos irrigação, causando visão embaçada. Como a hipertensão não dá sinais claros no começo, o jeito é medir a pressão a cada seis meses, principalmente na idade adulta. Quando os sintomas aparecem — dor de cabeça, dor no peito, tontura, zumbido no ouvido ou visão turva —, a doença já está instalada. Nesses casos, é correr para o médico na hora!
E tem mais: exercício físico é um grande aliado para quem já tem hipertensão. Muita gente acha que se mexer vai fazer o coração disparar e piorar tudo, mas é o contrário! Durante a atividade, a pressão e os batimentos sobem, sim, mas depois do exercício vem o efeito “calmaria”: a pressão cai e fica assim por 24 a 36 horas. Por isso, mexer o corpo todo dia é tão importante. O coração recebe esse estímulo de relaxamento diário, e a pressão vai ficando mais controlada. Mas atenção: para hipertensos, o exercício deve ser de leve a moderado. Nada de correr como se fosse maratona ou dar piques no futebol. A ideia é manter o esforço numa escala de 0 a 10 (onde 0 é estar parado e 10 é estar exausto) por volta de 5 ou 6. Na musculação, prefira pesos leves, mais repetições e intervalos de pelo menos um minuto entre as séries.
Prevenir é sempre melhor que remediar. Medir a pressão regularmente, comer direitinho, deixar o cigarro e o excesso de álcool de lado e, claro, se movimentar todos os dias fazem uma baita diferença pra manter a hipertensão bem longe.
