- Entenda a situação de John Textor, do Botafogo, desde a saída do Lyon até o apoio de Evangelos Marinakis
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“Nosso cliente nos informa que não tem nenhum negócio com o Sr. Textor. Não há empréstimo, financiamento ou cooperação em torno de ações do Botafogo, propriedade do Botafogo ou constituição de veículos de investimento”, afirma a nota enviada pelos advogados do grego.
Na sexta-feira, foi noticiada uma negociação para o magnata colaborar na recompra das ações da SAF alvinegra. O modelo de negócio ainda estaria em construção e havia a expectativa de que Marinakis atuasse como investidor com interesses específicos no projeto.
As recentes negociações entre os clubes — como as vendas de Jair e Igor Jesus ao Nottingham por valores considerados abaixo do mercado, e a compra de Danilo pelo Botafogo por 22 milhões de euros — foram vistas mais como movimentos pontuais de mercado de dois empresários próximos, e que pretendem ter negócios juntos, do que como indícios de integração formal.
No entanto, especulações que sugiram sobre um possível vínculo formal com a SAF alvinegra, cenário que poderia gerar ruídos na Inglaterra, diante de regras regulatórias mais rígidas sobre governança e controle de clubes, geraram preocupação ao grupo de Marinakis.
A tentativa de recompra da SAF do Botafogo por John Textor esbarra em uma condição imposta pelos executivos da Eagle Football Holdings, dona de 90% das ações da SAF, e hoje comandada pelos antigos parceiros do americano, como a ARES (fundo de investimento) e Michelle Kang (nova mandatária no Lyon), além de outras empresas. Os ex-parceiros de Textor, que romperam com o empresário em abril após o colapso financeiro do Lyon, não se opõem à venda do clube — mas não o venderão ao norte-americano enquanto ele continuar no comando da SAF. Para eles, a permanência de Textor à frente da operação cria um conflito de interesses, já que ele atuaria simultaneamente como comprador e vendedor do ativo.