No mês em que completa 100 anos de fundação, O GLOBO prepara lançamentos editoriais e ações que resgatam o papel desempenhado pelo jornal na cobertura de momentos cruciais da História brasileira, além de apontar para novos formatos de olho no futuro. As novidades, que serão apresentadas aos leitores ao longo deste mês, incluem uma série documental, uma exposição, dois livros, novos colunistas, newsletters, um podcast e reportagens especiais, ampliando o leque de acesso à produção jornalística do GLOBO. As comemorações contarão ainda com uma edição turbinada do projeto Aquarius, somando-se a outras iniciativas que vêm celebrando o marco de um século do jornal fundado em 29 de julho de 1925 e, por consequência, do Grupo Globo.

— O 29 de julho será um dia de comemoração, mas também de renovação de nosso compromisso com os leitores. Em um século de existência, nosso jornalismo nunca se eximiu de enfrentar os grandes temas. Olhando para os problemas que acontecem no mundo hoje, temos consciência que nossa responsabilidade é ainda maior — diz Alan Gripp, diretor de Redação do GLOBO. — Por isso, todas as nossas ações nesse aniversário buscam tanto celebrar nossa história de sucesso quanto projetar o que virá daqui para a frente.

No próximo dia 8, dando o pontapé inicial na programação deste mês, estreia a série “O século do GLOBO”. Criada por Pedro Bial e produzida pelos Estúdios Globo, a obra está dividida em quatro episódios, mesclando entrevistas inéditas, elementos históricos e passagens ficcionais que recriam momentos e personagens marcantes do jornal.

Tony Ramos dá vida a Roberto Marinho em série sobre o centenário do GLOBO — Foto: Divulgação

Na série, cujo primeiro episódio será exibido na próxima terça-feira pela TV Globo e pelo Globoplay depois de “Vale Tudo”, o ator Tony Ramos dá vida a Roberto Marinho, que assumiu a direção do jornal em 1931 e foi figura central do jornalismo brasileiro por oito décadas. Seu pai, Irineu Marinho, fundou O GLOBO no dia 29 de julho de 1925. Embora tenha falecido de forma prematura menos de um mês depois, aos 49 anos, Irineu deixou um legado inovador e ousado para o jornalismo brasileiro, que também será abordado no documentário.

— A história dos 100 anos do GLOBO não é só a história do jornal. Trata da matéria-prima do jornal: a realidade, os acontecimentos, os eventos que tomaram conta do Brasil no último século. A história com H maiúsculo — afirma Bial. — Desde sua primeira edição, o jornal nasceu com uma vocação para a imagem e a modernidade. O Rio já era uma cidade moderna, com cerca de 20 jornais circulando simultaneamente, e foi nesse cenário que O GLOBO surgiu, destacando-se pelo seu arrojo visual e gráfico.

O caráter inovador do GLOBO também receberá destaque na exposição “Um século de histórias”, em cartaz a partir do próximo dia 11 na Casa Roberto Marinho, no Rio. A mostra é composta por fotografias, vídeos e objetos que lembram iniciativas importantes do jornal na construção centenária de sua relação com os leitores e com a sociedade brasileira.

O mês do centenário terá ainda lançamentos de dois livros, ambos pela Globo Livros, que recuperam a pluralidade de vozes e pontos de vista que fizeram parte da trajetória do GLOBO, e que ajudam a explicar por que o jornal se tornou o mais lido do país.

mês terá ainda novos livros de artigos e crônicas de nomes célebres, como Artur Xexéo (na caricatura) — Foto: Cavalcante
mês terá ainda novos livros de artigos e crônicas de nomes célebres, como Artur Xexéo (na caricatura) — Foto: Cavalcante

O primeiro, “Um século de histórias — O Brasil e o mundo pelos olhos do maior jornal do país”, que chega às livrarias a partir do dia 11, reúne 11 textos de autores que fizeram e fazem parte da história do jornal. Com curadoria da jornalista e colunista Míriam Leitão, o livro faz uma espécie de retrospectiva de 100 anos do Brasil e do mundo, contados pela ótica do jornalismo do GLOBO. Além de Míriam, o livro conta ainda com contribuições de Ancelmo Gois, Agostinho Vieira, Arthur Dapieve, Ascânio Seleme, Cora Rónai, Flávia Oliveira, Lauro Jardim, Merval Pereira, Pedro Doria e Toninho Nascimento. Haverá um lançamento na Livraria Travessa do Shopping Leblon no dia 21 de julho.

Já no dia 18, chega às prateleiras “Um século em cem crônicas — Cronistas que fizeram história no GLOBO”, antologia organizada por Maria Amélia Mello com colaboração de Cláudia Mesquita. O livro reúne crônicas assinadas por 32 autores célebres que passaram pelo jornal, como Guimarães Rosa, Nelson Rodrigues, Rubem Braga, Elsie Lessa, Jô Soares, Artur Xexéo, João Ubaldo Ribeiro e Fernanda Young. O livro traz ainda ilustrações de cada cronista, assinadas pelo caricaturista Cavalcante, cujos traços também marcaram época nas páginas do GLOBO.

— Os dois títulos oferecem ao leitor a visão completa do papel essencial do GLOBO ao longo dos últimos cem anos. “Um século de histórias” mostra não só como o mundo mudou no período, mas também a evolução do enfoque a esses temas pela imprensa. Já “Um século em cem crônicas” é um retrato íntimo da vida cotidiana, das ruas, das conversas de bar e das salas de jantar dos brasileiros que demonstra como O GLOBO faz parte da vida dos leitores desde sua fundação — explica o diretor da Globo Livros, Mauro Palermo.

Além do resgate do passado, o mês de comemorações do centenário do GLOBO também representa uma abertura para novos formatos e produtos que buscam ampliar a capacidade de contar boas histórias. Nessa toada, o jornal lança neste mês o podcast Caso Zero, em que a colunista Bela Megale e o jornalista André Borges investigam uma acusação de tráfico de órgãos que já dura 25 anos e levou a prisões.

Podcast “Caso Zero” — Foto: Reprodução
Podcast “Caso Zero” — Foto: Reprodução

O GLOBO também vem ampliando o leque de vozes com as estreias de novos colunistas, ressaltando o compromisso com a diversidade de opiniões como um dos principais pilares do jornalismo e da vida democrática. Desde a última semana, a editoria de Saúde passou a publicar, com frequência quinzenal, as colunas do psiquiatra Arthur Guerra e do preparador físico Chico Salgado. Os textos, presentes tanto na versão digital quanto na edição impressa do jornal, abordarão especialmente as implicações da dependência de álcool e drogas, tema que é especialidade de Guerra, e a possibilidade de qualquer pessoa transformar o corpo através do exercício, expertise de Salgado.

A lista de novas colunas inclui outras editorias do jornal, a serem anunciadas nas próximas semanas. Na Rio, por exemplo, o jornalista e historiador Thiago Gomide, criador do canal “Tá na História”, escreve desde março sobre passagens históricas importantes e curiosas que se desenrolaram em terras fluminenses, bem como sobre as conexões entre passado e presente que ajudam a entender o estado.

O GLOBO também apresenta, a partir de hoje, um novo cardápio de newsletters para levar conteúdo jornalístico e de opinião cada vez mais perto dos leitores. Os boletins informativos, disparados por e-mail para os assinantes, serão agrupados em sete eixos temáticos, facilitando a procura de acordo com o gosto e as prioridades de cada um.

Ala das baianas da Beija-Flor em desfile na Sapucaí: fundado nos anos 1920 por Irineu Marinho, O GLOBO se destacou diante da concorrência por sua excelência visual e gráfica — Foto: Custódio Coimbra/23-2-2004
Ala das baianas da Beija-Flor em desfile na Sapucaí: fundado nos anos 1920 por Irineu Marinho, O GLOBO se destacou diante da concorrência por sua excelência visual e gráfica — Foto: Custódio Coimbra/23-2-2004

O grupo “Escolha do editor”, por exemplo, terá newsletters com abordagens variadas que são destaques em todas as áreas do jornal — incluindo “Jogo Político”, do editor de Política Thiago Prado; “IAí?”, que aproxima a inteligência artificial do cotidiano, e “Histórias Inesquecíveis”, uma seleção dos 100 anos do GLOBO. Já para quem está interessado em novidades culturais e programações de lazer, a seção “Ver, ouvir e curtir” reunirá newsletters como a “Play + Kogut”, que reúne o conteúdo sobre TV; “Rio, de Janeiro a Janeiro”, com os melhores programas cariocas, e o “Clube O GLOBO”, com ofertas e benefícios para os assinantes.

Outras newsletters serão lançadas em breve com abordagens surpreendentes, que ajudarão o leitor em aspectos de seu cotidiano, como na gestão do tempo. E duas chegarão em breve ao cardápio: “Sono meu”, série em que a editora de Saúde, Adriana Dias Lopes, investiga os segredos para dormir bem; e “Acelerador de carreira”, em que o jornalista Eduardo Salgado entrevista CEOs em busca dos atalhos da vida corporativa.

Também pela celebração do centenário, o jornal lança em 25 de agosto seu primeiro curso de jornalismo: batizada de “Jornalismo do Futuro”, a iniciativa abrirá uma janela para 20 jovens recém-formados discutirem os caminhos da imprensa com jornalistas, colunistas e profissionais renomados. Totalmente gratuito e com duração de quatro semanas, o curso recebeu mais de mil inscrições. Além de abordar assuntos relevantes para o país e o mundo, da economia à política, das novas tecnologias à cultura, do jornalismo de dados à checagem de fatos, do uso e impacto da inteligência artificial ao meio ambiente, o curso prevê a apresentação de um projeto final sobre o jornalismo digital.

O relógio da Central do Brasil sob raios: sem perder de vista o “quintal” carioca, jornal expandiu o olhar da imprensa para notícias do planeta — Foto: Arquivo/2-3-1965
O relógio da Central do Brasil sob raios: sem perder de vista o “quintal” carioca, jornal expandiu o olhar da imprensa para notícias do planeta — Foto: Arquivo/2-3-1965

Realizado desde 2003, o prêmio Faz Diferença é outra ação que vai embarcar nas comemorações. A premiação é uma das mais tradicionais da imprensa brasileira e reconhece indivíduos e instituições cujas ações foram exemplos para o país em diversas áreas. Pelo aniversário de 100 anos, a edição deste ano trará ao Brasil a jornalista filipina Maria Ressa, vencedora do Nobel da Paz em 2021, para uma homenagem especial. Ressa foi pioneira na checagem de fatos e no uso de redes sociais para atuar no jornalismo investigativo nas Filipinas, onde expôs a repressão do governo do ex-presidente Rodrigo Duterte aos direitos humanos e à liberdade de imprensa.

— O prêmio dedicado a Ressa é um lembrete de que, em tempos de intolerância e de supressão às diferenças, cresce a importância da boa prática jornalística, dedicada única e primordialmente à busca pela verdade — diz Alan Gripp, diretor de Redação do GLOBO.

Já o prêmio principal desta edição do Faz Diferença será entregue para Walter Salles e Fernanda Torres, diretor e protagonista do sucesso “Ainda estou aqui”. A cerimônia também vai homenagear personalidades como Sueli Carneiro (categoria Diversidade), Ludhmila Hajjar (Ciência e Saúde), Ana Maria Braga (TV), Bernard Appy (Economia) e Roberto Medina (Brasil), entre outros.

Os festejos seguem com uma edição histórica do Projeto Aquarius, no próximo dia 19, na Praça Mauá, aberto ao público. O Aquarius foi criado pelo próprio Roberto Marinho (em parceria com o produtor Péricles de Barros e o maestro Isaac Karabtchevsky) em 1972 para popularizar a música clássica no Brasil, e já trouxe como convidados nomes do quilate de George Martin (maestro dos Beatles), Rick Wakeman (tecladista do Yes) e o grupo Genesis. Nesta edição, o Aquarius fará um passeio pela história do jornal com as participações de Martinho da Vila, Chico César e Roberta Miranda, junto à Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), que será regida pelo maestro Eduardo Pereira. A OSB é a grande parceira do Aquarius desde o início do projeto.

O mês se encerrará com a publicação de um caderno comemorativo, encartado no GLOBO de 27 de julho, um domingo, no início da semana do aniversário.

O GLOBO celebra 100 anos com resgate de sua história e novidades multiplataformas