Você sabe onde está anotado o IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel) — número de identificação único que identifica cada aparelho celular — do seu smartphone? Esse código pode ser decisivo em caso de roubo ou furto. Confira abaixo uma lista de perguntas e respostas sobre esse assunto.
O código permite bloquear o aparelho e até ajuda na recuperação em caso de roubos e furtos. É equivalente ao número do chassi de carros: é um número exclusivo e global.
Para que serve o bloqueio do IMEI do meu celular?
Ao acionar a operadora ou o programa Celular Seguro, ele impede que o aparelho se conecte às redes móveis, tornando-o inutilizável para quem o roubou. Desse modo, o aparelho praticamente vira um peso de papel, visto que não é possível fazer ligações ou usar dados 2G, 3G, 4G ou 5G.
Mas preciso ter o número do IMEI para bloquear celular?
Segundo a Anatel, não é mais necessário informar o IMEI para bloquear a rede de um celular roubado. Basta fazer o boletim de ocorrência e, em seguida, entrar em contato com a sua operadora de celular para efetuar o bloqueio. Mas, se o dono do celular não tiver esse número registrado, o bloqueio pode se tornar mais complicado.
Como localizar e guardar o IMEI do seu celular? Há várias maneiras
- Pelo código universal: abra o discador do celular e digite *#06#. O número IMEI aparecerá automaticamente;
- Pelas configurações do aparelho:
Android: Configurações > Sobre o telefone;
iPhone: Ajustes > Geral > Sobre; - Na caixa ou na nota fiscal: o IMEI está impresso próximo ao código de barras da embalagem original do celular, mas também pode constar na nota fiscal;
- No site da Apple (para iPhones): Acesse o site appleid.apple.com, faça login e consulte seus dispositivos. O IMEI aparece nas informações;
- No aparelho: em alguns modelos, o número do IMEI vem gravado na bandeja do chip SIM.
DICA: Anote e guarde o IMEI em local seguro. Você pode também tirar uma foto e manter registrada em nuvem ou outro dispositivo.
Quantos dígitos tem o IMEI?
O código IMEI fica próximo ao código de barras da caixa em que o aparelho é vendido. Ele é composto por quatro grupos de números, como 001970-01-010000-0. O IMEI também pode aparecer sem hífen, mas deve ter entre 15 e 16 dígitos.
Como bloquear seu celular em caso de roubo ou perda?
- Registre um boletim de ocorrência.
- Entre em contato com sua operadora e peça o bloqueio.
- Acesse o Programa Celular Seguro (celularseguro.mj.gov.br) e ative o botão de emergência. O programa notifica operadoras e bancos, bloqueando o IMEI e restringindo o acesso a aplicativos bancários.
E em casos de aparelhos com dois chips?
Celulares com dois chips possuem dois números de IMEI. Informe ambos para garantir o bloqueio total.
Como funciona o programa Celular Seguro?
Outra forma de proteção é ter cadastro no programa Celular Seguro (celularseguro.mj.gov.br), do governo federal. Na plataforma, as vítimas de furto ou roubo de dispositivos móveis podem bloquear o aparelho e aplicativos digitais, reduzindo o risco de golpes financeiros.
Cada pessoa cadastrada no programa pode indicar pessoas de sua confiança que estarão autorizadas a efetuar os bloqueios, caso o titular tenha o celular roubado, furtado ou extraviado. Também é possível que a própria vítima bloqueie o aparelho acessando o site por um computador. O programa notifica operadoras e bancos, bloqueando o IMEI e restringindo o acesso a aplicativos bancários.
Se eu for roubado ou furtado, melhor ir pessoalmente à delegacia?
É necessário procurar a polícia o mais rápido possível para registrar a ocorrência, o que pode ser feito em qualquer delegacia de polícia, mesmo que não seja da área onde ocorreu o crime, ou até mesmo online (delegaciaonline.pcivil.rj.gov.br).
Os endereços das delegacias do Rio podem ser consultados em policiacivil.rj.gov.br/localizeUmaDelegacia.
Devolução de 200 aparelhos após prisão de quadrilha em Santa Tereza
Em dezembro, agentes da 24ª DP (Piedade) apreenderam 200 celulares roubados durante uma operação no Morro do Fallet-Fogueteiro, em Santa Teresa, na região central da cidade. A delegacia desarticulou uma quadrilha especializada no esquema de receptação. Além das drogas encontradas, os agentes descobriram uma central clandestina que adulterava IMEIs para revender aparelhos roubados. Cerca de 70 telefones já foram devolvidos aos proprietários — e muitos só puderam ser identificados porque os donos tinham seus IMEIs registrados.
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— É como a placa de um carro. Nunca vi alguém que teve o carro roubado e não soubesse a placa. Com celular deveria ser a mesma coisa. O IMEI é o chassi do aparelho. Sem ele, fica difícil bloquear ou recuperar — alerta a delegada Kely de Araújo Goularte, titular da 24ª DP (Piedade), responsável pela operação.
Outra ação ocorreu no Centro do Rio, quando 100 celulares roubados foram apreendidos no Camelódromo da Uruguaiana. A devolução dos aparelhos aos donos só foi possível após checagem do IMEI de cada dispositivo.
Em outros estados, ações semelhantes também vêm sendo realizadas. No Piauí, a Secretaria de Segurança Pública promoveu, em janeiro, a entrega de 201 celulares recuperados em operações policiais. Os aparelhos haviam sido roubados ou furtados e só puderam ser restituídos após identificação dos IMEIs.