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‘O sistema não foi feito para nós’

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abril 2, 2025
in News
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Cynthia Erivo no Oscar 2025 — Foto: ANGELA WEISS / AFP

Halle Berry afirmou que agora acredita que sua histórica vitória no Oscar em 2002 – ela venceu como melhor atriz pelo filme “A última ceia” – foi uma exceção. Por isso, segundo Berry, outras atrizes negras deveriam parar de “cobiçar” o prêmio da Academia. Em quase um século de existência da premiação, a atriz, hoje com 58 anos, continua sendo a única mulher negra a conquistar a estatueta de melhor atriz.

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Em 2025, Cynthia Erivo tornou-se a primeira mulher negra a ser indicada mais de uma vez como Melhor Atriz, por sua atuação em “Wicked” — ela já havia sido nomeada anteriormente por “Harriet. Até hoje, apenas 15 mulheres negras concorreram ao prêmio.

Cynthia Erivo no Oscar 2025 — Foto: ANGELA WEISS / AFP

Durante o documentário “Number one on the call sheet”, o novo projeto original da Apple TV+ que entrevista os principais atores negros de Hollywood, Berry questionou o impacto de sua vitória há mais de duas décadas. “Isso importou? Realmente mudou algo para as mulheres negras? Para minhas irmãs? Para a nossa jornada?”, refletiu a atriz.

Ela contou que sentiu que uma transformação estava próxima em 2021, quando Viola Davis, com “A voz suprema do blues”, e Andra Day, com “Estados Unidos vs. Billie Holiday”, foram indicadas. “Tinha 100% de certeza de que aquele seria o ano em que uma delas levaria o prêmio”, afirmou. “Por razões diferentes e igualmente belas, ambas mereciam, e eu tinha certeza disso.” No entanto, a vitória de Frances McDormand por “Nomadland” a fez repensar suas expectativas.

Viola Davis e Andra Day — Foto: GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP
Viola Davis e Andra Day — Foto: GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP

De acordo com o jornal The Guardian, Berry concluiu que a premiação não foi criada para reconhecer atrizes negras. “O sistema não foi realmente feito para nós, então precisamos parar de cobiçar algo que não é para nós. Porque, no fim das contas, o que importa é: ‘Como tocamos a vida das pessoas?’ e, fundamentalmente, é para isso que a arte serve”, disse.

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O documentário também destaca a indignação de Whoopi Goldberg e Taraji P. Henson sobre a escassez de indicações e vitórias para mulheres negras. Goldberg, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante em 1990 por “Ghost – do outro lado da vida”, expressou sua perplexidade: “Espera aí, nenhuma de nós foi boa o suficiente? Nenhuma? Entre todas essas pessoas, ninguém?”

Henson, por sua vez, criticou o padrão de reconhecimento da indústria cinematográfica. “Acho que a indústria não nos vê como protagonistas, sabe? Eles nos dão prêmios de coadjuvante como se fossem bengalas doces. Eu, simplesmente, não sei o que fazer com isso. O que estão tentando me dizer?”

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